Teste de sangue para detectar Alzheimer está próximo da realidade
Exame poderá detectar a doença na fase inicial
Correio Braziliense
Publicação:27/10/2015 10:29Atualização: 27/10/2015 10:45
A esperança é que as pessoas testadas positivamente para o Alzheimer possam promover mudanças no estilo de vida que ajudem a frear o desenvolvimento do problema neurodegenerativo. “Há benefícios significativos na detecção precoce. Sabemos que muitas condições que levam à doença vascular também são fatores de risco para o Alzheimer. As pessoas que têm a doença pré-clínica podem tomar medidas para melhorar a saúde vascular, incluindo o cuidado com a dieta, a prática de exercícios físicos e o controle de peso e da pressão arterial, o que ajuda a retardar a progressão do mal”, observa.
Embora a causa da doença continue um mistério, sabe-se que manter uma barreira sangue-cérebro saudável é uma medida preventiva crítica. Diabetes, colesterol alto, pressão arterial alta, derrames e sobrepeso/obesidade colocam em risco a saúde vascular. À medida que os vasos sanguíneos no cérebro se enfraquecem e se tornam quebradiços com a idade, eles começam a se romper, o que permite a entrada, no órgão, de componentes do plasma, incluindo autoanticorpos cérebro-reativos. Dentro do cérebro, esses anticorpos podem se ligar a neurônios e acelerar o acúmulo de depósitos beta amiloides, uma forte marca da patologia de Alzheimer.
Nessa enfermidade neurodegenerativa, o cérebro começa a mudar muitos anos antes de os sintomas emergirem. Detectar os anticorpos nesse estágio poderia dar aos pacientes a oportunidade de adotar intervenções precoces. “Um estilo de vida saudável é o melhor remédio para prevenir doenças. Sabemos que muitas pessoas ignoram mensagens sobre nutrição e atividades físicas até que uma crise de saúde chame a atenção delas. Não consigo imaginar um paciente que não tomaria as medidas para prevenir a progressão do Alzheimer se soubesse que isso afetaria diretamente o prognóstico”, observa Jennifer Caudle, professora de medicina de família da Universidade de Rowan.
Esperança do exame de sangue é que as pessoas testadas positivamente para o Alzheimer possam promover mudanças no estilo de vida que ajudem a frear o desenvolvimento do problema neurodegenerativo
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Pesquisadores da Faculdade de Medicina Osteopática da Universidade de Rowan, nos Estados Unidos, afirmam que estão perto de desenvolver um exame de sangue para detectar Alzheimer com precisão, o que daria aos médicos uma oportunidade de intervir na fase inicial da doença, o estágio em que é mais fácil tratá-la. Robert Nagele, pesquisador da instituição, apresentou recentemente, durante encontro da Associação Americana de Osteopatia, um trabalho que foca a utilização de anticorpos produzidos pelo organismo como biomarcadores para a enfermidade.- Estudo relaciona micose ao mal de Alzheimer
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"As pessoas que têm a doença pré-clínica podem tomar medidas para melhorar a saúde vascular, incluindo o cuidado com a dieta, a prática de exercícios físicos e o controle de peso e da pressão arterial, o que ajuda a retardar a progressão do mal" - Robert Nagele, pesquisador da Universidade de Rowan, nos Estados Unidos
Embora a causa da doença continue um mistério, sabe-se que manter uma barreira sangue-cérebro saudável é uma medida preventiva crítica. Diabetes, colesterol alto, pressão arterial alta, derrames e sobrepeso/obesidade colocam em risco a saúde vascular. À medida que os vasos sanguíneos no cérebro se enfraquecem e se tornam quebradiços com a idade, eles começam a se romper, o que permite a entrada, no órgão, de componentes do plasma, incluindo autoanticorpos cérebro-reativos. Dentro do cérebro, esses anticorpos podem se ligar a neurônios e acelerar o acúmulo de depósitos beta amiloides, uma forte marca da patologia de Alzheimer.
Nessa enfermidade neurodegenerativa, o cérebro começa a mudar muitos anos antes de os sintomas emergirem. Detectar os anticorpos nesse estágio poderia dar aos pacientes a oportunidade de adotar intervenções precoces. “Um estilo de vida saudável é o melhor remédio para prevenir doenças. Sabemos que muitas pessoas ignoram mensagens sobre nutrição e atividades físicas até que uma crise de saúde chame a atenção delas. Não consigo imaginar um paciente que não tomaria as medidas para prevenir a progressão do Alzheimer se soubesse que isso afetaria diretamente o prognóstico”, observa Jennifer Caudle, professora de medicina de família da Universidade de Rowan.