Exercício ao ar livre exige força, concentração e equilíbrio
Movimentos livres atraem pessoas que buscam não só melhorar o condicionamento físico como também aumentar a autoestima
Paula Takahashi
Publicação:09/11/2014 10:06Atualização: 09/11/2014 10:26
Foi somente nos últimos dois anos que a calistenia começou a ganhar visibilidade ao redor do mundo e atrair praticantes interessados em superar os limites do corpo. Os vídeos no YouTube, divulgados por experts norte-americanos e russos, garantiram a visibilidade que o exercício precisava para crescer. Apesar de recente, o conceito da atividade física está longe de ser novo. A calistenia (do grego belo e força) é a base da ginástica e de praticamente todos os esportes e há pelo menos um século estimula o conceito de movimentos à mão livre associados ao ritmo da música.
No Brasil, começou a ganhar espaço somente no ano passado, justamente por meio das redes sociais. “Sempre pratiquei esportes. Já fiz parkour e até ginástica de solo. Por isso, tenho uma base boa para atividades físicas e uma consciência corporal grande. Quando vi os vídeos e tutoriais no YouTube, percebi que tinha uma semelhança com o que eu já fazia no parkour e acabei me sentindo desafiado a executar aqueles movimentos”, conta o estudante de educação física Lucas Pimenta, de 19 anos, um dos fundadores do grupo BH Bars, pioneiro na capital mineira.
DO BÁSICO Quem assiste aos vídeos na internet coloca em xeque a própria capacidade de um dia conseguir fazer o mesmo. “Para quem já tem um corpo legal e um preparo muscular, é possível começar num nível mais avançado. Caso contrário, pode começar do zero. Temos desde criança de 11 anos até um senhor de 77, que pratica e consegue evoluir”, garante Luiz Otávio Mesquita, criador do Calistenia Brasil. Os próprios grupos de praticantes orientam os novatos de acordo com o biótipo de cada um. “Não passamos nada sem profissionalismo. Temos o cuidado de sempre dar aulas pra essas pessoas acompanhados por um professor que seja formado e que tenha embasamento para dar orientações”, garante Luiz, que treina com um grupo de praticantes todos os domingos no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
O mesmo compromisso é assumido pelo BH Bars. “O nosso foco é criar as rotinas de treino de forma personalizada. Mostramos como devem ser feitos o alongamento e o aquecimento e direcionamos as atividades de acordo com a necessidade e capacidade de cada um. Temos também o acompanhamento de professores de educação física e fisioterapia”, conta Lucas. O estudante de ciência da computação Yuri Indiani de Souza, de 21, é a prova viva de que é possível começar do zero e, aos poucos, ganhar confiança e condicionamento para executar movimentos mais complexos. “Comecei em casa há seis meses, por conta própria. Antes, tinha tentado ir para a academia, mas era tão magro que tinha vergonha e acabei saindo em um mês. Comecei então a fazer barra em casa e ia tentando repetir o que o pessoal fazia no YouTube”, conta. Ele afirma que só com a dedicação ao street workout conseguiu ganhar massa muscular suficiente para sair dos míseros 55 quilos para os atuais 72 quilos. O estudante Leonardo Aquino de Melo, de 17, teve experiência parecida. “Também comecei a treinar em casa, mais por diversão, e hoje acompanho o grupo”, diz.
Com desenvoltura para fazer posições que exigem força, concentração e equilíbrio, eles reconhecem que em pouco tempo é possível ver os primeiros resultados. “Mesmo para quem está começando a fazer a flexão com o joelho no chão, com sete a oito meses de treinamento regular é possível chegar a um nível legal em que se consegue fazer os movimentos mais comuns”, garante Luiz Otávio. A grande vantagem é que a prática não precisa de hora nem local. Pode ser na praia, no quarto de hotel ou numa praça. “Não é preciso nada além do corpo. Nem mesmo a própria barra, já que tem muitos exercícios que são feitos no chão. Não tem desculpa, só não faz quem não quer.”
