Saiba o que é preciso para ser dono de um pet
Para ser um feliz proprietário de um pet, não basta vontade. É preciso tempo, disposição e dinheiro para cuidar
Revista do CB - Correio Braziliense
Publicação:13/09/2014 14:00Atualização: 12/09/2014 15:49
Pensando nisso, a estudante Mayara Destro, de 21 anos, que mora sozinha em Brasília há três anos e meio, tem adiado o sonho de ter um bichinho de estimação. Desde que morava com os pais, em Cuiabá, alimenta a vontade de ter um animal, mas nunca concretizou o desejo por causa dos problemas de alergia da mãe. Quando se mudou para um apartamento em Águas Claras, sozinha, imaginou que fosse o momento certo. Por conta da rotina atribulada, no entanto, decidiu esperar um momento mais tranquilo. “Eu quero dar muito carinho aos animais. Para mim, é como se fossem gente. Se for para deixar o bichinho sozinho em casa, prefiro esperar até eu poder cuidar dele direito”, explica.
Veterinários são unânimes em dizer que o momento certo de adotar um animal é quando se tem a consciência das responsabilidades que o ato envolve. Segundo o veterinário Persio Montibello, é preciso pensar ainda no local onde ele vai morar. “As pessoas têm de escolher um animal que possa viver onde o dono tem condições de criá-lo”, diz. Outro cuidado importante é não humanizar os bichos. “Muitas pessoas adotam um animal para suprir uma carência e acabam o tratando como uma pessoa”, relata. Uma dica para quem passa muito tempo fora de casa é ter mais de um animal, assim um faz companhia para o outro.
Pesquisar os animais, as raças e estudar quais se adaptam aos estilo de vida do dono e que podem ter uma melhor adaptação à nova rotina também é importante. A veterinária Ilce Barreto explica que cada bichinho exige uma atenção diferente. Cães que moram em apartamento precisam de mais tempo para passear do que aqueles que vivem em casa e têm um quintal à disposição. De qualquer forma, todos precisam de atenção. “Até os cachorros grandes choram por carinho e fazem de tudo para chamar a atenção do dono. Os gatos são mais tranquilos, mas exigem alguns cuidados especiais, como a limpeza da caixa de areia e a escovação do pelo, entre outros”, explica Ilce.
Ilce reitera que a pessoa só está pronta para ter um animal de estimação quando entende os cuidados que ele exige. “Crianças muito novas, por exemplo, não sabem cuidar e podem até machucar os bichinhos”, explica. Com ajuda, no entanto, elas podem ser as grandes beneficiárias da convivência com os animais. “Eles podem ajudar na socialização das crianças, além de proporcionar amor e carinho que só quem tem um animal sabe explicar”, lembra o veterinário Persio.
A família da estudante Luana Montarroyos, de 21 anos, é prova disso. Ela mora com os pais e a irmã mais nova em um apartamento na Asa Sul. A família tem três cadelas, duas da raça york shire e uma west highland terrier. Luana conta que as cadelas são tratadas como filhas e exigem muita atenção e cuidados. “Temos de limpar o quarto delas, que fica na área de serviço, dar comida na hora certa, trocar a água, dar banho, passear, levar ao veterinário, dar remédios quando precisam, fora a atenção e o carinho que elas pedem toda hora”, conta a estudante.
Além de exigirem dedicação, os pets precisam ser incluídos no orçamento. Esse é um dos pontos que também preocupam a estudante Mayara Destro. “Como moro sozinha e sou estagiária, não sei se tenho dinheiro para sustentar, até porque não tenho muita noção de quanto gastaria para manter um cachorro”, conta.
Segundo o veterinário Persio Montibello, cães de pequeno porte e gatos saudáveis gastam, em média, R$ 1.200 por ano somente com alimentação e vacinas. Com um cachorro maior, a despesa pode chegar a R$ 3.000 por ano. Esses valores não incluem os custos com eventuais doenças. Jujuba, uma das yorkshires de Luana, ficou doente e precisou ser internada. Em cinco dias, a família desembolsou R$ 1.200 com internação, soro e remédios.
