OMS alerta para uma das maiores causas de morte evitável no mundo: o afogamento

São 372.000 óbitos ao ano; mais da metade dos mortos é de jovens menores de 25 anos

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AFP - Agence France-Presse Publicação:17/11/2014 17:09Atualização:17/11/2014 17:23
Policiais do Corpo de Bombeiros realizam treinamento de resgate de vitimas de afogamento (Sidney Lopes/EM/D.A Press)
Policiais do Corpo de Bombeiros realizam treinamento de resgate de vitimas de afogamento
Os afogamentos são uma das principais causas de morte evitáveis no mundo, com 372.000 óbitos ao ano, destaca nesta segunda-feira (17/11) um informe da Organização Mundial da Saúde (OMS), que pede a adoção de medidas de prevenção, sobretudo para os jovens. Mais da metade dos mortos é de menores de 25 anos e a maior taxa de afogados entre os meninos ocorre em menores de cinco anos, acrescentou o informe.

Os esforços para reduzir a mortalidade infantil revelaram causas de mortes que "permaneciam ocultas", destaca a doutora Margaret Chan, diretora-geral da OMS. "O afogamento é uma delas. É uma forma de morrer que pode ser evitada. Os governos nacionais e locais devem implantar iniciativas para aplicar as simples medidas de prevenção, articuladas pela OMS".

Mais de 90% dos afogamentos ocorrem em países com renda baixa e média, e as maiores taxas são observadas nas regiões da África, do sudeste asiático e do Pacífico ocidental. Nestas duas últimas regiões ocorrem mais da metade dos afogamentos.

Na África, são registradas taxas de mortalidade por afogamento de 10 a 13 vezes superiores que a de países europeus, como Reino Unido e Alemanha.

As autoridades locais deveriam, entre outras coisas, instalar barreiras para controlar o acesso à água, ensinar fundamentos de natação às crianças e noções de salvamento aos adultos, recomendou a OMS. Em nível estadual, a organização pede o estabelecimento de regras mais rigorosas para o transporte fluvial de passageiros.

Os países ricos não estão livres deste problema. Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que os afogamentos no litoral custem 273 milhões de dólares por ano, segundo a OMS.

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