Dúvidas com rótulos e tabelas de nutrientes? Entenda melhor o que dizem esses produtos
Para especialistas, a transparência de informações em produtos alimentares depende diretamente da exigência e consciência dos consumidores. Saiba mais sobre a importância de saber e ter o costume de ler tabelas de nutrientes
Gabriella Pacheco - Saúde Plena
Publicação:26/07/2013 08:50Atualização: 26/07/2013 09:40
Já se pegou em frente à prateleira do supermercado tentando entender se a quantidade de sódio ou gordura do produto dita na embalagem é demais ou não para você? E quando a sua dieta restringe a ingestão de glicose, já se viu perdido entre produtos que se dizem 'zero' mas não deixam claro se eles não têm açúcar ou se o 'zero' é referente à pouca gordura? Rótulos e quadros nutricionais podem complicar bastante a vida do consumidor e até prejudicar dietas se eles não forem lidos com atenção. Para entender melhor algumas dessas informações, o Saúde Plena conversou com a mestre em Nutrição pela UFMG e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas de Minas Gerais, Luiza Lima.
Também é fundamental ter em mente que os valores informados nesses quadros são referentes à certas quantidades do produto, e não ao pacote inteiro. Cada alimento ou bebida estipula uma porção determinada em gramas e, frequentemente, dá uma referência de quanto equivale isso. Se você for comer mais do que a porção indicada, calcule separadamente a quantidade de nutrientes que irá ingerir. “Caso o consumidor deseje saber mais sobre como utilizar a composição alimentar a seu favor, é de grande valia uma consulta ao seu nutricionista para que este faça um acompanhamento alimentar individualizado”, sugere.
Veja algumas dicas ao que se atentar nas tabelas nutricionais:
Gorduras: Alimentos com alto teor de gordura não são considerados saudáveis, por isso devemos ficar atentos em relação a quantidade total. Dietas ricas em gorduras estão associadas a várias doenças, como diversos tipos de cânceres e doenças cardíacas. Além disso, a gordura trans está associada ao aumento do colesterol 'ruim'.
Sódio: O valor máximo de referência para consumo por dia é de 2400 mg . “Se o alimento ingerido possui uma grande quantidade de sódio, significa também que este não é muito saudável, pois o alto consumo está diretamente associado à hipertensão e às suas diversas complicações”, afirma.
Carboidratos: O consumo diário gira em torno de 375 gramas, no entanto, a nutricionista lembra que cada pessoa tem uma necessidade individual. “Logo, uma consulta a um profissional nutricionista é o mais indicado para quem deseja acompanhar o consumo e o controle alimentar, uma vez que o que pode ser adequado para um, muitas vezes não é para outro”, comenta.
Açúcares: Se você tem uma dieta com restrição de açúcar, nem sempre a quantidade indicada aqui corresponde ao açúcar industrializado. Ele pode ser também presente em ingredientes naturais. Por isso, vale prestar atenção também à lista de ingredientes. A lógica serve também para quem tem algum tipo de alergia alimentar.
A informação sobre vitaminas e sais minerais não é obrigatória. “Mas, quando presentes, essas informações servem como um parâmetro para estimarmos o consumo diário e um possível benefício do consumo daquele produto em especial”, diz Luiza.
Zero, diet ou light?
Restrição alimentar é um assunto sério e quem tem que conviver com esse problema sabe bem do tamanho da dificuldade que é desvendar rótulos. O dever dos fabricantes, estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é sempre que adotar as expressões “zero”, “livre” e “isento de” não conter parte alguma do nutriente específico. Já termos como “baixo teor” e “pobre” literalmente representam quantidade inferior.
Apesar de comumente difundidos, a nutricionista comenta que os termos diet e light são geralmente confundidos pelos consumidores. “Os produtos diet possuem uma restrição absoluta de determinado nutriente, como o açúcar por exemplo. Já os produtos light são aqueles que possuem uma redução de pelo menos 25% de determinado nutriente especificado em sua composição”, explica. Ou seja, se você for comprar algum produto para um diabético, exceto quando a embalagem deixa claro “sem adição de açúcares”, light nunca pode ser uma opção válida.
Luiza Lima, conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas de Minas Gerais
“É importante que os consumidores sejam cada vez mais exigentes com os produtos que consomem, escolhendo sempre aqueles com rótulos mais claros e completos, pois assim seletivamente, todas as empresas passaram a ser mais transparentes com seus produtos que colocam no mercado. E além do mais, quando falamos de alimento falamos em saúde, pois um está completamente ligado a outro. Caso o consumidor desejar saber mais como utilizar a composição alimentar a seu favor, é de grande valia uma consulta ao seu nutricionista para que este faça um acompanhamento alimentar individualizado”.
