Estudo diz que vício em sexo pode não ser um distúrbio

Pesquisa ainda é preliminar, mas os dados apontam que parte dos viciados em sexo pode apenas ter a libido mais elevada

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AFP / Relaxnews Publicação:24/07/2013 12:51Atualização:24/07/2013 13:31
Cientistas analisaram o cérebro dos participantes e não encontraram a evidência de vício (Banco de Imagens / sxc.hu)
Cientistas analisaram o cérebro dos participantes e não encontraram a evidência de vício
Um novo estudo preliminar feito nos EUA aponta que parte das pessoas que pensam ser viciadas em sexo podem só ter a libido em nível mais alto. Os pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, sugerem que o vício em sexo pode não ser um distúrbio fisiológico, mas sim um desejo sexual em maior proporção.

Publicado no periódico Socioaffective Neuroscience & Psychology, o trabalho é ainda restrito: envolveu 39 homens e 13 mulheres que relataram ter problemas para controlar seu vício em pornografia. Primeiro, eles responderam a quatro questionários sobre vários temas, incluindo desejo, compulsões e os possíveis resultados cognitivos negativos do comportamento sexual.

Os participantes tiveram suas pontuações comparadas com indivíduos que procuram ajuda para distúrbio hipersexual. Enquanto as pessoas que participaram da pesquisa olhavam para imagens sexuais e não sexuais, os cientistas mediam as respostas neurais usando eletroencefalografia (EEG), uma técnica não-invasiva que mede as ondas cerebrais, ou seja, a atividade elétrica gerada pelos neurônios quando eles se comunicam uns com os outros.

Quando os cientistas analisaram os neurônios em ação nos cérebros, não encontraram a evidência de vício. Isso significa que eles não podiam monitorar atividade cerebral semelhante à encontrada em outros viciados, usando o método de EEG. As respostas dos cérebros dos pesquisados, no entanto, se correlacionaram com seus níveis de desejo sexual, mas não com a gravidade que eles atribuíam ao que costumavam ver de pornô.

"Potencialmente, esta é uma descoberta importante", disse a autora sênior da pesquisa, Nicole Prause. "É a primeira vez que os cientistas estudaram as respostas do cérebro especificamente de pessoas que se identificam como tendo distúrbio hipersexual."

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