Troca de pelagem dos pets se intensifica perto dos meses mais frios: como lidar?
Essa 'reciclagem' funciona como mecanismo de controle da temperatura do animal
Gustavo Perucci - Estado de Minas
Publicação:13/05/2016 13:00Atualização: 09/05/2016 11:42
Com a proximidade da chegada do inverno, muitos donos de cães e gatos, principalmente os que vivem em apartamento, já devem estar sofrendo com o aumento significativo de pelos soltos pela casa. Natural durante todo o ano, a troca de pelagem se intensifica perto dos meses mais quentes e frios e é um mecanismo de controle da temperatura corporal dos animais.
Essa 'reciclagem' da pelagem é periódica e, normalmente, ocorre duas vezes ao ano. Antes do verão, os bichos perdem a pelagem mais espessa e o subpelo (em algumas raças) que nasceram para protegê-los do frio, que será substituída por uma mais leve. Antes do inverno, ocorre o inverso. Como a maior parte do Brasil é de clima tropical, as estações do ano não serem tão definidas pode causar uma queda de pelo intensa durante todo o ano, dependendo da raça e tipo de pelagem do animal.
“A queda de pelo é natural e depende do tamanho da pelagem do animal e da época. Quanto menor o tamanho, mais curto é o ciclo. Muita gente compra buldogue francês, jack russel ou fox paulistinha, com a ideia de que vai adotar um cachorro de pelo curto para não ter tanto problema com a queda em casa. Mas é o contrário. Como esse cães têm um ciclo de pelo muito curto, ele cresce e cai rápido. Quanto maior o pelo, maior o ciclo. Então, os cães de pelagem mais longa têm essa troca mais demorada”, explica o médico-veterinário Roberto Henrique, especialista em dermatologia animal. Segundo ele, outros fatores também podem causar uma queda mais acentuada, como o cio.
Se a troca de pelagem é inevitável, existem maneiras de reduzir o acúmulo do pelo no ambiente, que não são nenhuma novidade: escovação diária no animal e banhos semanais. Para isso, é preciso separar um tempo na agenda para cuidar do pet. Mesmo assim, o bichinho ainda vai soltar pelos (veja insert).
Roberto Henrique indica que, para cada tipo de pelagem, existe uma escova específica. “Principalmente, para escovar o animal diariamente. O tipo de escova depende muito do pelo. Para o mais longo, temos os pentes, para os curtos temos aquelas escovas mais finas, que parecem uma luva. Tem a rasqueadeira para os cães com pelo volumoso. A escovação diária diminui bastante essa queda, seja em cães ou gatos”, orienta.
O veterinário indica banhos semanais para cães, principalmente os que vivem dentro de apartamentos. Isso, além de diminuir a queda de pelos, previne o aparecimento de outras doenças de pele. “O gato não tem tanta necessidade, pois ele mesmo se limpa”, aponta. Se o animal apresenta algum problema, como alergia, que pode intensificar a troca da pelagem, a periodicidade dos banhos pode ser ainda maior. O especialista alerta, porém, que, se o cuidado com o pet for feito em casa, é preciso utilizar produtos veterinários. “Sempre dê preferência para shampoos e condicionadores de uso veterinário. Esses produtos têm o pH adequado para a pele do animal. Evite usar produtos para humanos, detergentes e sabão de coco, que são indicados para limpeza pesada e contêm muita soda cáustica. Eles podem causar problema na pele do animal.” Uma dieta adequada, com ração de boa qualidade, também ajuda a evitar a queda.
PREOCUPAÇÃO
Mesmo com queda intensa, se o pelo do animal estiver bonito e brilhante ele está bem. Agora, se o pet tem uma falha localizada, vermelhidão ou se coça fora do normal, é necessário procurar um veterinário. “Geralmente, a queda de pelo pode ser traumática, causada pelo próprio animal, ou por um processo parasitário. A dermatofitose, por exemplo, que é uma micose, causa queda bem localizada. A dermodicose e a foliculite bacteriana também. Existe também o problema de caspa. Se você percebe que o animal está se coçando demais, e em alguns casos ele chega a se ferir, pode ocasionar alguma falha. Geralmente, esse comportamento pode indicar alguma doença de fundo alérgico ou sarna sarcóptica”, conclui Roberto Henrique.
Para a casa
Alergias e piora de quadro em pessoas com asma. Pelos soltos pela casa, além de desagradável, podem causar problemas de saúde nos donos dos pets. Infelizmente, é algo inevitável quando se tem cachorro ou gato. Se eles ficam dentro da casa, têm liberdade de subir nas camas e sofás, então... E não existe uma fórmula mágica para evitá-los. Sem ter como fugir da boa e velha rotina de limpeza, uma dica é usar o aspirador de pó para higienizar os estofados (nunca use esse equipamento doméstico no animal!!!). No piso, vassoura e pano úmido são a solução. É recomendado, até para a saúde do próprio animal, a aplicação de desinfetantes no local onde o pet fica. Segundo o médico-veterinário Roberto Henrique, quando for higienizar o ambiente é necessário retirar o bicho do local e só retornar com ele depois que o produto de limpeza estiver seco.
