Ensaio com bebês debaixo d´água quer alertar sobre afogamento de crianças

Organização Mundial de Saúde estima 372 mil mortes por afogamento por ano no mundo. No Brasil, a cada ano, 1.100 crianças morrem afogadas

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Da redação Publicação:01/07/2015 12:21Atualização:01/07/2015 14:47

O fotógrafo americano Seth Casteel registrou bebês debaixo d´água em uma série que se transformou no livro ‘Underwater Babies’ (em tradução livre, Bebês Subaquáticos). As imagens que correm o mundo querem alertar sobre o risco de afogamento de crianças. Nos Estados Unidos, segundo pesquisa de Casteel, o afogamento é a principal causa de morte acidental de crianças de até 5 anos. A Organização Mundial de Saúde alerta também que se trata de uma das maiores causas de morte evitável no mundo. Por ano, de acordo com a OMS, são 372 mil óbitos. No Brasil, os afogamentos ocupam o segundo lugar no ranking de mortes de crianças até 14 anos por acidentes: 1100 anualmente. No entanto, a maior incidência (37%) ocorre com crianças entre 1 e 4 anos.


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As imagens de Seth Casteel foram registradas em escolas de natação com o acompanhamento dos pais e professores. Com acessórios coloridos, os pequenos nadadores estão ali para lembrar da necessidade de supervisão constante quando o assunto é água. As férias de julho estão aí, mas segundo a organização não-governamental ‘Criança Segura’ os perigos não estão apenas nas águas abertas com o mar ou rio. “Para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco. Assim, elas podem se afogar em piscinas, cisternas e até em baldes, banheiras e vasos sanitários”, alerta a ONG.

Além disso, algumas características das crianças pequenas contribuem para que sejam mais vulneráveis a afogamentos. De acordo com a ONG ‘Criança Segura’, diferentemente dos adultos, as partes mais pesadas do corpo da criança pequena são a cabeça e os membros superiores. Por isso, elas perdem facilmente o equilíbrio ao se inclinarem para frente e consequentemente podem se afogar em baldes ou vasos sanitários. Ou seja, um mero descuido é suficiente para que um afogamento ocorra. Veja algumas dicas:

  • Esvazie baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso e guarde-os sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças.
  • Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos
  • Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários e baldes podem ser perigosos. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água
  • Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança. Eles podem estourar, virar a qualquer momento e ser levados pela correnteza. O ideal é que a criança use sempre um colete salva-vidas quando estiver em embarcações, próxima a rios, represas, mares, lagos e piscinas, e quando estiver praticando esportes aquáticos
  • Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também
  • Muitos casos de afogamentos aconteceram com pessoas que achavam que sabiam nadar. Não superestime a habilidade de crianças e adolescentes
    • 01/07/2015
    • Fotógrafo americano Seth Casteel registrou bebês debaixo d´água
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