Setenta por cento da população dos EUA está infectada com HPV
Apenas 4 dos 103 homens e mulheres com DNA tornado público nos bancos de dados do governo federal apresentaram um dos dois tipos de HPV conhecidos por provocar a maior parte dos cânceres de colo de útero, garganta e também verrugas genitais
AFP - Agence France-Presse
Publicação:21/05/2014 10:38
Cerca de 70% dos americanos estão infectados com alguma cepa do vírus do papiloma humano (HPV), entre as quais apenas um pequeno número é responsável pelo desenvolvimento de algum tipo de câncer, segundo estudo divulgado nesta terça-feira.
Os cientistas detectaram 109 cepas deste vírus, das 148 conhecidas, em amostras de tecidos provenientes da pele, vagina, cavidade bucal e intestinos de adultos saudáveis, segundo trabalhos apresentados na conferência da Sociedade Americana de Microbiologia, celebrada em Boston (Massachusetts, nordeste).
"A fauna microbiana do HPV em pessoas com boa saúde é surpreendentemente mais vasta e complexa do que pensávamos", afirmou Yingfei Ma, pesquisadora da faculdade de Medicina de Langone, da Universidade de Nova York e principal autora do estudo.
"São necessários mais controles e pesquisas para determinar como as cepas destes papilomas que não causam câncer interagem com as cepas responsáveis por tumores cancerosos, os genótipos 16 e 18, e explicar porque estas cepas causam câncer", acrescentou.
Enquanto a maior parte destes vírus parece até agora inofensiva e permanece "adormecida" durante anos, sua presença abundante no organismo sugere a existência de um delicado equilíbrio, no qual as cepas virais se neutralizam reciprocamente e evitam que outras, mais patogênicas, se multipliquem de forma incontrolável, explicaram os pesquisadores.
As infecções por estes vírus parecem acontecer por meio do contato com a pele. O HPV continua sendo a fonte de infecção venérea mais frequente nos Estados Unidos. Segundo infectologistas, quase todos os homens e mulheres contraíram algum subtipo em um momento da vida.
Os resultados da pesquisa, disseram, lançam luz sobre as fragilidades dos exames atuais para detectar o HPV, desenvolvidos para identificar apenas uma dezena de cepas, mais vinculada ao desenvolvimento do câncer de útero.
Os cientistas detectaram 109 cepas deste vírus, das 148 conhecidas, em amostras de tecidos provenientes da pele, vagina, cavidade bucal e intestinos de adultos saudáveis, segundo trabalhos apresentados na conferência da Sociedade Americana de Microbiologia, celebrada em Boston (Massachusetts, nordeste).
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"A fauna microbiana do HPV em pessoas com boa saúde é surpreendentemente mais vasta e complexa do que pensávamos", afirmou Yingfei Ma, pesquisadora da faculdade de Medicina de Langone, da Universidade de Nova York e principal autora do estudo.
"São necessários mais controles e pesquisas para determinar como as cepas destes papilomas que não causam câncer interagem com as cepas responsáveis por tumores cancerosos, os genótipos 16 e 18, e explicar porque estas cepas causam câncer", acrescentou.
Enquanto a maior parte destes vírus parece até agora inofensiva e permanece "adormecida" durante anos, sua presença abundante no organismo sugere a existência de um delicado equilíbrio, no qual as cepas virais se neutralizam reciprocamente e evitam que outras, mais patogênicas, se multipliquem de forma incontrolável, explicaram os pesquisadores.
As infecções por estes vírus parecem acontecer por meio do contato com a pele. O HPV continua sendo a fonte de infecção venérea mais frequente nos Estados Unidos. Segundo infectologistas, quase todos os homens e mulheres contraíram algum subtipo em um momento da vida.
Os resultados da pesquisa, disseram, lançam luz sobre as fragilidades dos exames atuais para detectar o HPV, desenvolvidos para identificar apenas uma dezena de cepas, mais vinculada ao desenvolvimento do câncer de útero.