Um dos fundadores do grupo BH Bars conta que viu os vídeos no YouTube e se sentiu desafiado a executar os movimentos
No Brasil, começou a ganhar espaço somente no ano passado, justamente por meio das redes sociais. “Sempre pratiquei esportes. Já fiz parkour e até ginástica de solo. Por isso, tenho uma base boa para atividades físicas e uma consciência corporal grande. Quando vi os vídeos e tutoriais no YouTube, percebi que tinha uma semelhança com o que eu já fazia no parkour e acabei me sentindo desafiado a executar aqueles movimentos”, conta o estudante de educação física Lucas Pimenta, de 19 anos, um dos fundadores do grupo BH Bars, pioneiro na capital mineira.
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A prática, que começou despretensiosa, atraiu curiosos e hoje reúne entre 20 e 30 pessoas em uma praça da cidade todos os fins de semana. “É uma forma de democratizar a saúde. Por ser feito em lugar aberto, atrai todo tipo de pessoa. Não tem restrição. Sem contar que não é monótono”, afirma o autônomo Rodrigo Goulart, de 29, que vê no street workout mais do que uma forma de abandonar o sedentarismo, mas também uma ferramenta para interação social e melhoria da autoestima. “As pessoas estão precisando de confiança e a gente dá isso para elas aqui. Nós as colocamos pra cima”, conta, ao se referir aos estímulos para superação dos limites não apenas do corpo, mas também da mente.DO BÁSICO Quem assiste aos vídeos na internet coloca em xeque a própria capacidade de um dia conseguir fazer o mesmo. “Para quem já tem um corpo legal e um preparo muscular, é possível começar num nível mais avançado. Caso contrário, pode começar do zero. Temos desde criança de 11 anos até um senhor de 77, que pratica e consegue evoluir”, garante Luiz Otávio Mesquita, criador do Calistenia Brasil. Os próprios grupos de praticantes orientam os novatos de acordo com o biótipo de cada um. “Não passamos nada sem profissionalismo. Temos o cuidado de sempre dar aulas pra essas pessoas acompanhados por um professor que seja formado e que tenha embasamento para dar orientações”, garante Luiz, que treina com um grupo de praticantes todos os domingos no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
O mesmo compromisso é assumido pelo BH Bars. “O nosso foco é criar as rotinas de treino de forma personalizada. Mostramos como devem ser feitos o alongamento e o aquecimento e direcionamos as atividades de acordo com a necessidade e capacidade de cada um. Temos também o acompanhamento de professores de educação física e fisioterapia”, conta Lucas. O estudante de ciência da computação Yuri Indiani de Souza, de 21, é a prova viva de que é possível começar do zero e, aos poucos, ganhar confiança e condicionamento para executar movimentos mais complexos. “Comecei em casa há seis meses, por conta própria. Antes, tinha tentado ir para a academia, mas era tão magro que tinha vergonha e acabei saindo em um mês. Comecei então a fazer barra em casa e ia tentando repetir o que o pessoal fazia no YouTube”, conta. Ele afirma que só com a dedicação ao street workout conseguiu ganhar massa muscular suficiente para sair dos míseros 55 quilos para os atuais 72 quilos. O estudante Leonardo Aquino de Melo, de 17, teve experiência parecida. “Também comecei a treinar em casa, mais por diversão, e hoje acompanho o grupo”, diz.
Com desenvoltura para fazer posições que exigem força, concentração e equilíbrio, eles reconhecem que em pouco tempo é possível ver os primeiros resultados. “Mesmo para quem está começando a fazer a flexão com o joelho no chão, com sete a oito meses de treinamento regular é possível chegar a um nível legal em que se consegue fazer os movimentos mais comuns”, garante Luiz Otávio. A grande vantagem é que a prática não precisa de hora nem local. Pode ser na praia, no quarto de hotel ou numa praça. “Não é preciso nada além do corpo. Nem mesmo a própria barra, já que tem muitos exercícios que são feitos no chão. Não tem desculpa, só não faz quem não quer.”