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Cientistas americanos renovam esperanças no tratamento contra a calvície

Pesquisadores da Universidade de Columbia descobriram que é possível fazer o cabelo voltar a crescer. Até agora, os procedimentos possibilitavam retardar a perda dos fios, mas não conseguiam estimular o crescimento.

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AFP - Agência de Notícias Publicação:21/10/2013 17:51Atualização:22/10/2013 09:50
A técnica poderia tornar o implante capilar acessível a homens e mulheres com pequeno número de folículos, e também a indivíduos que sofreram queimaduras. (SXC.hu/Banco de Imagens)
A técnica poderia tornar o implante capilar acessível a homens e mulheres com pequeno número de folículos, e também a indivíduos que sofreram queimaduras.

Após anos de insucessos, cientistas conseguiram fazer o cabelo voltar a crescer cultivando em laboratório células humanas da derme papilar, trazendo novas esperanças para o tratamento da calvície, segundo um estudo publicado esta segunda-feira.

Durante cerca de quarenta anos, os cientistas tentaram sem sucesso clonar folículos pilosos, a fábrica dos cabelos, utilizando células da derme papilar. Até o presente, os tratamentos só conseguiam retardar a perda de cabelos, mas não estimulavam o crescimento de novos fios.

Nesta nova pesquisa, as células humanas, depois de cultivadas, foram reimplantadas na pele de camundongos, permitindo a produção de folículos pilosos.

"Este método permite desenvolver um grande número de folículos ou regenerar os folículos existentes, utilizando as células da derme papilar provenientes de uma centena de doadores de cabelos", explicou a doutora Angela Christianio, professora de dermatologia da Universidade de Columbia, em Nova York, principal co-autora desta pesquisa, publicada nas Atas da Academia Americana de Ciências (PNAS).

"Esta técnica poderia tornar o implante capilar acessível às pessoas com um pequeno número de folículos, tanto homens quanto mulheres, ou em indivíduos que sofreram queimaduras", acrescentou.

Nas cobaias, as células puderam ser facilmente recuperadas e reimplantadas na pele de outro animal.

Isto se explica sobretudo pelo fato de que, ao contrário dos humanos, as células papilares destes roedores se aglutinam espontaneamente nas culturas de laboratório. Isto lhes permite interagir e reprogramar a pele onde são implantados para produzir novos folículos, deduziram os pesquisadores.

Para esta pesquisa, as células papilares provenientes de sete pessoas foram cultivadas em laboratório, onde tiveram sua agregação induzida de forma a criar as condições necessárias para o crescimento dos cabelos, explicou a doutora Claire Higgins, da Universidade de Columbia, outra autora do trabalho.

Depois de alguns dias, as células papilares inseridas entre a derme e a epiderme de um fragmento de pele humana foram inseridas nas costas dos camundongos.

Em cinco dos sete testes, o enxerto produziu cabelos novos durante pelo menos seis semanas.

Um exame de DNA mostrou que os novos folículos pilosos eram humanos e geneticamente similares aos dos doadores das células papilares.

Segundo os autores do estudo, no entanto, é necessário fazer mais trabalhos antes que esta técnica possa ser testada em humanos.

Os cientistas ainda precisam determinar as origens das propriedades intrínsecas dos novos cabelos, como cor, ângulo de crescimento, localização na cabeça e textura.

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