Brasil tem primeiro teste rápido para detectar zika com resultado em 20 minutos

Tecnologia aprovada pela Anvisa foi lançada nesta terça-feira e exame pode ser comercializado em todo o país. Previsão inicial é de 500 mil testes por mês pelo SUS e o resultado sai em 20 minutos

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Redação - Saúde Plena Publicação:31/05/2016 14:08Atualização:31/05/2016 14:40
Resultado sai em 20 minutos e pode detectar o vírus em qualquer fase da doença (Bahiafarma / Divulgação)
Resultado sai em 20 minutos e pode detectar o vírus em qualquer fase da doença
A Bahia é o primeiro estado do Brasil a ter um teste rápido que detecta o zika vírus e já aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Produzido pela Fundação Bahiafarma, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde da Bahia (Sesab), a teconologia foi lançada nesta terça-feira (31/05) e pode ser produzida e comercializada em todo o país. A expectativa é por diagnósticos mais rápidos.

O exame permite detectar o vírus em qualquer fase da doença através do comportamento dos anticorpos do paciente. O resultado sai em 20 minutos. O teste rápido tem um custo 15 vezes menor que a técnica laboratorial conhecida como PCR, usada atualmente para identificar os casos da doença. A Bahiafarma está apta para atender à demanda do Ministério da Saúde, com previsão inicial de 500 mil testes por mês pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Em qualquer posto de saúde, seja nos lugares próximos ou nos mais longes, o paciente saberá, em minutos, a resposta [se tem ou não a doença]. Hoje temos várias pessoas com o sintoma, mas sem o diagnóstico definitivo. A informação é de grande valia para o cidadão. Principalmente para as mulheres com idade gestacional, saber se tem ou se já teve a infecção pelo Zika Vírus, vai ser importante para a decisão de iniciar ou não uma gestação”, afirmou o secretário.

O exame
O dispositivo tem duas fitas portáteis (cassetes), que usam uma pequena amostra de soro do paciente. Uma das fitas reage com o anticorpo IgM, identificando infecções de até duas semanas. Já o segundo cassete reage ao IgC e identifica se o paciente já teve a infecção há mais tempo. Isso permite que o teste rápido detecte os anticorpos contra o vírus da Zika, no organismo do paciente, em qualquer fase da doença.

Foram dez meses do desenvolvimento à aprovação da Anvisa. O teste foi produzido por meio de uma parceria entre o Governo da Bahia e a empresa sul-coreana Genbody Inc.m, que firmaram um acordo de transferência de tecnologia para a Bahiafarma.

“O registro da Anvisa traz uma inovação por permitir que a população tenha acesso a um produto que foi desenvolvido e testado no âmbito do nosso arcabouço regulatório, que é altamente exigente e considerado um dos melhores do mundo. Isso garante a segurança do cidadão na utilização do produto e a melhor condição de acesso”, explicou o diretor-presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias.

(Com informações da Secretaria de Comunicação Social do Governo do Estado da Bahia e da Agência Brasil)

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