Pesquisa: 25% dos homens da região Ásia-Pacífico reconhecem ter cometido estupro
A pergunta feita a homens entre 18 e 49 anos era se alguma vez haviam 'forçado uma mulher que não era sua esposa ou companheira a ter relações sexuais' ou se haviam tido relações com mulheres bêbadas ou drogadas que não tinham capacidade de se opor
AFP - Agence France-Presse
Publicação:10/09/2013 10:06Atualização: 10/09/2013 10:18
Os pesquisadores interrogaram mais de 10.000 homens de 18 a 49 anos, que responderam às perguntas de forma anônima. Os interrogados não foram perguntados diretamente se haviam cometido um estupro. A pergunta que lhes foi feita era se alguma vez haviam "forçado uma mulher que não era sua esposa ou companheira a ter relações sexuais" ou se haviam tido relações com mulheres bêbadas ou drogadas que não tinham capacidade de se opor.
"Devemos mudar a cultura que permite aos homens decretar que dispõem de poder sobre as mulheres e controle", acrescentou Roberta Clarke, responsável pela questão das mulheres na região. A divulgação do estudo, realizado em Bangladesh, Camboja, China, Indonésia, Papua Nova Guiné e Sri Lanka, coincide com o julgamento de quatro estupradores de uma estudante em dezembro passado em Nova Délhi.
No estudo, 11% dos interrogados admitem ter cometido ao menos um estupro e a proporção sobe a 24% quando a relação forçada inclui esposas ou companheiras.
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Quase 25% dos homens da região Ásia-Pacífico reconhecem ter cometido um estupro, segundo uma grande pesquisa da ONU apresentada nesta terça-feira em Bangcoc. "A violência contra as mulheres é uma dura realidade", declarou Roberta Clarke, representante da ONU, ao apresentar a pesquisa de uma amplitude inédita.Os pesquisadores interrogaram mais de 10.000 homens de 18 a 49 anos, que responderam às perguntas de forma anônima. Os interrogados não foram perguntados diretamente se haviam cometido um estupro. A pergunta que lhes foi feita era se alguma vez haviam "forçado uma mulher que não era sua esposa ou companheira a ter relações sexuais" ou se haviam tido relações com mulheres bêbadas ou drogadas que não tinham capacidade de se opor.
"Devemos mudar a cultura que permite aos homens decretar que dispõem de poder sobre as mulheres e controle", acrescentou Roberta Clarke, responsável pela questão das mulheres na região. A divulgação do estudo, realizado em Bangladesh, Camboja, China, Indonésia, Papua Nova Guiné e Sri Lanka, coincide com o julgamento de quatro estupradores de uma estudante em dezembro passado em Nova Délhi.
No estudo, 11% dos interrogados admitem ter cometido ao menos um estupro e a proporção sobe a 24% quando a relação forçada inclui esposas ou companheiras.