Conheça as modalidades e os benefícios do slackline
Mais força muscular, flexibilidade, consciência corporal e coordenação motora. Esses são alguns dos benefícios do slackline, modalidade que começa a ganhar as academias
Renata Rusky - Revista do CB
Publicação:24/07/2015 14:00Atualização: 22/07/2015 17:16
Nada como um esporte ser encarado também como prática de lazer. Em Brasília, não é raro se deparar com pessoas se equilibrando sobre uma fita. O Parque da Cidade virou um dos pontos favoritos de quem pratica slackline. De acordo com o professor de educação física e praticante do esporte há seis anos Guilherme Caetano, a modalidade pode ser encarada como meio ou como fim: “Quem faz como fim está interessado no desafio, quer andar sobre fitas cada vez mais longas, fazer manobras etc; quem faz como meio aproveita a fita como ferramenta para trabalhar todo tipo de capacidade física, força, resistência, flexibilidade equilíbrio e outros”.
Por outro lado, o slackline se encaixa no modelo fitness das academias quando usado para melhorar capacidades físicas e é cada vez mais comum encontrar adeptos da fita para esse fim. “Por ser um esporte divertido e totalmente funcional se encaixou bem nas necessidades atuais desse mercado. Por esse motivo, é uma ótima opção pra quem quer fazer uma atividade física divertida e com resultados positivos no dia a dia”, explica Guilherme. Para isso, ele deixa claro que é necessário um profissional criativo, com conhecimento na área. O professor exemplifica que é possível fazer flexões de braço e agachamentos sobre a fita.
Fique por dentro
Highline
O Highline é praticado em alturas superiores a 5 metros. Essa modalidade requer muita experiência e conhecimento de alpinismo, pois é necessário utilização de equipamentos de segurança e conhecimento técnico de sistema de redução. Além de preparo físico e concentração, o controle mental é fundamental para manter em equilíbrio sentimentos como medo, ansiedade e adrenalina em grandes alturas.
Trickline
É a modalidade mais praticada do slackline. Geralmente, é executado a partir de 60cm do chão, o trickline permite a realização de manobras de saltos e equilíbrio extremo, exigindo do praticante bastante preparo físico e treino.
Longline
O longline é a prática em fitas com comprimento a partir de 20 metros. Exige do praticante bastante condicionamento físico, pois quanto maior a distância percorrida, mais força muscular e equilíbrio são necessários. Além disso, requer bastante concentração para se manter na fita.
Waterline
O waterline é a prática do slackline sobre a água. Pode ser feita em piscinas, rios ou praias. É a modalidade mais refrescante e descontraída, na qual podem ser realizadas diversas manobras do trickline. As quedas são sempre divertidas.
Pelo Brasil
Guilherme é dos que fazem o esporte por ele mesmo. Antes, praticava mais o chamado trickline, modalidade em que são feitas manobras sobre a fita. Mas as frequentes lesões o impediram ele de continuar. Ele se interessou pelo highline, em que a fita é colocada nas alturas, sem forçar tanto os ligamentos lesionados. Ele e a namorada, Débora Salles, se conheceram justamente por causa do interesse dela pelo slackline. “Eu aprendi tudo com ele”, comenta. Ela conta que não há como não sentir medo: “A questão é exatamente se controlar e lidar com as próprias emoções”.
A aventura se tornou um projeto profissional. O casal resolveu ajudar os atletas do país. “Não havia um registro das vias no Brasil. Quem quisesse ir atrás, como nós, enfrentaria a dificuldade de conseguir informações a respeito. Decidimos ir atrás e catalogar cada uma delas”, conta Guilherme. A princípio, viajariam sozinhos para Minas Gerais a fim de conhecer alguns pontos de lá. Quando a viagem virou um projeto, resolveram convidar dois amigos, um atleta e um atleta fotógrafo profissional. O quarteto intitulado High na Estrada (www.highnaestrada.com) passou 27 dias viajando em busca de picos — em muitos deles, dormiram em barracas no meio do mato. A próxima viagem, segundo Débora, será, provavelmente, pelo Rio de Janeiro.
O terceiro atleta veio com experiência australiana. Ele estava prestes a viajar para o país quando conseguiu dar os primeiros passos no slackline. Resolveu continuar com o esporte por lá. Tentou fazer nas alturas em Sidney, mas não teve coragem. Quando voltou, estava instigado: “Procurei o Guilherme, que era quem sabia tudo de slackline aqui e ele me ensinou muito”. Fábio coleciona inúmeras medalhas importantes como lutador de kung-fu, o que, garante, lhe deu mais consciência corporal para andar sobre a fita e fazer manobras. Quando foi convidado para o High na estrada, ficou honrado pela confiança depositada nele.
Como pretendiam registrar cada lugar, fazer croquis, especificar as coordenadas geográficas, a forma de chegar, a altura etc., acharam interessante também produzir fotos de qualidade. Haviam conhecido o fotógrafo Henrique Domingos por acaso. Ele andava de longboard pelo Eixão e se deparou com o casal e outras pessoas fazendo slackline. “Tirei umas fotos da galera e acabei me enturmando, mas não cheguei a andar na fita”, conta.Henrique juntou-se ao grupo para registrar em imagens as vias e a experiência deles. Há cerca de três semanas, experimentou pelo highline pela primeira vez e está tentando treinar com certa frequência.
Para Fleury, o lugar mais marcante foi a Cachoeira do Tabuleiro, situada na serra do Espinhaço, no município de Conceição do Mato Dentro. É mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil. São 273 metros de queda-livre e na parte alta da cachoeira existem outras quedas e lagos e, na parte de baixo, existe um grande poço ladeado por imensos blocos de pedra com 18 metros de profundidade.
