Transplante de células-tronco no pênis pode tratar disfunção erétil
Técnica pode ajudar nos problemas de ereção depois do câncer de próstata
AFP - Agence France-Presse
Publicação:30/01/2016 08:00Atualização: 30/01/2016 08:38
"Doze pacientes que sofriam de disfunção erétil grave após o câncer de próstata receberam um transplante de células-tronco no pênis. Depois de seis meses, os pacientes perceberam melhorias significativas na relação sexual, ereção, rigidez peniana e qualidade do orgasmo", resume o Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm) em comunicado.
A disfunção erétil é uma sequela comum da remoção cirúrgica do câncer de próstata, o que afeta a qualidade de vida e a autoimagem dos homens envolvidos, segundo o Inserm. O transtorno é devido ao "resultado de lesões nos vasos sanguíneos e nervos do pênis", acrescenta.
O teste clínico, conduzido pelo hospital universitário Henri Mondor, nos arredores de Paris, foi realizado para "reparar as lesões celulares no pênis".
Os pesquisadores realizaram um trasplante de células extraídas da medula óssea, que contém vários tipos de células tronco capazes de "transformar-se de forma espontânea em células da mesma natureza que as danificadas no pênis", explica o Inserm.
Ao menos dois pacientes descreveram por outro lado "uma reaparição de ereções normais, como antes da prostatectomia radical, sem tomar medicamentos".
A melhora das relações sexuais se manteve por um ano após o trasplante.
"Se os resultados deste estudo forem confirmados por outros estudos (...) a terapia celular poderia ser ampliada para outros tipos de problemas de ereção menos graves resultantes de doenças sistêmicas como diabetes ou outras doenças vasculares", afirmou René Yiou.
Estes resultados foram publicados na revista European Urology.
A disfunção erétil afeta a qualidade de vida e a autoimagem dos homens
Saiba mais...
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"Doze pacientes que sofriam de disfunção erétil grave após o câncer de próstata receberam um transplante de células-tronco no pênis. Depois de seis meses, os pacientes perceberam melhorias significativas na relação sexual, ereção, rigidez peniana e qualidade do orgasmo", resume o Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm) em comunicado.
A disfunção erétil é uma sequela comum da remoção cirúrgica do câncer de próstata, o que afeta a qualidade de vida e a autoimagem dos homens envolvidos, segundo o Inserm. O transtorno é devido ao "resultado de lesões nos vasos sanguíneos e nervos do pênis", acrescenta.
O teste clínico, conduzido pelo hospital universitário Henri Mondor, nos arredores de Paris, foi realizado para "reparar as lesões celulares no pênis".
Os pesquisadores realizaram um trasplante de células extraídas da medula óssea, que contém vários tipos de células tronco capazes de "transformar-se de forma espontânea em células da mesma natureza que as danificadas no pênis", explica o Inserm.
Ao menos dois pacientes descreveram por outro lado "uma reaparição de ereções normais, como antes da prostatectomia radical, sem tomar medicamentos".
A melhora das relações sexuais se manteve por um ano após o trasplante.
"Se os resultados deste estudo forem confirmados por outros estudos (...) a terapia celular poderia ser ampliada para outros tipos de problemas de ereção menos graves resultantes de doenças sistêmicas como diabetes ou outras doenças vasculares", afirmou René Yiou.
Estes resultados foram publicados na revista European Urology.