Ministério da Saúde muda pela segunda vez protocolo de notificação de microcefalia

Serão notificadas como casos suspeitos de microcefalia meninas que nascerem com o perímetro cefálico menor que 31,5 centímetros e meninos com menos que 31,9 centímetros

Diminuir Fonte Aumentar Fonte Imprimir Corrigir Notícia Enviar
Agência Brasil Publicação:02/03/2016 10:31
Inicialmente, o MS usava 33 centímetros como ponto de partida e depois passou para 32cm. Novo protocolo de notificação será anunciado nesta quinta-feira (03/02) (Diário de Pernambuco )
Inicialmente, o MS usava 33 centímetros como ponto de partida e depois passou para 32cm. Novo protocolo de notificação será anunciado nesta quinta-feira (03/02)
O Ministério da Saúde vai mudar esta semana o protocolo de notificação da microcefalia, seguindo novos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS). Serão notificadas como casos suspeitos de microcefalia meninas que nascerem com o perímetro cefálico menor que 31,5 centímetros e meninos com menos que 31,9 centímetros. Estas medidas são um indício de que a criança tem microcefalia, uma malformação irreversível no cérebro. Para a confirmação do diagnóstico, são necessários exames que mostrem se o cérebro está comprometido.

Inicialmente, a pasta usava 33 centímetros como ponto de partida. Em seguida, passou a adotar os critérios da OMS e começou a notificar como casos suspeitos meninos e meninas igual ou inferior a 32 centímetros de perímetro cefálico. Este ainda é o critério usado. O anúncio da mudança deve sair nesta quinta-feira (03/02). “O que já está notificado a gente vai submeter aos exames; agora vamos ter um rigor maior nas novas notificações”, explicou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em evento na embaixada da França, na qual os dois países fizerm uma declaração de intenções de firmarem parcerias em pesquisas relacionadas ao vírus Zika.

A Polinésia Francesa, território francês, foi o primeiro lugar a registrar uma epidemia de Zika, em 2014. Desde então, a França começou a pesquisar o vírus.

Atualmente, o Brasil tem parcerias com os Estados Unidos em várias vertentes. Entre elas, o desenvolvimento da vacina contra o vírus Zika, de tratamentos para a infecção e também de tecnologias de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor do Zika e da dengue.

Boletim divulgado hoje pelo Ministério da Saúde confirmou 641 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Outros 4.222 casos suspeitos estão sendo investigados em todo o país.

COMENTÁRIOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.