Aos 50, rotina agitada faz bem ao cérebro
Equilíbrio saudável entre descanso e ocupação pode justificar os resultados positivos detectados no estudo realizado com 330 pessoas com 50 a 89 anos
Correio Braziliense
Publicação:19/05/2016 13:00Atualização: 19/05/2016 13:30
Normalmente, a vida agitada tem conotações negativas e está ligada ao estresse crônico, o que pode predispor, entre outras doenças, a transtornos mentais como ansiedade e distúrbios de humor. No entanto, um equilíbrio saudável entre descanso e ocupação pode justificar os resultados positivos detectados no estudo realizado com 330 pessoas com 50 a 89 anos. Elas foram questionadas sobre suas programações diárias e também participaram de uma longa série de testes neuropsicológicos.
Os autores constataram que, em qualquer idade da faixa etária estudada e independentemente do nível de instrução, um estilo de vida mais agitado está associado à maior velocidade de processamento cerebral, além de melhora na capacidade de memória de trabalho, de raciocínio e de vocabulário. A associação é especialmente forte com a memória episódica, que é a capacidade de recordar eventos passados. Segundo Festini, por enquanto, os dados são preliminares e não permitem conclusões diretas.
Ela especula, contudo, que pessoas com melhor cognição buscam estilos de vida mais agitados, e que ocupações e cognição se reforçam mutuamente, resultando em fortalecimento recíproco. Além disso, indivíduos ocupados são mais confrontados com situações em que têm a oportunidade de aprender algo novo, tarefa conhecida por estimular a cognição.
Por exemplo, um estudo recente do Centro de Longevidade Vital da Universidade do Texas descobriu que o esforço para aprender habilidades difíceis, como a fotografia digital, aumenta a memória episódica. “Ficamos surpresos com o pouco volume de pesquisas relacionadas à quantidade de ocupação, uma vez que ser muito ocupado parece ser um fato da vida moderna de muitos”, completa Denise Park, do Centro de Longevidade Vital.
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Pessoas com mais de 50 anos que mantêm rotinas ocupadas apresentam melhores resultados em testes de cognição do que as da mesma faixa etária e vivem dias menos movimentados, revela um estudo publicado na Frontiers in Aging Neuroscience por pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. “Nós mostramos que as pessoas que relatam maiores níveis de ocupação diária tendem a ter melhor cognição, especialmente no que diz respeito à memória para obter informações aprendidas recentemente”, diz Sara Festini, principal autora do estudo.Normalmente, a vida agitada tem conotações negativas e está ligada ao estresse crônico, o que pode predispor, entre outras doenças, a transtornos mentais como ansiedade e distúrbios de humor. No entanto, um equilíbrio saudável entre descanso e ocupação pode justificar os resultados positivos detectados no estudo realizado com 330 pessoas com 50 a 89 anos. Elas foram questionadas sobre suas programações diárias e também participaram de uma longa série de testes neuropsicológicos.
Os autores constataram que, em qualquer idade da faixa etária estudada e independentemente do nível de instrução, um estilo de vida mais agitado está associado à maior velocidade de processamento cerebral, além de melhora na capacidade de memória de trabalho, de raciocínio e de vocabulário. A associação é especialmente forte com a memória episódica, que é a capacidade de recordar eventos passados. Segundo Festini, por enquanto, os dados são preliminares e não permitem conclusões diretas.
Ela especula, contudo, que pessoas com melhor cognição buscam estilos de vida mais agitados, e que ocupações e cognição se reforçam mutuamente, resultando em fortalecimento recíproco. Além disso, indivíduos ocupados são mais confrontados com situações em que têm a oportunidade de aprender algo novo, tarefa conhecida por estimular a cognição.
Por exemplo, um estudo recente do Centro de Longevidade Vital da Universidade do Texas descobriu que o esforço para aprender habilidades difíceis, como a fotografia digital, aumenta a memória episódica. “Ficamos surpresos com o pouco volume de pesquisas relacionadas à quantidade de ocupação, uma vez que ser muito ocupado parece ser um fato da vida moderna de muitos”, completa Denise Park, do Centro de Longevidade Vital.