Conjuntivite alérgica: tire dúvidas sobre diagnóstico e tratamento da doença

Doença é comumente confundida com as conjuntivites de origem bacteriana e viral. Se não tratada corretamente, pode até comprometer a visão

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Agência Estado Publicação:11/05/2016 14:42Atualização:11/05/2016 14:47
Os sintomas são parecidos com os de conjuntivites virais e bacterianas, exceto pela ardência, que nos casos alérgicos tende a ser menos comum (SXC.hu )
Os sintomas são parecidos com os de conjuntivites virais e bacterianas, exceto pela ardência, que nos casos alérgicos tende a ser menos comum
Cansaço, choro, sono, excesso de fumaça e poluição estão entre diversos causadores de vermelhidão nos olhos. Embora as condições possam parecer rotineiras, a irritação constante na área pode ser indicativo de conjuntivite alérgica, reação frequentemente associada à rinite.

"A causa mais comum desse tipo de irritação é a alergia aos ácaros, que causam inflamação da conjuntiva, revestimento que cobre o olho para proteger de microrganismos, corpos estranhos e substância químicas", explica o médico alergista Diener Frozi. Segundo ele, a dilatação de vasos na região é responsável pela vermelhidão.

Outros sinais da conjuntivite são coceira, inchaço, lacrimejamento e a fotofobia (sensibilidade à luz). O especialista diz que muitos pacientes se confundem com outros tipos de conjuntivite, o que retarda a busca por atendimento especializado. "Os sintomas são parecidos com os de conjuntivites virais e bacterianas, exceto pela ardência, que nos casos alérgicos tende a ser menos comum", salienta Frozi. Além disso, o quadro de alergia não é infeccioso e, portanto, não é transmissível.

O diagnóstico é feito no consultório a partir da observação completa dos olhos e da análise do histórico do paciente. Nesse caso, o teste com antígenos inalantes é um exame complementar útil para confirmação. "É importante observar que as condições clínicas podem variar de sintomas leves até quadros graves, que podem comprometer a visão. A alergia pode ser provocadas por fatores externos, como o uso de produtos de beleza e lentes de contato", esclarece o médico alergista.

O primeiro passo do tratamento é o afastamento completo do agente alérgeno, ou seja, o fator que está provocando alergia. "O controle do ambiente é primordial. Por isso, a limpeza da casa, com especial atenção ao quarto, deve ser diária", orienta Frozi. O paciente deve evitar o acúmulo de pó em cortinas, carpetes, tapetes e bichos de pelúcia. Lavar o olho com soro fisiológico e fazer compressas geladas aliviam a coceira.

"Em casos de crises, também podem ser indicados medicamentos para aliviar os sintomas, como colírios anti-histamínicos e antialérgicos por via oral. Dependendo da análise, é possível prescrever corticoides e antinflamatórios", observa. Em casos de associação com a rinite, o recurso terapêutico da imunoterapia, com uso de vacinas, também pode ser adotado.

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