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É possível ser solidário pela internet e ajudar mesmo sem estar presente fisicamente

Há uma série de ações e projetos de voluntariado possíveis de serem executados pela internet

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Maria Júlia Lledó - Revista CB Publicação:19/09/2013 15:00Atualização:19/09/2013 15:31
O deficiente visual Aurélio Araponga voltou a ler graças aos audiolivros. Na foto, com Luiz Mourão
 (Janine Moraes/CB/D.A Press)
O deficiente visual Aurélio Araponga voltou a ler graças aos audiolivros. Na foto, com Luiz Mourão
Durante a primeira década deste século, as redes sociais tornaram-se ferramentas de grande potencial de comunicação. No entanto, neste ano, sobretudo, o Brasil viu que essa plataforma não estava destinada tão somente à divulgação de imagens, de vídeos, de eventos ou de informações de cunho pessoal. Muito mais que isso. E uma prova desse potencial foi o levante de mobilizações sociais que pipocaram, principalmente, desde junho. As mesmas redes mostraram a força e a ação de um “curtir” ou “compartilhar” e um novo perfil de internauta: jovens mais ativos e participativos em causas sociais.


O que é ser voluntário?
Daniel Sarkis, voluntário, e o deficiente visual Aurélio Araponga (Janine Moraes/CB/D.A Press)
Daniel Sarkis, voluntário, e o deficiente visual Aurélio Araponga
Ser voluntário é doar o tempo para causas de interesses sociais. A ação voluntária requer preparação e responsabilidades. O voluntariado é uma forma de participação cidadã, da qual todos os indivíduos, sem restrição física, social, de escolaridade ou financeira, podem participar. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o voluntário é o jovem ou adulto que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte de seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social ou outros campos. [Fonte: Instituto Voluntários em Ação]

“Os brasileiros são muito entusiastas da rede social, por isso aumentou muito nosso número de membros e, logo, o volume de e-mails. Não dá para subestimar as mídias sociais”, pontua Caroline d’Essen, de 32 anos, coordenadora de campanhas da Avaaz, referindo-se aos 5 milhões de brasileiros que formam essa comunidade no país. Envolvida em causas sociais, políticas, ambientais, entre outras, a Avaaz aposta nessa nova geração. Não só por assinarem e divulgarem petições que promoveram, por exemplo, a votação pelo fim do voto secreto no Congresso, mas também por se engajarem como voluntários. Desta vez, pela internet.

Pioneiro no país, o portal Voluntários Online foi criado pelo Instituto Voluntários em Ação (IVA) em 2008. Devido a uma maior dificuldade de mobilidade nos centros urbanos e a imersão cada vez maior de jovens na internet, mais homens e mulheres optaram por ajudar instituições e causas sociais sem precisar saírem de casa. “Nessa leva, o perfil dos voluntários se modificou. Se antes eram apenas pessoas mais velhas, em fase de aposentadoria ou donas de casa, de repente, por meio do portal, atraímos um público jovem e muito escolarizado. Foi uma reviravolta grande no voluntariado”, destaca Ana Maria Warken do Vale Pereira, diretora do IVA. São estudantes ou graduados em direito, economia, desenho industrial, entre outros cursos, que passaram a compartilhar o conhecimento em suas áreas com uma das 700 ONGs de todo o país cadastradas no portal. Seja na elaboração de projetos, na revisão de textos ou na criação de sites, o voluntariado on-line amplia o leque de ações positivas e forma novos agentes de mudança na era digital.

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