Ministério da Saúde começa mapeamento do atendimento a crianças com microcefalia

A Fundação Oswaldo Cruz treinou 180 atendentes para fazer o contato com os familiares

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Agência Brasil Publicação:29/02/2016 16:18Atualização:29/02/2016 16:26
4.107 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação no Brasil ( João Carlos Lacerda/Divulgação)
4.107 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação no Brasil
O Ministério da Saúde (MS) começou a mapear as condições de atendimento aos bebês nascidos com microcefalia em todo o Brasil. O serviço é feito por meio de ligações telefônicas aos familiares de todas as crianças, com o objetivo de identificar os exames já realizados e saber como está sendo o acompanhamento dos bebês nas redes de Atenção Básica e Especializada.

As famílias de todos os bebês com notificação da malformação serão contatadas, mesmo aqueles que ainda estejam em investigação, informa o MS. O objetivo da pasta é identificar o estágio da assistência à saúde de cada criança, além de oferecer apoio aos estados e municípios na organização dos fluxos de atendimento, a partir dos relatórios.

A Fundação Oswaldo Cruz treinou 180 atendentes para fazer o contato com os familiares. As ligações começaram a ser feitas no dia 22 de fevereiro e a expectativa é que até o final de março a ação seja concluída.

Desde novembro do ano passado, o Ministério da Saúde constatou que o vírus Zika provocou um aumento inesperado nos casos de microcefalia no país, uma malformação irreversível no cérebro. Enquanto os registros de 2014 apontam que 147 crianças nasceram com a malformação, entre outubro do ano passado e fevereiro de 2016, foram confirmados 583 casos, 67 deles confirmados que foram causados pelo Zika.

Outros 4.107 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação. Desde 22 de outubro de 2015 até 20 de fevereiro deste ano, foram 5.640 notificações, sendo 950 já descartadas.

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