Composto impede avanço do melanoma
Forma mais grave de câncer de pele pode ganhar nova terapia
Correio Braziliense
Publicação:11/12/2015 11:00
Segundo Ze’ev Ronai, autor sênior da pesquisa, a intenção é que o SBI-756 seja usado com medicamentos já prescritos contra o melanoma. “Uma questão importante que limita a eficácia de terapias atuais é que esses tumores se tornam resistentes ao tratamento. A combinação das drogas que têm o melanoma a partir de ângulos diferentes pode ajudar a ultrapassar esse problema”, aposta.
Mutação genética
Quase a metade dos melanomas é causada por mutações no gene BRAF. Pacientes com a doença normalmente são tratados com vemurafenib, uma substância inibidora do BRAF. Os cientistas detectaram, em ratos, que a administração conjunta de vemurafenib e SBI-756 fez com que os tumores desaparecessem e não retornassem. Segundo Ronai, a dose do novo composto que resultou nos resultadores animadores foi “muito baixa”. “Mesmo nos experimentos em que foi administrada ao longo de um período de tempo significativo, não encontramos qualquer toxicidade”, ressaltou. Detalhes do estudo foram publicados na revista científica Cancer Research.
Nos Estados Unidos, onde foi feita a pesquisa, 5 milhões de pessoas são tratadas anualmente por câncer de pele, sendo que 9 mil morrem em decorrência do melanoma. Aqui no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que esse tipo de carcinoma seja detectado em 5.670 pessoas — sendo 3 mil homens e 2.670 mulheres — no ano que vem. Os dados mais recentes sobre o número de óbitos são de 2013: 1.559 vítimas.
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Forma mais grave de câncer de pele, o melanoma pode ganhar uma nova terapia. Cientistas da Sanford Burnham Prebys Medical Discovery Institute, nos EUA, criaram um composto que impede o avanço das células doentes. Trata-se do SBI-756, que tem como alvo um processo molecular, presente em todas as células, que faz com que o RNA produza proteínas. Em estruturas cancerígenas, o mecanismo é prejudicado, produzindo proteínas extras e proporcionando o crescimento de tumores.Segundo Ze’ev Ronai, autor sênior da pesquisa, a intenção é que o SBI-756 seja usado com medicamentos já prescritos contra o melanoma. “Uma questão importante que limita a eficácia de terapias atuais é que esses tumores se tornam resistentes ao tratamento. A combinação das drogas que têm o melanoma a partir de ângulos diferentes pode ajudar a ultrapassar esse problema”, aposta.
Mutação genética
Quase a metade dos melanomas é causada por mutações no gene BRAF. Pacientes com a doença normalmente são tratados com vemurafenib, uma substância inibidora do BRAF. Os cientistas detectaram, em ratos, que a administração conjunta de vemurafenib e SBI-756 fez com que os tumores desaparecessem e não retornassem. Segundo Ronai, a dose do novo composto que resultou nos resultadores animadores foi “muito baixa”. “Mesmo nos experimentos em que foi administrada ao longo de um período de tempo significativo, não encontramos qualquer toxicidade”, ressaltou. Detalhes do estudo foram publicados na revista científica Cancer Research.
Nos Estados Unidos, onde foi feita a pesquisa, 5 milhões de pessoas são tratadas anualmente por câncer de pele, sendo que 9 mil morrem em decorrência do melanoma. Aqui no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que esse tipo de carcinoma seja detectado em 5.670 pessoas — sendo 3 mil homens e 2.670 mulheres — no ano que vem. Os dados mais recentes sobre o número de óbitos são de 2013: 1.559 vítimas.