OMS faz alerta e pede que todos os países monitorem zika
Entidade ainda não conseguiu estabelecer uma relação direta entre a microcefalia e o zika vírus
Agência Estado
Publicação:19/01/2016 12:08
Genebra - O escritório central da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, na Suíça, assume o combate do zika vírus e pede que governos de todos os continentes monitorem e informem a entidade sobre eventuais casos da doença ou de microcefalia. No total, pelo menos 18 países já identificaram casos. Mas, para a OMS, o temor é de uma proliferação ganhe força nas próximas semanas.
A transferência de competências para Genebra significa, segundo os funcionários, que existe o temor de uma proliferação para outros continentes e que a doença ganhou uma dimensão maior no "cenário global". "Já temos casos em Cabo Verde, ilhas na Oceania e não sabemos como é que a doença viaja, se uma pessoa pode contaminar outra e qual é a fonte do vírus", disse o porta-voz.
Por enquanto, a OMS não faz uma recomendação para que grávidas deixem de viajar ao Brasil. Mas alerta que todos os turistas devem "se proteger com métodos tradicionais, como repelentes, camisas de manga larga". Segundo Lindmeier, aos governos a recomendação é de que se combata a água parada e se elimine o mosquito.
A OMS admite que, diante dos poucos casos no passado que resultaram em sérios problemas, uma vacina jamais foi desenvolvida. "Trata-se de um vírus desconhecido. Não sabemos quantos casos de zika existem. Não sabemos de onde ele vem. Normalmente, ele causa uma doença leve e apenas 25% dos casos mostra algum tipo de sintoma", disse. "Estamos monitorando a proliferação em 18 países na América", admitiu.
A OMS ainda não conseguiu estabelecer uma relação direta entre a microcefalia, que já atingiu 3,5 mil casos no Brasil, e o vírus. Mas afirma estar "trabalhando" ao lado das autoridades brasileiras e americanas para fazer avançar as pesquisas e "entender a ligação entre os dois casos e para estabelecer as causas".
Segundo a entidade, 46 mortes foram registradas, com sete casos laboratoriais confirmados. Cinco deles foram identificados pelo Centro de Controles dos Estados Unidos, com casos envolvendo brasileiros. "A origem da microcefalia precisa ser investigada. É um aumento desconhecido", admitiu o porta-voz.
Saiba mais...
"Estamos pedindo que todos os governos monitorem a situação e notifiquem a OMS sobre eventuais casos", disse Christian Lindmeier, porta-voz da entidade. Essa foi a primeira vez que a organização na Suíça se pronunciou oficialmente sobre o caso. Até agora, todas as perguntas e mesmo os trabalhos eram realizados apenas pela Organização Pan-Americana de Saúde.- Pesquisadores se debruçam sobre zika para confirmar relação com microcefalia
- Especialistas não sabem dimensionar o impacto da microcefalia na evolução de crianças
- 'Imagine estar às vésperas de dar à luz e descobrir que as crianças estão nascendo com problemas'
- Postos terão teste rápido para zika, dengue e chikungunya em fevereiro
- Opas alerta para aumento de síndromes neurológicas em países com vírus Zika
- Fiocruz prevê 16 mil casos de microcefalia em 2016
- Brasil já tem 3.893 casos de microcefalia notificados
- Pesquisa confirma que zika vírus consegue atravessar a placenta
- Governo dos Estados Unidos confirma três casos de zika na Flórida
A transferência de competências para Genebra significa, segundo os funcionários, que existe o temor de uma proliferação para outros continentes e que a doença ganhou uma dimensão maior no "cenário global". "Já temos casos em Cabo Verde, ilhas na Oceania e não sabemos como é que a doença viaja, se uma pessoa pode contaminar outra e qual é a fonte do vírus", disse o porta-voz.
Por enquanto, a OMS não faz uma recomendação para que grávidas deixem de viajar ao Brasil. Mas alerta que todos os turistas devem "se proteger com métodos tradicionais, como repelentes, camisas de manga larga". Segundo Lindmeier, aos governos a recomendação é de que se combata a água parada e se elimine o mosquito.
A OMS admite que, diante dos poucos casos no passado que resultaram em sérios problemas, uma vacina jamais foi desenvolvida. "Trata-se de um vírus desconhecido. Não sabemos quantos casos de zika existem. Não sabemos de onde ele vem. Normalmente, ele causa uma doença leve e apenas 25% dos casos mostra algum tipo de sintoma", disse. "Estamos monitorando a proliferação em 18 países na América", admitiu.
A OMS ainda não conseguiu estabelecer uma relação direta entre a microcefalia, que já atingiu 3,5 mil casos no Brasil, e o vírus. Mas afirma estar "trabalhando" ao lado das autoridades brasileiras e americanas para fazer avançar as pesquisas e "entender a ligação entre os dois casos e para estabelecer as causas".
Segundo a entidade, 46 mortes foram registradas, com sete casos laboratoriais confirmados. Cinco deles foram identificados pelo Centro de Controles dos Estados Unidos, com casos envolvendo brasileiros. "A origem da microcefalia precisa ser investigada. É um aumento desconhecido", admitiu o porta-voz.