Nada como um esporte ser encarado também como prática de lazer. Em Brasília, não é raro se deparar com pessoas se equilibrando sobre uma fita. O Parque da Cidade virou um dos pontos favoritos de quem pratica slackline. De acordo com o professor de educação física e praticante do esporte há seis anos Guilherme Caetano, a modalidade pode ser encarada como meio ou como fim: “Quem faz como fim está interessado no desafio, quer andar sobre fitas cada vez mais longas, fazer manobras etc; quem faz como meio aproveita a fita como ferramenta para trabalhar todo tipo de capacidade física, força, resistência, flexibilidade equilíbrio e outros”.
Saiba mais...
Segundo Guilherme, por um lado, a prática do slackline como atividade física tem diversos benefícios: melhora da coordenação motora, mais consciência corporal e propriocepção (capacidade em reconhecer sem utilizar a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais) e, claro, equilíbrio. “Todas essas capacidades são intimamente ligadas, mas considero importante ressaltar cada uma delas”, explica.Por outro lado, o slackline se encaixa no modelo fitness das academias quando usado para melhorar capacidades físicas e é cada vez mais comum encontrar adeptos da fita para esse fim. “Por ser um esporte divertido e totalmente funcional se encaixou bem nas necessidades atuais desse mercado. Por esse motivo, é uma ótima opção pra quem quer fazer uma atividade física divertida e com resultados positivos no dia a dia”, explica Guilherme. Para isso, ele deixa claro que é necessário um profissional criativo, com conhecimento na área. O professor exemplifica que é possível fazer flexões de braço e agachamentos sobre a fita.
Fique por dentro
Highline
O Highline é praticado em alturas superiores a 5 metros. Essa modalidade requer muita experiência e conhecimento de alpinismo, pois é necessário utilização de equipamentos de segurança e conhecimento técnico de sistema de redução. Além de preparo físico e concentração, o controle mental é fundamental para manter em equilíbrio sentimentos como medo, ansiedade e adrenalina em grandes alturas.
Trickline
É a modalidade mais praticada do slackline. Geralmente, é executado a partir de 60cm do chão, o trickline permite a realização de manobras de saltos e equilíbrio extremo, exigindo do praticante bastante preparo físico e treino.
Longline
O longline é a prática em fitas com comprimento a partir de 20 metros. Exige do praticante bastante condicionamento físico, pois quanto maior a distância percorrida, mais força muscular e equilíbrio são necessários. Além disso, requer bastante concentração para se manter na fita.
Waterline
O waterline é a prática do slackline sobre a água. Pode ser feita em piscinas, rios ou praias. É a modalidade mais refrescante e descontraída, na qual podem ser realizadas diversas manobras do trickline. As quedas são sempre divertidas.
O waterline é uma das modalidades do slackline
Pelo Brasil
Guilherme é dos que fazem o esporte por ele mesmo. Antes, praticava mais o chamado trickline, modalidade em que são feitas manobras sobre a fita. Mas as frequentes lesões o impediram ele de continuar. Ele se interessou pelo highline, em que a fita é colocada nas alturas, sem forçar tanto os ligamentos lesionados. Ele e a namorada, Débora Salles, se conheceram justamente por causa do interesse dela pelo slackline. “Eu aprendi tudo com ele”, comenta. Ela conta que não há como não sentir medo: “A questão é exatamente se controlar e lidar com as próprias emoções”.
A aventura se tornou um projeto profissional. O casal resolveu ajudar os atletas do país. “Não havia um registro das vias no Brasil. Quem quisesse ir atrás, como nós, enfrentaria a dificuldade de conseguir informações a respeito. Decidimos ir atrás e catalogar cada uma delas”, conta Guilherme. A princípio, viajariam sozinhos para Minas Gerais a fim de conhecer alguns pontos de lá. Quando a viagem virou um projeto, resolveram convidar dois amigos, um atleta e um atleta fotógrafo profissional. O quarteto intitulado High na Estrada (www.highnaestrada.com) passou 27 dias viajando em busca de picos — em muitos deles, dormiram em barracas no meio do mato. A próxima viagem, segundo Débora, será, provavelmente, pelo Rio de Janeiro.
O terceiro atleta veio com experiência australiana. Ele estava prestes a viajar para o país quando conseguiu dar os primeiros passos no slackline. Resolveu continuar com o esporte por lá. Tentou fazer nas alturas em Sidney, mas não teve coragem. Quando voltou, estava instigado: “Procurei o Guilherme, que era quem sabia tudo de slackline aqui e ele me ensinou muito”. Fábio coleciona inúmeras medalhas importantes como lutador de kung-fu, o que, garante, lhe deu mais consciência corporal para andar sobre a fita e fazer manobras. Quando foi convidado para o High na estrada, ficou honrado pela confiança depositada nele.
Como pretendiam registrar cada lugar, fazer croquis, especificar as coordenadas geográficas, a forma de chegar, a altura etc., acharam interessante também produzir fotos de qualidade. Haviam conhecido o fotógrafo Henrique Domingos por acaso. Ele andava de longboard pelo Eixão e se deparou com o casal e outras pessoas fazendo slackline. “Tirei umas fotos da galera e acabei me enturmando, mas não cheguei a andar na fita”, conta.Henrique juntou-se ao grupo para registrar em imagens as vias e a experiência deles. Há cerca de três semanas, experimentou pelo highline pela primeira vez e está tentando treinar com certa frequência.
Para Fleury, o lugar mais marcante foi a Cachoeira do Tabuleiro, situada na serra do Espinhaço, no município de Conceição do Mato Dentro. É mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil. São 273 metros de queda-livre e na parte alta da cachoeira existem outras quedas e lagos e, na parte de baixo, existe um grande poço ladeado por imensos blocos de pedra com 18 metros de profundidade.