Teste de urina pode prever insuficiência renal grave
Pesquisadores identificam proteína na urina de pacientes do doença renal crônica
Isabela de Oliveira - Correio Braziliense
Publicação:16/12/2015 11:00Atualização: 16/12/2015 11:04
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, identificaram uma proteína presente na urina que indica quais pacientes com doença renal crônica (DRC) têm maior chance de desenvolver a insuficiência renal terminal. Os resultados do estudo, detalhado na revista Science Translational Medicine, abrem caminho para o desenvolvimento do primeiro teste clínico que poderá ajudar os médicos a se anteciparem para retardar ou parar a progressão da enfermidade.
Atualmente, os testes clínicos são incapazes de prever, nas fases iniciais da doença renal, quais são as chances de o paciente desenvolver a insuficiência em estágio final, processo que pode demorar décadas para se manifestar. Em busca de um biomarcador não invasivo da progressão da doença, Ju Wenjun e colegas analisaram os perfis de expressão gênica de biópsias de rim de 261 pacientes com doença renal crônica. A partir da análise da urina dos participantes, a equipe de cientistas descobriu que a quantidade do fator de crescimento epidérmico (FCE), uma proteína envolvida no reparo do tecido renal, é um indicador do agravamento da doença.
Ju Wenjun acrescenta que o trabalho também poderá auxiliar o desenvolvimento de ensaios clínicos que busquem novos medicamentos para a DRC, cujo crescimento tem preocupado formuladores de políticas públicas. Atingindo de 8% a 16% da população mundial, a enfermidade provoca a perda progressiva da função renal e, potencialmente, a insuficiência renal permanente. A estimativa da Sociedade Brasileira de Nefrologia é que, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas tenham a doença renal crônica. Dessas, 90 mil estão em diálise — um processo de estímulo artificial da função dos rins. (IO)
Pesquisadores estão em busca de um biomarcador não invasivo da progressão da doença renal crônica
Atualmente, os testes clínicos são incapazes de prever, nas fases iniciais da doença renal, quais são as chances de o paciente desenvolver a insuficiência em estágio final, processo que pode demorar décadas para se manifestar. Em busca de um biomarcador não invasivo da progressão da doença, Ju Wenjun e colegas analisaram os perfis de expressão gênica de biópsias de rim de 261 pacientes com doença renal crônica. A partir da análise da urina dos participantes, a equipe de cientistas descobriu que a quantidade do fator de crescimento epidérmico (FCE), uma proteína envolvida no reparo do tecido renal, é um indicador do agravamento da doença.
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Após perceber a relação nos 261 pacientes, os pesquisadores procuraram o mesmo efeito em 600 voluntários adicionais. “Em resumo, nosso estudo utilizou uma estratégia de screening (rastreamento) imparcial para identificar a quantidade de FCE como preditora de progressão da doença em grupos com diversificada origem étnica e geográfica”, sintetiza Ju Wenjun. “Adicionada a um painel de biomarcadores de doença renal crônica, a quantidade de FCE ajudará os médicos a estratificarem o risco de progressão da enfermidade e, assim, promoverá melhoras na capacidade de segmentar cuidados clínicos e de saúde, especialmente nos locais em que os recursos são limitados”, completa o principal autor.Ju Wenjun acrescenta que o trabalho também poderá auxiliar o desenvolvimento de ensaios clínicos que busquem novos medicamentos para a DRC, cujo crescimento tem preocupado formuladores de políticas públicas. Atingindo de 8% a 16% da população mundial, a enfermidade provoca a perda progressiva da função renal e, potencialmente, a insuficiência renal permanente. A estimativa da Sociedade Brasileira de Nefrologia é que, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas tenham a doença renal crônica. Dessas, 90 mil estão em diálise — um processo de estímulo artificial da função dos rins. (IO)