Qual é sua idade ovariana?
Há diversos exames que estimam a "reserva" de fertilidade da mulher. Após os 35 anos, as chances de engravidar declinam rapidamente
Gláucia Chaves - Revista do CB
Publicação:02/06/2016 14:00
Frederico Corrêa explica que os ovários atingem o número máximo de folículos ovarianos que a mulher terá na vida muito precocemente: ainda na barriga da mãe! Essa quantidade se mantém estável ao longo da infância e vai diminuindo a cada menstruação. A partir das dosagens hormonais, o médico explica que os exames de sangue e a ultrassonografia mostram indiretamente como está a reserva de folículos nos ovários. “Dessa forma, após os 40 anos, as chances de gravidez se tornam bem menores em função da quantidade e da qualidade dos óvulos presentes nos folículos ovarianos”, detalha. “Habitualmente, há uma deficiência no número de folículos por volta dos 38 anos, mas, em algumas mulheres, isso pode ocorrer precocemente, aos 30 anos, por exemplo”, completa o médico. “Nesses casos, se a mulher não foi alertada sobre a perda precoce e adiar muito a gravidez, pode ser que ela não consiga mais engravidar com seus próprios óvulos.”
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A promoção no trabalho que ainda não saiu, as dívidas aumentando, a vontade de morar no exterior... As condições da vida moderna muitas vezes fazem com que o sonho de engravidar seja, cada vez mais, empurrado para frente. O corpo, contudo, não espera até que o “momento perfeito” apareça. Identificar a idade do ovário é essencial para descobrir se ainda é possível engravidar. Segundo Frederico Corrêa, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Lúcia e professor da Universidade de Brasília (UnB), há três importantes exames que ajudam a avaliar a “idade” do ovário: dosagem dos hormônios FSH (hormônio folículo-estimulante) e do estradiol no sangue, ultrassonografia transvaginal e dosagem do hormônio antimülleriano (AMH). “Na verdade, esses exames nos ajudam a observar como está a reserva ovariana, ou seja, a quantidade de óvulos nos ovários”, completa.Frederico Corrêa explica que os ovários atingem o número máximo de folículos ovarianos que a mulher terá na vida muito precocemente: ainda na barriga da mãe! Essa quantidade se mantém estável ao longo da infância e vai diminuindo a cada menstruação. A partir das dosagens hormonais, o médico explica que os exames de sangue e a ultrassonografia mostram indiretamente como está a reserva de folículos nos ovários. “Dessa forma, após os 40 anos, as chances de gravidez se tornam bem menores em função da quantidade e da qualidade dos óvulos presentes nos folículos ovarianos”, detalha. “Habitualmente, há uma deficiência no número de folículos por volta dos 38 anos, mas, em algumas mulheres, isso pode ocorrer precocemente, aos 30 anos, por exemplo”, completa o médico. “Nesses casos, se a mulher não foi alertada sobre a perda precoce e adiar muito a gravidez, pode ser que ela não consiga mais engravidar com seus próprios óvulos.”