Hidroterapia é ideal em tempos de inverno
Temperatura da piscina deve variar entre 32 e 33 graus centígrados
Celina Aquino
Publicação:13/05/2014 15:30Atualização: 13/05/2014 15:05
O frio costuma deixar o corpo preguiçoso e sem pique para a atividade física. E se for para fazer os exercícios em uma piscina com água quente? Modalidade de fisioterapia aquática, a hidroterapia é indicada para promover relaxamento muscular, alívio das dores, além de ganho de força e flexibilidade. O tratamento associado a doenças ligadas a ossos, articulações e ligamentos também pode ser aproveitado para trabalhar o condicionamento físico, prevenir lesões e até emagrecer.
Para que a hidroterapia dê resultado, a temperatura da água da piscina deve oscilar entre 32 e 33 graus centígrados. Segundo o fisioterapeuta Rogério Celso Ferreira, da Fisior Hidroterapia, em Belo Horizonte, um dos efeitos do calor é o relaxamento. “A dor causa contração muscular, pois, inconscientemente, o organismo tenta impedir o movimento, e a região fica toda rígida. Na água fria, a tendência é contrair ainda mais”, explica. A água quente também age diretamente na nutrição da musculatura, à medida que provoca a vasodilatação na superfície do corpo e facilita a chegada do sangue aos músculos. Assim, melhora o alongamento, permitindo a execução de movimentos impossíveis fora da água.
Outra vantagem da hidroterapia é oferecer um resultado mais rápido. Geralmente, os pacientes percebem a melhora logo nas primeiras sessões. “Existe um ciclo vicioso de dor, diminuição do movimento, fraqueza muscular e mais dor. Quando quebramos o ciclo, temos um resultado mais rápido”, diz Ana Paula. A dor desaparece na piscina justamente porque a água tira o peso da articulação acometida, e o paciente volta a fazer o movimento. O profissional, então, pode trabalhar o reforço muscular, o que protege a articulação e reduz a dor. A fisioterapeuta alerta que o tratamento não cura a doença, mas melhora os sintomas e devolve a capacidade funcional e a qualidade de vida do paciente.
DESGASTE
O médico sentenciou: seria preciso colocar prótese no joelho, devido ao desgaste da cartilagem. A psicóloga Alicia Francisca dos Santos, de 59 anos, porém, recusou-se a fazer a cirurgia e descobriu na hidroterapia o melhor remédio para artrite e artrose. Com o tratamento na água, as dores estão sumindo, a postura e o equilíbrio melhoraram, a disposição voltou. Ela também emagreceu três quilos. “Agora vejo o quanto de tempo que perdi. Se tivesse começado antes, poderia ter ganhado mais anos de vida, diminuído a quantidade de analgésicos e anti-inflamatórios e aumentado a qualidade de vida.”
A hidroterapia não está ligada apenas a tratamento de doenças. A técnica pode, por exemplo, ajudar esportistas a melhorar o condicionamento. É possível trabalhar grupos musculares que não costumam ser exigidos fora da piscina, associando movimentos de braço e tronco aos de perna. Além disso, a resistência da água é uma ferramenta para aumentar o gasto calórico. “Você tem o benefício do exercício físico, mas não sofre com o fator que poderia atrapalhar: a dor por causa do impacto. Na piscina, você pode correr sem pisar no solo, então não prejudica a articulação e consegue prevenir lesões.”
Os exercícios na piscina de hidroterapia ainda podem combater o estresse. “A água aquecida remete ao ambiente uterino. Inconscientemente, o paciente se sente protegido e acolhido com o toque da água quente em todas as partes do corpo”, comenta Rogério. O fisioterapeuta observa que os alunos vão para casa mais relaxados, conseguem dormir melhor e se sentem mais dispostos para o dia a dia.
INDICAÇÕES DA HIDROTERAPIA
» Dores em geral
» Problemas reumatológicos (artrite, artrose, fibromialgia, lúpus)
» Problemas neurológicos (derrame)
» Problemas na coluna (hérnia de disco, lesão de medula)
» Preparo pré-parto
» Emagrecimento
» Alterações do envelhecimento (perda de equilíbrio, coordenação motora, enfraquecimento muscular)
» Diminuição do inchaço nas pernas
» Melhora da capacidade respiratória
» Aceleração do processo de recuperação em caso de fratura
A fisioterapeuta Ana Paula Oliveira orienta a paciente Alicia Francisca dos Santos, que sofre de desgaste na cartilagem do joelho. Com as sessões na piscina, ela diz que as dores estão sumindo
Para que a hidroterapia dê resultado, a temperatura da água da piscina deve oscilar entre 32 e 33 graus centígrados. Segundo o fisioterapeuta Rogério Celso Ferreira, da Fisior Hidroterapia, em Belo Horizonte, um dos efeitos do calor é o relaxamento. “A dor causa contração muscular, pois, inconscientemente, o organismo tenta impedir o movimento, e a região fica toda rígida. Na água fria, a tendência é contrair ainda mais”, explica. A água quente também age diretamente na nutrição da musculatura, à medida que provoca a vasodilatação na superfície do corpo e facilita a chegada do sangue aos músculos. Assim, melhora o alongamento, permitindo a execução de movimentos impossíveis fora da água.
