'Eu escolhi esperar': conheça histórias de jovens que vão se manter virgens até o casamento
Adeptos contam como enfrentam o preconceito, as piadas e por que decidiram deixar o sexo para depois do casamento
Correio Braziliense
Publicação:14/09/2014 11:00Atualização: 14/09/2014 12:54
O que para muitos é motivo de chacota, surpresa ou preconceito, para eles é uma coisa séria, decisão tomada e seguida à risca. "Eu já fui alvo de piada até entre meus próprios amigos!", conta Martinelly Flores, de 23 anos, que é estudante de publicidade. "O problema é que as pessoas acham que para nós é um sacrifício o modo como escolhemos viver, mas não é, pois nós somos felizes à nossa maneira", garante.
Sobre os momentos íntimos do casal, Martinelly admite esforço para se afastar das "tentações". "Como todas pessoas comuns temos desejos, por isso é necessário precauções. Evitamos momentos a sós ou que nos traga pensamentos sexuais. Tudo isso nos ajuda a impedir de avançarmos o 'sinal vermelho'", conta.
Já para a estudante Larissa Barbosa, de 17 anos, que mora de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, parte da responsabilidade pela busca do sexo fora do casamento vem da influência gerada por programas de TV e músicas. "Sinceramente não é fácil, pois tudo chama a atenção para o sexo. Quem diz não ao senso comum é considerado 'fora de moda'", afirma.
O casal Eduardo Eira, de 21, e Malu Mascarenhas, de 23, estão juntos há 1 ano e 2 meses e escolheram se guardar para o matrimônio. "O casal tem mais tempo de conversar e se conhecer melhor, fortalecendo a relação", explica Eduardo.
Mas nem sempre o principal inimigo está do lado de fora da relação, acredita a professora Fernanda Salomão, de 25 anos. Ela namora o dentista Antônio Rodrigo, de 25, há cinco anos e conta que foi difícil chegar a um consenso. "A escolha partiu, inicialmente, somente de mim! É necessário muita força de vontade, determinação, conversa e compreensão entre o casal", assume.
Questionada sobre como se comportar com os desejos mais íntimos, outra jovem que não quis se identificar confessa: "Rezo e peço à Deus para me dar forças e não cometer besteiras. Para ser sincera, algumas vezes eu recorro a masturbação, sei que é errado e vai contra os ensinamentos da minha religião (católica), mas a tentação é grande e isso geralmente acontece quando estou distante de Deus. Sempre que caio na tentação, corro para me confessar", admite.
De acordo com os ensinamentos da igreja católica, o sexo é: "o instrumento da expressão do amor conjugal e da procriação.
Toda vez que o sexo é usado antes ou fora do casamento, de qualquer forma que seja, peca-se contra a castidade", conta em uma de seus artigos, Felipe Aquino, apresentador, radialista, professor de História da Igreja no Instituto de Teologia Bento XVI, na Diocese de Lorena, em São Paulo, e escreveu 78 livros, todos baseados na doutrina católica.
Um dos movimentos de maior força no país é o chamado "Eu Escolhi Esperar", liderado pelo pastor Nelson Neto Júnior. Formado em Teologia pelo Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (Ibad), ele trabalha com jovens e adolescentes há pouco mais de 20 anos. A campanha, lançada em abril de 2011, se espalhou pelo Brasil, agregando pessoas de várias religiões. No Twitter, o movimento conta com 367 mil pessoas. No Facebook, a página oficial do movimento pela castidade mobiliza ainda mais jovens e o perfil já tem mais de 2 milhões de curtidas.
Zagueiro da seleção brasileira e um dos nomes mais comentados da Copa do Mundo 2014, o jogador David Luiz, que namora a portuguesa Sara Madeira, também aderiu ao movimento e postou no Instagram e no Twitter a mensagem da campanha: "Fé! escolhiesperar"
Outro craque que ficou famoso por ter aderido à castidade foi o jogador Kaká. Nascido no Gama, ele deu o que falar quando, ao lado da então noiva Caroline, discursou à favor da virgindade. Em entrevista à revista italiana Vanity Fair, o casal assumiu que não tiveram relações sexuais até a noite de núpcias, em dezembro de 2005. "É evidente que não foi fácil chegar ao matrimônio sem ter estado com uma mulher. Eu e Caroline nos beijávamos e é claro que o desejo existia. Mas nós nos contínhamos. Se hoje nossa vida é tão bela, é porque soubemos esperar", disse à época o jogador do São Paulo.