Dar banho e escovar o animalzinho contribui para reduzir a queda da pelagem
Essa 'reciclagem' da pelagem é periódica e, normalmente, ocorre duas vezes ao ano. Antes do verão, os bichos perdem a pelagem mais espessa e o subpelo (em algumas raças) que nasceram para protegê-los do frio, que será substituída por uma mais leve. Antes do inverno, ocorre o inverso. Como a maior parte do Brasil é de clima tropical, as estações do ano não serem tão definidas pode causar uma queda de pelo intensa durante todo o ano, dependendo da raça e tipo de pelagem do animal.
“A queda de pelo é natural e depende do tamanho da pelagem do animal e da época. Quanto menor o tamanho, mais curto é o ciclo. Muita gente compra buldogue francês, jack russel ou fox paulistinha, com a ideia de que vai adotar um cachorro de pelo curto para não ter tanto problema com a queda em casa. Mas é o contrário. Como esse cães têm um ciclo de pelo muito curto, ele cresce e cai rápido. Quanto maior o pelo, maior o ciclo. Então, os cães de pelagem mais longa têm essa troca mais demorada”, explica o médico-veterinário Roberto Henrique, especialista em dermatologia animal. Segundo ele, outros fatores também podem causar uma queda mais acentuada, como o cio.
Se a troca de pelagem é inevitável, existem maneiras de reduzir o acúmulo do pelo no ambiente, que não são nenhuma novidade: escovação diária no animal e banhos semanais. Para isso, é preciso separar um tempo na agenda para cuidar do pet. Mesmo assim, o bichinho ainda vai soltar pelos (veja insert).
Roberto Henrique indica que, para cada tipo de pelagem, existe uma escova específica. “Principalmente, para escovar o animal diariamente. O tipo de escova depende muito do pelo. Para o mais longo, temos os pentes, para os curtos temos aquelas escovas mais finas, que parecem uma luva. Tem a rasqueadeira para os cães com pelo volumoso. A escovação diária diminui bastante essa queda, seja em cães ou gatos”, orienta.
O veterinário indica banhos semanais para cães, principalmente os que vivem dentro de apartamentos. Isso, além de diminuir a queda de pelos, previne o aparecimento de outras doenças de pele. “O gato não tem tanta necessidade, pois ele mesmo se limpa”, aponta. Se o animal apresenta algum problema, como alergia, que pode intensificar a troca da pelagem, a periodicidade dos banhos pode ser ainda maior. O especialista alerta, porém, que, se o cuidado com o pet for feito em casa, é preciso utilizar produtos veterinários. “Sempre dê preferência para shampoos e condicionadores de uso veterinário. Esses produtos têm o pH adequado para a pele do animal. Evite usar produtos para humanos, detergentes e sabão de coco, que são indicados para limpeza pesada e contêm muita soda cáustica. Eles podem causar problema na pele do animal.” Uma dieta adequada, com ração de boa qualidade, também ajuda a evitar a queda.
PREOCUPAÇÃO
Mesmo com queda intensa, se o pelo do animal estiver bonito e brilhante ele está bem. Agora, se o pet tem uma falha localizada, vermelhidão ou se coça fora do normal, é necessário procurar um veterinário. “Geralmente, a queda de pelo pode ser traumática, causada pelo próprio animal, ou por um processo parasitário. A dermatofitose, por exemplo, que é uma micose, causa queda bem localizada. A dermodicose e a foliculite bacteriana também. Existe também o problema de caspa. Se você percebe que o animal está se coçando demais, e em alguns casos ele chega a se ferir, pode ocasionar alguma falha. Geralmente, esse comportamento pode indicar alguma doença de fundo alérgico ou sarna sarcóptica”, conclui Roberto Henrique.
Para a casa
Alergias e piora de quadro em pessoas com asma. Pelos soltos pela casa, além de desagradável, podem causar problemas de saúde nos donos dos pets. Infelizmente, é algo inevitável quando se tem cachorro ou gato. Se eles ficam dentro da casa, têm liberdade de subir nas camas e sofás, então... E não existe uma fórmula mágica para evitá-los. Sem ter como fugir da boa e velha rotina de limpeza, uma dica é usar o aspirador de pó para higienizar os estofados (nunca use esse equipamento doméstico no animal!!!). No piso, vassoura e pano úmido são a solução. É recomendado, até para a saúde do próprio animal, a aplicação de desinfetantes no local onde o pet fica. Segundo o médico-veterinário Roberto Henrique, quando for higienizar o ambiente é necessário retirar o bicho do local e só retornar com ele depois que o produto de limpeza estiver seco.