Anomalia em gene triplica chance de câncer de ovário

A alteração no BRIP1 já havia sido identificada como fator de risco, mas pela primeira vez pesquisadores quantificam a predisposição ao tumor

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AFP - Agence France-Presse Publicação:19/01/2016 10:11Atualização:19/01/2016 10:21
O câncer de ovário é o mais fatal dos tumores genecológicos (Thinkstock)
O câncer de ovário é o mais fatal dos tumores genecológicos
Mulheres com uma anomalia no gene BRIP1 têm três vezes mais risco de desenvolver câncer de ovário, revela um estudo publicado nesta terça-feira (18/01).

O gene alterado já havia sido identificado como um fator de predisposição de câncer de ovário, mas esta é a primeira vez que tal risco é quantificado, em um estudo publicado no Jornal do Instituto Americano do Câncer (JNCI).

"Em torno de 18 mulheres em cada mil desenvolvem câncer de ovário, mas este risco sobe para 58 por mil entre as mulheres que apresentam esta anomalia", destacam especialistas britânicos ligados ao estudo.

Difícil de diagnosticar porque geralmente não provoca sintomas até se encontrar em estado avançado e por ser associado a outras patologias, o câncer de ovário é o mais fatal dos tumores genecológicos.

O câncer de ovário é a origem de cerca de 150 mil óbitos ao ano no planeta, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Na França, ele atinge cerca de 4.400 mulheres por ano, com mais de 3 mil mortes. O índice de óbito cinco anos após o diagnóstico é de 60%.

O estudo publicado nesta terça-feira compara os genes de mais de 8 mil mulheres europeias, compreendendo um grupo de pacientes, um grupo em bom estado de saúde e um grupo com antecedentes familiares de câncer de ovário.

"Recensear estas mulheres (com mutação do gene) contribuirá para prevenir mais casos e salvar vidas", assinalou um dos pesquisadores.

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