Cansada de alisar o cabelo e quer o retorno dos fios naturais? Conheça os tratamentos possíveis
Trinta e seis por cento dos brasileiros têm desde grandes cachos a cabelos crespos e 58% dos entrevistados na pesquisa realizada pela Pantene Institute e Head&Shoulders, independentemente do tipo de fio, já alisaram os cabelos
Revista do CB - Correio Braziliense
Publicação:19/10/2013 15:00Atualização: 05/06/2014 10:46
O dermatologista e coordenador do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Francisco Le Vonti, explica que é possível os fios voltarem a cachear, mas pode levar um tempo e não ficar exatamente como era antes. “Dependendo da sensibilidade individual, associado ao excesso de tratamentos, podem ocorrer algumas alterações definitivas.”
A cabeleireira Adriana Ribeiro, especialista em cabelos cacheados e crespos, é taxativa: “Não tem muito o que fazer além de cortar”. E explica as melhores técnicas: “É possível fazer um big chop, quando cortamos toda a parte alisada de uma vez, ou ir aparando aos poucos e ir tratando as pontas”. Adriana, porém, costuma incentivar as clientes a cortar tudo de uma vez. A característica principal do big chop é que o tratamento começa com os fios bem curtos.
Foi assim com Dayse Roseane Ramos. Ela passou um tempo usando o cabelo preso ou com tranças. Em maio, fez o grande corte. “Desde os 12 anos, eu alisava. Achava que seria mais fácil de tratar”, conta a enfermeira, hoje com 27 anos. “Mas achei que estava na hora de ser eu mesma. Aceitar meu cabelo.” Atualmente, Dayse mantém os fios bem curtos e acha que valeu a pena. “A melhor parte dessa experiência é que minha autoestima está muito melhor. Recebo muito mais elogios do que quando tinha os cabelos alisados.”
Já a professora Letícia Rodrigues optou pelo outro processo. Por nove anos, ela foi adepta dos alisamentos. “Sempre tive o cabelo muito volumoso e não sabia como lidar com ele. Comecei fazendo escova com o secador da minha mãe aos 12 anos. Quando tinha 14, começou aquela febre da progressiva e decidi fazer.” No fim de 2011, Letícia resolveu parar de alisar. “A transição foi longa. Eu cortava aos pouquinhos e ia tratando o que restava, fazia escova para não ficar com aquele jeito estranho de cabelo liso nas pontas e enrolado no resto.” A chapinha pode alterar o cabelo. “Se realizados com muita frequência, os tratamentos podem, a médio e longo prazos, trazer alterações definitivas nos fios, pois é possível que haja um dano irreversível na haste”, explica Francisco Le Vonti.
É preciso também saber cuidar dos fios. “O ideal é usar xampus e produtos específicos para o tipo de cabelo, evitar agressões que possam provocar dano à haste (sejam elas químicas, físicas ou térmicas) e fazer cortes regulares, buscando eliminar mais rapidamente os fios que estão alterados, preservando os naturais”, indica Le Vonti.
De cabeça feita
Saiba mais...
Boa parte da população brasileira tem cabelos cacheados e já fez algum tipo de alisamento em certo momento da vida. É o que diz uma pesquisa realizada no fim do ano passado pela Pantene Institute e Head&Shoulders: 36% dos brasileiros têm desde grandes cachos a cabelos crespos e 58% dos entrevistados, independentemente do tipo de fio, já alisaram os cabelos. Se você faz parte desses dois grupos, mas quer voltar aos fios naturais, a melhor solução é cortar as madeixas.- Você sabia que escovas de cabelo podem transmitir doenças?
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O dermatologista e coordenador do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Francisco Le Vonti, explica que é possível os fios voltarem a cachear, mas pode levar um tempo e não ficar exatamente como era antes. “Dependendo da sensibilidade individual, associado ao excesso de tratamentos, podem ocorrer algumas alterações definitivas.”
Letícia Rodrigues com a cabeleireira Adriana Ribeiro: uma longa transição até voltar a ter os fios cacheados
Foi assim com Dayse Roseane Ramos. Ela passou um tempo usando o cabelo preso ou com tranças. Em maio, fez o grande corte. “Desde os 12 anos, eu alisava. Achava que seria mais fácil de tratar”, conta a enfermeira, hoje com 27 anos. “Mas achei que estava na hora de ser eu mesma. Aceitar meu cabelo.” Atualmente, Dayse mantém os fios bem curtos e acha que valeu a pena. “A melhor parte dessa experiência é que minha autoestima está muito melhor. Recebo muito mais elogios do que quando tinha os cabelos alisados.”
Já a professora Letícia Rodrigues optou pelo outro processo. Por nove anos, ela foi adepta dos alisamentos. “Sempre tive o cabelo muito volumoso e não sabia como lidar com ele. Comecei fazendo escova com o secador da minha mãe aos 12 anos. Quando tinha 14, começou aquela febre da progressiva e decidi fazer.” No fim de 2011, Letícia resolveu parar de alisar. “A transição foi longa. Eu cortava aos pouquinhos e ia tratando o que restava, fazia escova para não ficar com aquele jeito estranho de cabelo liso nas pontas e enrolado no resto.” A chapinha pode alterar o cabelo. “Se realizados com muita frequência, os tratamentos podem, a médio e longo prazos, trazer alterações definitivas nos fios, pois é possível que haja um dano irreversível na haste”, explica Francisco Le Vonti.
Dayse Ramos decidiu radicalizar e tirar todo o alisamento de uma só vez: melhora da autoestima
De cabeça feita
- Big chop — O corte de toda a parte alisada de uma vez. Algumas mulheres, mesmo não sendo necessário, preferem passar máquina.
- Difusor — Peça acoplada ao secador com o formato que ajuda a secar o cabelo cacheado enquanto o define.
- Day after — Referência ao dia posterior ao de lavagem e hidratação, quando pode ser visto o resultado. É possível arrumar os fios sem precisar lavar novamente.
- Fitagem — Modo de arrumar o cabelo com os dedos, enrolando pequenas mechas para definir os cachos.
- Plopping — Usa-se uma toalha ou algum tecido de algodão para secar e arrumar os cabelos.
- Transição — O processo no qual o cabelo passa a crescer sem química, enquanto ainda tem as pontas alisadas. Com isso, a raiz fica naturalmente cacheada.