'Globesidade': crianças estão cada vez mais acima do peso
Dieta inadequada nos primeiros meses de vida é um dos fatores principais desse fenômeno
Flávia Duarte - Revista do CB
Publicação:01/10/2014 13:00
“O tipo de alimentação nessa fase determina ganho de peso futuro. Nossa população de crianças saiu da desnutrição para a obesidade. Hoje, são 35% de meninos e 32% de meninas acima do peso no Brasil”, afirmou a pediatra Christiane Leite, que apresentou a palestra Alimentação da criança saudável. Segundo a médica, estudos com diversas populações do mundo mostraram que crianças alimentadas com alta ingestão de proteína nos primeiros meses até o segundo ano de vida (com leite de vaca, por exemplo) “são preditivas da ocorrência precoce de rebote da adiposidade e de IMC elevado na infância”, afirmou.
Para evitar não só o ganho de peso, como também alergias futuras, ou até mesmo restrições alimentares por causa do paladar pouco diversificado, é preciso estar atento ao que vai no prato dos meninos em cada etapa da vida deles, especialmente nos primeiros mil dias.
Saiba mais...
A fome ainda continua a ser um problema mundialmente alarmante, mas os danos provocados pelo excesso de alimentação inadequada são igualmente preocupantes. O tema foi um dos destaques abordados por médicos em recente congresso de atualização em pediatria, realizado em Fortaleza. Eles alertam sobre o número crescente de crianças que chegam aos consultórios acima do peso. Além da óbvia escolha errada do cardápio, uma das razões para explicar o que eles até chamam de “globesidade” está na oferta inadequada de alimentos ao bebê, especialmente, no período que vai dos primeiros meses de vida até os 2 anos de idade.- Crianças obesas: quem se importa?
- Crianças obesas são mais suscetíveis à propaganda de alimentos
- 54 dias: por que a média brasileira de aleitamento materno exclusivo é tão baixa?
- Feliz, saudável e acima do peso: estudos desassociam a obesidade da baixa expectativa de vida
- Vídeo de ex-obeso alerta para o excesso de pele após emagrecimento
“O tipo de alimentação nessa fase determina ganho de peso futuro. Nossa população de crianças saiu da desnutrição para a obesidade. Hoje, são 35% de meninos e 32% de meninas acima do peso no Brasil”, afirmou a pediatra Christiane Leite, que apresentou a palestra Alimentação da criança saudável. Segundo a médica, estudos com diversas populações do mundo mostraram que crianças alimentadas com alta ingestão de proteína nos primeiros meses até o segundo ano de vida (com leite de vaca, por exemplo) “são preditivas da ocorrência precoce de rebote da adiposidade e de IMC elevado na infância”, afirmou.
Para evitar não só o ganho de peso, como também alergias futuras, ou até mesmo restrições alimentares por causa do paladar pouco diversificado, é preciso estar atento ao que vai no prato dos meninos em cada etapa da vida deles, especialmente nos primeiros mil dias.