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O amor, o carinho e o companheirismo que os bichinhos de estimação dispensam aos donos são inquestionáveis. Mas é preciso levar em consideração vários fatores, como tempo, disposição e dinheiro para cuidar do novo morador da casa. Para muitos, não falta vontade, só a certeza de que serão capazes de suportar as responsabilidades e a mudança na rotina que os animais impõem.Pensando nisso, a estudante Mayara Destro, de 21 anos, que mora sozinha em Brasília há três anos e meio, tem adiado o sonho de ter um bichinho de estimação. Desde que morava com os pais, em Cuiabá, alimenta a vontade de ter um animal, mas nunca concretizou o desejo por causa dos problemas de alergia da mãe. Quando se mudou para um apartamento em Águas Claras, sozinha, imaginou que fosse o momento certo. Por conta da rotina atribulada, no entanto, decidiu esperar um momento mais tranquilo. “Eu quero dar muito carinho aos animais. Para mim, é como se fossem gente. Se for para deixar o bichinho sozinho em casa, prefiro esperar até eu poder cuidar dele direito”, explica.
Luana Montarroyos, com suas três cadelas: atenção e dedicação integral
Pesquisar os animais, as raças e estudar quais se adaptam aos estilo de vida do dono e que podem ter uma melhor adaptação à nova rotina também é importante. A veterinária Ilce Barreto explica que cada bichinho exige uma atenção diferente. Cães que moram em apartamento precisam de mais tempo para passear do que aqueles que vivem em casa e têm um quintal à disposição. De qualquer forma, todos precisam de atenção. “Até os cachorros grandes choram por carinho e fazem de tudo para chamar a atenção do dono. Os gatos são mais tranquilos, mas exigem alguns cuidados especiais, como a limpeza da caixa de areia e a escovação do pelo, entre outros”, explica Ilce.
Ilce reitera que a pessoa só está pronta para ter um animal de estimação quando entende os cuidados que ele exige. “Crianças muito novas, por exemplo, não sabem cuidar e podem até machucar os bichinhos”, explica. Com ajuda, no entanto, elas podem ser as grandes beneficiárias da convivência com os animais. “Eles podem ajudar na socialização das crianças, além de proporcionar amor e carinho que só quem tem um animal sabe explicar”, lembra o veterinário Persio.
A família da estudante Luana Montarroyos, de 21 anos, é prova disso. Ela mora com os pais e a irmã mais nova em um apartamento na Asa Sul. A família tem três cadelas, duas da raça york shire e uma west highland terrier. Luana conta que as cadelas são tratadas como filhas e exigem muita atenção e cuidados. “Temos de limpar o quarto delas, que fica na área de serviço, dar comida na hora certa, trocar a água, dar banho, passear, levar ao veterinário, dar remédios quando precisam, fora a atenção e o carinho que elas pedem toda hora”, conta a estudante.
Além de exigirem dedicação, os pets precisam ser incluídos no orçamento. Esse é um dos pontos que também preocupam a estudante Mayara Destro. “Como moro sozinha e sou estagiária, não sei se tenho dinheiro para sustentar, até porque não tenho muita noção de quanto gastaria para manter um cachorro”, conta.
Segundo o veterinário Persio Montibello, cães de pequeno porte e gatos saudáveis gastam, em média, R$ 1.200 por ano somente com alimentação e vacinas. Com um cachorro maior, a despesa pode chegar a R$ 3.000 por ano. Esses valores não incluem os custos com eventuais doenças. Jujuba, uma das yorkshires de Luana, ficou doente e precisou ser internada. Em cinco dias, a família desembolsou R$ 1.200 com internação, soro e remédios.
"Até os cachorros grandes choram por carinho e fazem de tudo para chamar a atenção do dono. Os gatos são mais tranquilos, mas exigem alguns cuidados especiais, como a limpeza da caixa de areia e a escovação do pelo, entre outros” - Ilce Barreto, veterinária