Pós-redução de estômago: remover tecido flácido garante qualidade de vida

Cirurgia de contorno corporal é a fase final do processo de perda de peso

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Gláucia Chaves - Revista do CB Publicação:23/10/2015 10:00
Lutar contra a obesidade é uma guerra longa e que não termina quando os ponteiros da balança finalmente chegam ao objetivo desejado. Após a cirurgia bariátrica, muitos pacientes precisam lidar com o excesso de pele residual. A pele e os tecidos, sem elasticidade, tornam-se flácidos e podem atrapalhar atividades básicas, como andar, por exemplo. Luciano Chaves, secretário-geral da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), explica que a chamada cirurgia de contorno corporal é a fase final do processo de perda de peso. Há diversas técnicas para a remoção da pele extra, a depender do local problemático. “O paciente, após a perda de peso, desenvolve uma flacidez circunferencial. Geralmente, há uma flacidez grande na região abdominal, nas mamas, nos braços e nas coxas”, enumera.

Luciano Chaves frisa que a cirurgia não é estética, apesar de a autoestima do paciente melhorar sensivelmente após o procedimento. A operação é considerada reparadora, uma vez que reconstrói o contorno corporal. “O paciente vai ter benefício estético, mas a indicação não é essa. Tanto é assim que é autorizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela maioria dos planos de saúde.” Antes da operação, o médico realiza diversos exames para avaliar a condição de saúde do paciente. Por se tratar de um ex-obeso, o candidato à operação de remoção de pele tem características clínicas específicas. “Esse paciente, queira ou não, vai desenvolver um deficit de absorção de nutrientes”, detalha o médico.

Como toda cirurgia, a operação plástica pós-bariátrica tem seus riscos. A trombose e a embolia pulmonar estão entre as principais preocupações médicas, de acordo com Chaves. “O paciente, quando é obeso, precisa ter o calibre dos vasos sanguíneos grandes, para nutrir toda a massa corporal”, detalha. “Quando o paciente perde peso, os grandes vasos permanecem.” Uma boa assistência e orientações pós-operatórias são essenciais.

Clique na imagem para ampliá-la e saiba mais  (Valdo Virgo / CB / D.A Press)
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