Cruz Vermelha pede reforço na comunicação com populações atingidas pelo ebola
Organizações humanitárias foram acusadas de recolherem órgãos e os venderem porque as famílias não podiam ver os pacientes, nem assistir aos funerais. Organização pede atenção para esses rumores que, em muitos casos, refletem o medo das pessoas
Agência Brasil
Publicação:18/09/2014 10:56Atualização: 18/09/2014 11:05
De acordo com ela, a diminuição dos casos depende da modificação de comportamentos individuais e não de alterações de fatores externos como são o caso de doenças como o cólera, que dependem de infraestruturas de saneamento. "É preciso mais dedicação, cada indivíduo é um caso, é um processo longo", avisa.
Por outro lado, os profissionais de saúde devem estar atentos aos rumores que, em muitos casos, refletem o medo das populações. Na Guiné-Conacri, os voluntários foram acusados de pulverizar o ebola e foram atacados por moradores quando, na realidade, estavam espalhando cloro para desinfetar uma casa onde vivia um homem infectado.
As organizações humanitárias também foram acusadas de recolherem órgãos e os venderem, porque as famílias não podiam ver os pacientes, nem assistir aos funerais, explicou Amanda McClellad.
Para ela, as mensagens e as operações devem ser adaptadas conforme os valores culturais e os rumores nas diversas regiões. No centro de tratamento onde trabalhou Amanda, em Freetown, Serra Leoa, foi construído um espaço onde as famílias podiam rezar e acompanhar os funerais, acabando assim com alguns mitos como o tráfico de órgãos.
Desde março, a Federação Internacional da Cruz Vermelha trabalha em 13 países: Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa, Nigéria, Costa do Marfim, Mali, Senegal, Camarões, Benim, Togo, Chade, Republica Centro Africana e Gâmbia.
Desde o início do ano, a epidemia causou cerca de 2,5 mil mortes entre os cinco mil casos registrados, a maior parte concentrados em três países da África Ocidental, segundo o último levantamento da Organização Mundial da Saúde.
África vive surto de ebola
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A Federação Internacional da Cruz Vermelha alertou nesta quinta-feira (18) para a necessidade de reforçar as informações que são repassadas à população para impedir o avanço do ebola na África. Durante a preparação de uma equipe médica que vai participar nos próximos dias de operações da Cruz Vermelha em Serra Leoa, a coordenadora de Saúde em Emergências da instituição, Amanda McClelland, reforçou “a necessidade de adaptar as mensagens de prevenção” para que as populações “entendam os riscos e os interpretem" e declarou: "É crucial fazer com que as comunidades entendem o que é um centro de tratamento do ebola e que o aceitem de modo a facilitar o trabalho dos profissionais.”- ONU pede um bilhão de dólares para combater o ebola
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De acordo com ela, a diminuição dos casos depende da modificação de comportamentos individuais e não de alterações de fatores externos como são o caso de doenças como o cólera, que dependem de infraestruturas de saneamento. "É preciso mais dedicação, cada indivíduo é um caso, é um processo longo", avisa.
Por outro lado, os profissionais de saúde devem estar atentos aos rumores que, em muitos casos, refletem o medo das populações. Na Guiné-Conacri, os voluntários foram acusados de pulverizar o ebola e foram atacados por moradores quando, na realidade, estavam espalhando cloro para desinfetar uma casa onde vivia um homem infectado.
As organizações humanitárias também foram acusadas de recolherem órgãos e os venderem, porque as famílias não podiam ver os pacientes, nem assistir aos funerais, explicou Amanda McClellad.
Para ela, as mensagens e as operações devem ser adaptadas conforme os valores culturais e os rumores nas diversas regiões. No centro de tratamento onde trabalhou Amanda, em Freetown, Serra Leoa, foi construído um espaço onde as famílias podiam rezar e acompanhar os funerais, acabando assim com alguns mitos como o tráfico de órgãos.
Desde março, a Federação Internacional da Cruz Vermelha trabalha em 13 países: Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa, Nigéria, Costa do Marfim, Mali, Senegal, Camarões, Benim, Togo, Chade, Republica Centro Africana e Gâmbia.
Desde o início do ano, a epidemia causou cerca de 2,5 mil mortes entre os cinco mil casos registrados, a maior parte concentrados em três países da África Ocidental, segundo o último levantamento da Organização Mundial da Saúde.