Cabelos esverdeados no verão: entenda o que acontece e aprenda a se prevenir
Fórmula de tratamento da água de piscina altera tonalidade dos cabelos loiros e brancos; Sol provoca consequências que vão do ressecamento e quebra dos fios à queda de cabelo e até câncer
Valéria Mendes - Saúde Plena
Publicação:14/02/2014 08:34Atualização: 14/02/2014 08:37
A notícia boa – e um tanto óbvia - é que os fios pretos não sofrem qualquer impacto. “A melanina impede essa reação”, explica o especialista. Outro ponto positivo – e talvez não tão evidente – é que cabelos muito acostumados a luzes sofrem um impacto menor. Agora, se a mulher e o homem são naturalmente loiros ou tem cabelos brancos, só prevenindo. Mas como? Rubem Miranda explica: “ao sair da piscina é importante, na sequência, lavar os cabelos em água corrente e abundante e usar um shampoo antirresíduo”. Segundo ele, o modelo de toca usado em aula de natação é um inibidor de depósito de cobre nos fios e o filtro solar capilar um importante aliado na proteção como um todo.
No caso de crianças, o desafio é um pouco maior, já que normalmente a garotada passa horas na piscina sem sair sequer para matar a fome. E como o tempo que se passa dentro d´água aumenta as chances do esverdeamento, a solução é esperar (ou não) o cabelo crescer e cortar. Para os adultos, outra alternativa seria pintar, mas como sol também é inimigo da saúde capilar, a opção pode danificar ainda mais os fios.
Para aqueles que já leram ou ouviram falar nas milagrosas receitas de suco de tomate, suco de limão e até suco de aspirina para ajudar a tirar a cor verde da cabeça, esqueça. “É mito”, afirma o dermatologista. Uma atitude simples e que pode ajudar na prevenção do depósito de cobre é molhar as madeixas antes de mergulhar. Desde que, ao sair, o cabelo seja lavado. Rubem reforça, de novo, que se a pessoa passar muito tempo imersa na piscina essa estratégia não tem validade.
Preto, loiro ou ruivo, sol é inimigo dos cabelos
A exposição dos cabelos ao sol – e a regra vale para todos os tipos e cores – pode ter consequências mais sérias. Além de ficar mais opaco e quebradiço, o excesso pode provocar queda de cabelo e até câncer de pele. Nesses casos, a solução já é conhecida: proteção. Além do filtro solar capilar, Rubem Miranda recomenda o uso de chapéu ou boné com tecido que já tem proteção (para quem ainda não conhece, é como aquelas roupas usadas por surfistas).
Mulheres que gostam de cabelo liso devem saber que o calor da escova ou chapinha podem intensificar ainda mais os efeitos da exposição prolongada ao sol e a falta de brilho e a aparência quebradiça podem ficar mais evidentes. Uma dica em situação de longos dias à beira-mar, por exemplo, é banho de creme duas vezes por semana. No retorno, uma hidratação mais profunda pode ser necessária.
“O cabelo é composto por várias escamas que se intercomunicam como uma ponte. A cutícula é a parte externa desse pelo e é responsável pelo brilho. O sol quebra essas pontes que fazem a ligação entre as escamas. Com isso, pode tanto quebrar como induzir a queda do fio”, detalha o dermatologista.
Nesse contexto, o couro cabeludo também merece atenção. “O sol incidindo direto no couro cabeludo predispõe a formação de radicais livres que provocam o envelhecimento do folículo piloso, induzindo à queda”, explica Rubem Miranda. Por isso, o uso do chapéu fica ainda mais importante.
O especialista alerta que pessoas com cabelos finos ou ralos e que se expõe ao sol sem os cuidados necessários têm chances maiores de ter câncer no couro cabeludo.
Saiba mais...
Não é lenda, nem frescura, muito menos um problema exclusivamente feminino. Tons esverdeados nos cabelos aparecem com maior frequência no verão. Se em alguns casos falta informação, em outros, cuidados básicos poderiam evitar a mudança de cor nos fios. A combinação férias e calor é um convite irresistível a um mergulho. Com a falta de mar em Minas - e mesmo apesar das inúmeras cachoeiras que ajudam a compor a imagem do estado para fora de suas cercanias -, a piscina é a opção mais acessível para refrescar o corpo. E é ela a grande vilã dos cabelos loiros e brancos. O dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Rubem Mateus Miranda explica que a fórmula usada no tratamento daquela água azul e convidativa contém cobre e é a deposição do metal nos fios o responsável pelo tom verde nas cabeças de alguns banhistas. “Quanto mais cloro, mais cobre. Quando mais tempo dentro da piscina, maior a chance de acontecer a mudança de cor”, afirma o médico. E uma vez consolidada, só cortando. “Não há nada a fazer”, reforça.- Nova droga trata câncer sem queda de cabelo
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Após sair da piscina é importante lavar os cabelos com água corrente e abundante e usar shampoo antirresíduos
No caso de crianças, o desafio é um pouco maior, já que normalmente a garotada passa horas na piscina sem sair sequer para matar a fome. E como o tempo que se passa dentro d´água aumenta as chances do esverdeamento, a solução é esperar (ou não) o cabelo crescer e cortar. Para os adultos, outra alternativa seria pintar, mas como sol também é inimigo da saúde capilar, a opção pode danificar ainda mais os fios.
Imagine se o Antonio Fagundes não cuidasse dos cabelos... A imagem foi alterada para exemplificar a atuação do cobre nos fios brancos
Preto, loiro ou ruivo, sol é inimigo dos cabelos
A exposição dos cabelos ao sol – e a regra vale para todos os tipos e cores – pode ter consequências mais sérias. Além de ficar mais opaco e quebradiço, o excesso pode provocar queda de cabelo e até câncer de pele. Nesses casos, a solução já é conhecida: proteção. Além do filtro solar capilar, Rubem Miranda recomenda o uso de chapéu ou boné com tecido que já tem proteção (para quem ainda não conhece, é como aquelas roupas usadas por surfistas).
Mulheres que gostam de cabelo liso devem saber que o calor da escova ou chapinha podem intensificar ainda mais os efeitos da exposição prolongada ao sol e a falta de brilho e a aparência quebradiça podem ficar mais evidentes. Uma dica em situação de longos dias à beira-mar, por exemplo, é banho de creme duas vezes por semana. No retorno, uma hidratação mais profunda pode ser necessária.
“O cabelo é composto por várias escamas que se intercomunicam como uma ponte. A cutícula é a parte externa desse pelo e é responsável pelo brilho. O sol quebra essas pontes que fazem a ligação entre as escamas. Com isso, pode tanto quebrar como induzir a queda do fio”, detalha o dermatologista.
Nesse contexto, o couro cabeludo também merece atenção. “O sol incidindo direto no couro cabeludo predispõe a formação de radicais livres que provocam o envelhecimento do folículo piloso, induzindo à queda”, explica Rubem Miranda. Por isso, o uso do chapéu fica ainda mais importante.
O especialista alerta que pessoas com cabelos finos ou ralos e que se expõe ao sol sem os cuidados necessários têm chances maiores de ter câncer no couro cabeludo.