A rotulagem serve como um guia e é importante que o consumidor a utilize com frequência se quiser evitar erros na alimentação
Saiba mais...
Segundo ela, a rotulagem serve como um guia e é importante que o consumidor a utilize com frequência se quiser evitar erros na alimentação. Os valores mostrados nas tabelas se referem à quantidade (em gramas) de nutrientes presente em determinada porção do produto e à percentagem que aquela porção ocupa dentro do que deve ser consumido diariamente daquele nutriente. “Em calorias, baseia-se em uma dieta de 2000 kcal por dia. Isto serve apenas como um parâmetro para o consumidor conseguir enxergar o que aquele produto representa e é comparado em percentagem”, explica.- Conheça 15 maneiras de queimar 300 calorias
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Também é fundamental ter em mente que os valores informados nesses quadros são referentes à certas quantidades do produto, e não ao pacote inteiro. Cada alimento ou bebida estipula uma porção determinada em gramas e, frequentemente, dá uma referência de quanto equivale isso. Se você for comer mais do que a porção indicada, calcule separadamente a quantidade de nutrientes que irá ingerir. “Caso o consumidor deseje saber mais sobre como utilizar a composição alimentar a seu favor, é de grande valia uma consulta ao seu nutricionista para que este faça um acompanhamento alimentar individualizado”, sugere.
A informação de sais minerais e vitaminas não é obrigatória, mas ajuda os consumidores a saberem dos benefícios que o produto traz
Gorduras: Alimentos com alto teor de gordura não são considerados saudáveis, por isso devemos ficar atentos em relação a quantidade total. Dietas ricas em gorduras estão associadas a várias doenças, como diversos tipos de cânceres e doenças cardíacas. Além disso, a gordura trans está associada ao aumento do colesterol 'ruim'.
Sódio: O valor máximo de referência para consumo por dia é de 2400 mg . “Se o alimento ingerido possui uma grande quantidade de sódio, significa também que este não é muito saudável, pois o alto consumo está diretamente associado à hipertensão e às suas diversas complicações”, afirma.
Carboidratos: O consumo diário gira em torno de 375 gramas, no entanto, a nutricionista lembra que cada pessoa tem uma necessidade individual. “Logo, uma consulta a um profissional nutricionista é o mais indicado para quem deseja acompanhar o consumo e o controle alimentar, uma vez que o que pode ser adequado para um, muitas vezes não é para outro”, comenta.
Açúcares: Se você tem uma dieta com restrição de açúcar, nem sempre a quantidade indicada aqui corresponde ao açúcar industrializado. Ele pode ser também presente em ingredientes naturais. Por isso, vale prestar atenção também à lista de ingredientes. A lógica serve também para quem tem algum tipo de alergia alimentar.
A informação sobre vitaminas e sais minerais não é obrigatória. “Mas, quando presentes, essas informações servem como um parâmetro para estimarmos o consumo diário e um possível benefício do consumo daquele produto em especial”, diz Luiza.
Diet, light ou zero - entenda o que é mais indicado para o seu caso
Restrição alimentar é um assunto sério e quem tem que conviver com esse problema sabe bem do tamanho da dificuldade que é desvendar rótulos. O dever dos fabricantes, estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é sempre que adotar as expressões “zero”, “livre” e “isento de” não conter parte alguma do nutriente específico. Já termos como “baixo teor” e “pobre” literalmente representam quantidade inferior.
Apesar de comumente difundidos, a nutricionista comenta que os termos diet e light são geralmente confundidos pelos consumidores. “Os produtos diet possuem uma restrição absoluta de determinado nutriente, como o açúcar por exemplo. Já os produtos light são aqueles que possuem uma redução de pelo menos 25% de determinado nutriente especificado em sua composição”, explica. Ou seja, se você for comprar algum produto para um diabético, exceto quando a embalagem deixa claro “sem adição de açúcares”, light nunca pode ser uma opção válida.
Luiza Lima, conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas de Minas Gerais
“É importante que os consumidores sejam cada vez mais exigentes com os produtos que consomem, escolhendo sempre aqueles com rótulos mais claros e completos, pois assim seletivamente, todas as empresas passaram a ser mais transparentes com seus produtos que colocam no mercado. E além do mais, quando falamos de alimento falamos em saúde, pois um está completamente ligado a outro. Caso o consumidor desejar saber mais como utilizar a composição alimentar a seu favor, é de grande valia uma consulta ao seu nutricionista para que este faça um acompanhamento alimentar individualizado”.