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Amar é amamentar: pediatra esclarece as principais dúvidas das mulheres

Semana Mundial de Aleitamento Materno começa nesta quinta

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Estado de Minas Publicação:31/07/2013 14:30Atualização:31/07/2013 14:58
Moises Chencinski defende a prática do aleitamento materno exclusivo da primeira hora até o sexto mês de vida da criança, podendo ser estendido por mais dois anos (Arte: EM/D.A Press)
Moises Chencinski defende a prática do aleitamento materno exclusivo da primeira hora até o sexto mês de vida da criança, podendo ser estendido por mais dois anos
“Apoio às mães que amamentam: próximo, contínuo e oportuno!” Esse é o tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que começa na quinta-feira. Este ano, a proposta é reforçar a importância de dar suporte às mulheres que se entregam a esse ato de amor. Autor do blog Mama que te faz bem, o pediatra Moises Chencinski defende a prática do aleitamento materno exclusivo da primeira hora até o sexto mês de vida da criança, podendo ser estendido por mais dois anos. A seguir, ele fala sobre as principais dúvidas que surgiram ao longo de mais de três décadas em seu consultório.

A satisfação de amamentar o primeiro bebê pode incentivar as mulheres a fazer o mesmo com os filhos que se seguem?
Sem dúvida, uma experiência bem-sucedida gera um hábito favorável no caminho do aleitamento materno. Por isso, acredito ser importante transmitir as experiências a outras mães que ainda estão em dúvida ou com dificuldades de amamentar. É muito mais comum ouvirmos falar dos problemas e pouco se comenta a respeito dos sentimentos de amor e doação envolvidos.

As mães que recebem anestesia e medicamentos contra dor podem amamentar logo depois do parto?
Qualquer mãe que não tenha tido problemas no parto pode e deve oferecer os seios para seus bebês recém-nascidos desde a primeira hora de vida. Para isso, é importante contar com o apoio do pai, desde a sala de parto, para que ele possa criar um vínculo que será muito favorável ao aleitamento. Há estudos que comprovam a influência do suporte paterno no aumento da duração do aleitamento materno.

É verdade que a amamentação diminui o desejo sexual das mães e seus parceiros?
Não há uma regra para esse tipo de situação, mas, se o pai acompanhar o desenvolvimento do bebê, a fase poderá ser ultrapassada sem riscos ao relacionamento do casal. Quando ambos estiverem preparados, a volta à atividade sexual será um passo natural.

A mãe que opta pela amamentação sob livre demanda precisa estar 24 horas por dia à disposição do bebê?
A livre demanda caracteriza-se por oferecer os seis quando o bebê ou a mãe quiserem. É importante que a mulher tenha apoio nos afazeres domésticos para que possa se dedicar com mais empenho ao aleitamento materno. Aos poucos, o bebê vai regular suas necessidades e as mamadas se tornarão mais organizadas do ponto de vista do “relógio dos adultos”.

A mãe pode continuar amamentando se sentir os seios doloridos ou notar um pequeno nódulo, o que caracteriza entupimento do duto de leite?

Não só pode como deve, porque amamentar é parte do tratamento da obstrução. Mesmo assim, é importante que ela tenha a supervisão de seu médico para que possa agir precocemente no sentido de evitar infecções (mastite, por exemplo) e de proteger o aleitamento.

Qual é o verdadeiro papel do leite materno depois que a criança completa um ano?

O leite materno é adequado em qualquer faixa etária. Nos últimos 100 anos, a recomendação de amamentação passou dos seis meses para dois anos ou mais. Hoje, inclusive, defende-se a ideia de desmame natural, ou seja, sem especificar uma idade mínima ou máxima.

Existe algo que pode ser feito para reverter o desinteresse da criança pelo leite materno, que geralmente coincide com a volta da mãe ao trabalho?
Costumamos orientar a mãe a buscar um banco de leite. Outra alternativa é retirar o leite e armazená-lo congelado para que possa ser oferecido ao bebê no horário do expediente.

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