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Eles são jovens como muitos outros. Estudam, trabalham, saem para se divertir e enfrentam os problemas típicos da mesma faixa etária. Mas quando o assunto é namoro, as diferenças ganham evidência e os destacam dos demais: eles optaram - e se orgulham disso - por casar virgens.- Assexuados denunciam que sofrem os mesmos preconceitos que os gays
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O que para muitos é motivo de chacota, surpresa ou preconceito, para eles é uma coisa séria, decisão tomada e seguida à risca. "Eu já fui alvo de piada até entre meus próprios amigos!", conta Martinelly Flores, de 23 anos, que é estudante de publicidade. "O problema é que as pessoas acham que para nós é um sacrifício o modo como escolhemos viver, mas não é, pois nós somos felizes à nossa maneira", garante.
Malu Mascarenhas (23) e Eduardo Eira (21), namoram há 1 ano e 2 meses, frequentam o Movimento de Emaús
Já para a estudante Larissa Barbosa, de 17 anos, que mora de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, parte da responsabilidade pela busca do sexo fora do casamento vem da influência gerada por programas de TV e músicas. "Sinceramente não é fácil, pois tudo chama a atenção para o sexo. Quem diz não ao senso comum é considerado 'fora de moda'", afirma.
O casal Eduardo Eira, de 21, e Malu Mascarenhas, de 23, estão juntos há 1 ano e 2 meses e escolheram se guardar para o matrimônio. "O casal tem mais tempo de conversar e se conhecer melhor, fortalecendo a relação", explica Eduardo.
Mas nem sempre o principal inimigo está do lado de fora da relação, acredita a professora Fernanda Salomão, de 25 anos. Ela namora o dentista Antônio Rodrigo, de 25, há cinco anos e conta que foi difícil chegar a um consenso. "A escolha partiu, inicialmente, somente de mim! É necessário muita força de vontade, determinação, conversa e compreensão entre o casal", assume.
Questionada sobre como se comportar com os desejos mais íntimos, outra jovem que não quis se identificar confessa: "Rezo e peço à Deus para me dar forças e não cometer besteiras. Para ser sincera, algumas vezes eu recorro a masturbação, sei que é errado e vai contra os ensinamentos da minha religião (católica), mas a tentação é grande e isso geralmente acontece quando estou distante de Deus. Sempre que caio na tentação, corro para me confessar", admite.
De acordo com os ensinamentos da igreja católica, o sexo é: "o instrumento da expressão do amor conjugal e da procriação.
Toda vez que o sexo é usado antes ou fora do casamento, de qualquer forma que seja, peca-se contra a castidade", conta em uma de seus artigos, Felipe Aquino, apresentador, radialista, professor de História da Igreja no Instituto de Teologia Bento XVI, na Diocese de Lorena, em São Paulo, e escreveu 78 livros, todos baseados na doutrina católica.
Um dos movimentos de maior força no país é o chamado "Eu Escolhi Esperar", liderado pelo pastor Nelson Neto Júnior. Formado em Teologia pelo Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (Ibad), ele trabalha com jovens e adolescentes há pouco mais de 20 anos. A campanha, lançada em abril de 2011, se espalhou pelo Brasil, agregando pessoas de várias religiões. No Twitter, o movimento conta com 367 mil pessoas. No Facebook, a página oficial do movimento pela castidade mobiliza ainda mais jovens e o perfil já tem mais de 2 milhões de curtidas.
Zagueiro da seleção brasileira e um dos nomes mais comentados da Copa do Mundo 2014, o jogador David Luiz, que namora a portuguesa Sara Madeira, também aderiu ao movimento e postou no Instagram e no Twitter a mensagem da campanha: "Fé! escolhiesperar"
Outro craque que ficou famoso por ter aderido à castidade foi o jogador Kaká. Nascido no Gama, ele deu o que falar quando, ao lado da então noiva Caroline, discursou à favor da virgindade. Em entrevista à revista italiana Vanity Fair, o casal assumiu que não tiveram relações sexuais até a noite de núpcias, em dezembro de 2005. "É evidente que não foi fácil chegar ao matrimônio sem ter estado com uma mulher. Eu e Caroline nos beijávamos e é claro que o desejo existia. Mas nós nos contínhamos. Se hoje nossa vida é tão bela, é porque soubemos esperar", disse à época o jogador do São Paulo.