Saiba mais...
A sensação de estar mais leve na piscina promove alívio das dores e libera as articulações que, fora da água, lutariam contra a força da gravidade. “Uma das maiores indicações da hidroterapia é para a artrose, principalmente nos joelhos, coluna e quadril. Como dentro da água o peso nas articulação é diminuído, o paciente não sente dor, então conseguimos fazer um trabalho de ganho de força e flexibilidade”, destaca a fisioterapeuta especialista em hidroterapia Ana Paula Oliveira. Quando a água bate no nível da cintura, a sensação de peso pode ser reduzida em cerca de 50%.- Manter a forma em pleno inverno exige disciplina e força de vontade
- Veja as dicas para não desistir dos exercícios no inverno
- Massagens específicas para inverno trazem benefícios para dores crônicas
- Óculos escuros também são importantes no inverno
- Hidroginástica traz benefícios a médio e longo prazo
Outra vantagem da hidroterapia é oferecer um resultado mais rápido. Geralmente, os pacientes percebem a melhora logo nas primeiras sessões. “Existe um ciclo vicioso de dor, diminuição do movimento, fraqueza muscular e mais dor. Quando quebramos o ciclo, temos um resultado mais rápido”, diz Ana Paula. A dor desaparece na piscina justamente porque a água tira o peso da articulação acometida, e o paciente volta a fazer o movimento. O profissional, então, pode trabalhar o reforço muscular, o que protege a articulação e reduz a dor. A fisioterapeuta alerta que o tratamento não cura a doença, mas melhora os sintomas e devolve a capacidade funcional e a qualidade de vida do paciente.
DESGASTE
O médico sentenciou: seria preciso colocar prótese no joelho, devido ao desgaste da cartilagem. A psicóloga Alicia Francisca dos Santos, de 59 anos, porém, recusou-se a fazer a cirurgia e descobriu na hidroterapia o melhor remédio para artrite e artrose. Com o tratamento na água, as dores estão sumindo, a postura e o equilíbrio melhoraram, a disposição voltou. Ela também emagreceu três quilos. “Agora vejo o quanto de tempo que perdi. Se tivesse começado antes, poderia ter ganhado mais anos de vida, diminuído a quantidade de analgésicos e anti-inflamatórios e aumentado a qualidade de vida.”
A hidroterapia não está ligada apenas a tratamento de doenças. A técnica pode, por exemplo, ajudar esportistas a melhorar o condicionamento. É possível trabalhar grupos musculares que não costumam ser exigidos fora da piscina, associando movimentos de braço e tronco aos de perna. Além disso, a resistência da água é uma ferramenta para aumentar o gasto calórico. “Você tem o benefício do exercício físico, mas não sofre com o fator que poderia atrapalhar: a dor por causa do impacto. Na piscina, você pode correr sem pisar no solo, então não prejudica a articulação e consegue prevenir lesões.”
Os exercícios na piscina de hidroterapia ainda podem combater o estresse. “A água aquecida remete ao ambiente uterino. Inconscientemente, o paciente se sente protegido e acolhido com o toque da água quente em todas as partes do corpo”, comenta Rogério. O fisioterapeuta observa que os alunos vão para casa mais relaxados, conseguem dormir melhor e se sentem mais dispostos para o dia a dia.
INDICAÇÕES DA HIDROTERAPIA
» Dores em geral
» Problemas reumatológicos (artrite, artrose, fibromialgia, lúpus)
» Problemas neurológicos (derrame)
» Problemas na coluna (hérnia de disco, lesão de medula)
» Preparo pré-parto
» Emagrecimento
» Alterações do envelhecimento (perda de equilíbrio, coordenação motora, enfraquecimento muscular)
» Diminuição do inchaço nas pernas
» Melhora da capacidade respiratória
» Aceleração do processo de recuperação em caso de fratura