Pesquisa desenvolve técnica capaz de detectar precocemente células de câncer metastático

Órgãos mais frequentemente acometidos por metástases são o fígado, os pulmões, o cérebro e os ossos

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AFP - Agence France-Presse Publicação:08/09/2015 16:18
Pesquisadores desenvolveram um método para a detecção precoce de células de câncer metastático em animais, uma descoberta que pode ajudar a retardar a progressão do câncer. Resultado foi publicado nesta terça-feira (08/09) pela revista científica britânica Nature Communications.

A metástase é um conjunto de células cancerosas que são derivadas a partir de um órgão afetado por um tumor primário e que migram pata outro membro.

Os órgãos mais frequentemente acometidos por metástases são o fígado, os pulmões, o cérebro e os ossos.

Esta extensão geralmente não é um bom sinal, já que normalmente é detectada num estágio avançado e muito difícil de atacar.

Os pesquisadores já trabalham em exames de sangue para prever o risco de um movimento desfavorável em certos tipos de câncer, devido à presença de células tumorais circulantes (CTC).

Mas como estas células são extremamente raras e difíceis de detectar, um grupo de pesquisadores norte-americanos dirigido por Lonnie D. Shea criou um implante feito de biomaterial capaz de capturar células metastáticas em animais de laboratório às quais os pesquisadores haviam inoculado um câncer de mama metastático.

"Nós combinamos isso a um sistema de análise de imagens que nos permite detectar a presença de células cancerígenas no implante, o que nos permite detectar de maneira precoce as metástase", informou Shea.

Este procedimento deve, segundo ele, fornecer "uma janela de oportunidade para tratar as metástases enquanto o paciente ainda está em boa saúde e com poucas células cancerígenas".

Ele espera que estes testes clínicos possam ser realizados na Universidade de Michigan, já que os procedimentos de fabricação dos biomateriais necessários já foram identificados e o financiamento é garantido.

"Não há razão para pensar que este sistema não funcionaria nos seres humanos, mas nós ainda precisamos provar isso", acrescentou.

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