Mamografia de contraste permite detecção precoce do câncer de mama

São estimados 57.960 serão tumores de mama no Brasil este ano

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Agência Estado Publicação:17/08/2016 18:00
A mamografia com contraste surge como uma grande aliada na luta contra o câncer de mama. O método, que permite que o tumor seja detectado ainda em estágio inicial, já faz parte do protocolo de exames de rotina realizado nos Estados Unidos e é realizado há cerca de cinco anos na Europa.

Na última semana, durante encontro promovido pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO na sigla em inglês) junto à Sociedade Radiológica da América do Norte, profissionais que atuam na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer discutiram os benefícios da mamografia com contraste. O desejo dos oncologistas é utilizar a tecnologia, que está cada vez mais avançada, para detectar tumores com menos de um centímetro antes que estes apresentem metástase.

De acordo com o médico radiologista Guilherme Rossi, da Nova Medicina Diagnóstica, a mamografia com contraste é revolucionária e rara na medicina. "É um exame muito preciso, que tem potencial de redução de custos, diminuindo o número de biopsias e exames desnecessários. Em comparação com a ressonância magnética, o procedimento é mais simples, rápido, acessível e confortável para a paciente", explica.

A técnica é semelhante à mamografia digital convencional associada ao contraste iodado. Em média, são necessários cinco minutos para obter as imagens na tela e é possível ter um laudo do exame em até dois minutos. Já a ressonância magnética demora entre 25 e 30 minutos para ser realizada, e de cinco a dez minutos para oferecer um diagnóstico do exame alterado. Rossi destaca que o risco de alguma paciente apresentar uma reação alérgica é muito pequeno, com proporção de reações alérgicas graves de apenas 0,04% (2,3 casos a cada um milhão de aplicações).

A pergunta dos especialistas para os próximos dois anos é: para qual grupo o exame deve ser indicado? Para Guilherme Rossi, hoje a nova tecnologia é utilizada em pacientes de alto risco, com mamas densas, que já tiveram câncer, com antecedentes familiares, mulheres claustrofóbicas ou que usem marca-passo e/ou aparelhos metálicos.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que haverá cerca de 596 mil novos casos de câncer em 2016. Deste número, 57.960 serão tumores de mama. Atualmente, a mamografia é o melhor exame para detectar o câncer de forma precoce e deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos de idade, mas possui algumas limitações. Por exemplo, quanto mais densa a mama for, menor a capacidade de detecção da doença

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