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Aplicativos e sites na internet podem ajudar a encontrar o par perfeito para o seu pet

Animais domésticos precisam da ajuda dos donos para encontrar pretendentes e se acasalar

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Revista do CB - Correio Braziliense Publicação:24/01/2015 10:00Atualização:20/01/2015 11:51
O gerente de projetos Mário Gomes postou fotos do poodle Ted em um site de acasalamento (Zuleika de Souza/CB/D.A Press)
O gerente de projetos Mário Gomes postou fotos do poodle Ted em um site de acasalamento
Com opções limitadas na “natureza”, os animais domésticos precisam da ajuda dos donos para encontrar pretendentes e se acasalar. Foi pensando nisso que surgiram alternativas criativas, além do tradicional cartaz na parede do petshop — são sites e aplicativos de classificados amorosos, muito parecidos com os equivalentes humanos.

Basicamente, essas ferramentas reúnem informações do físico do animal e as divulgam. O aplicativo DogDate, por exemplo, funciona como um Tinder para cães. O dono se inscreve e pode cadastrar seus cachorros, adicionando informações como raça, cor, tamanho e sexo do animal. Além do mais, o aplicativo mostra no mapa os usuários que estão próximos, e o dono pode interagir e mandar mensagens para marcar um encontro.

O autônomo Ricardo Melo Luz, 32 anos, teve a ideia de criar o DogDate quando buscava uma parceira para o Homer, seu buldogue campeiro. Como a raça é bastante rara, a tarefa não era fácil. “Originalmente, (o aplicativo) era para a cruza, mas também coloquei a opção ‘adotar’ — para ajudar cachorros abandonados”, conta.

O criador do app pretende expandir as funções. “Vamos colocar informações pertinentes para quem já tem pet, como petshops próximos, lugares para passear etc. O objetivo é que o aplicativo não seja só uma rede social, mas que preste um serviço”, explica Ricardo Luz. Hoje, o app está disponível apenas na Apple Store e conta com mais de 5 mil usuários no Brasil. No momento, Ricardo e o sócio estão desenvolvendo uma versão para Android.

O gerente de projetos Mário Gomes de Souza, 51 anos, tem dois cachorros da raça poodle, Costela e Ted. Ele conta que um dia leu na internet um texto sobre o aplicativo DogDate e resolveu inscrever suas mascotes — elas estão cadastradas há 4 meses e, até agora, nada. Na opinião do gerente, o que falta é publicidade. “Quando vi, achei a ideia muito boa, mas como é muito mal divulgado, o aplicativo tem poucos usuários”, comenta.

Além de aplicativos para celular, existem os sites de relacionamento na web, com o objetivo de ajudar os donos a encontrarem parceiros para os pets. O umparpromeupet.com.br, por exemplo, surgiu há um ano e já conta com 1.500 usuários por mês, segundo os criadores.
Dois exemplos da interface do aplicativo DogDate: muito similar ao Tinder dos humanos (Reprodução Internet)
Dois exemplos da interface do aplicativo DogDate: muito similar ao Tinder dos humanos

O empresário Luis Antonio Cliento, 44 anos, conta que o site surgiu da dificuldade encontrada para cruzar seu pet. “Por ser uma raça bem específica, a west highland white terrier, era difícil encontrar um cachorro de boa procedência”, explica. “Então resolvi fazer um site para que as pessoas pudessem cadastrar seu animal e achar outro de boa raça e porte.”

O site funciona de maneira simples: o dono cadastra seu animal com todas as características e, assim que outro animal com as mesmas características entrar, ele vai para uma lista para que possam se comunicar. O serviço é grátis. O site, hoje, só funciona com o objetivo de arranjar parceiros para cruza, porém, Luis conta que já uniu casais de humanos, apaixonados por cachorros.

O veterinário Márcio Tormin Mollo, 30 anos, diz que outra alternativa para os donos é fazer anúncios em grandes sites de venda, como o Mercado Livre e OLX. Além disso, existem grupos no Facebook divididos pelas raças, onde os donos procuram parceiros. A recomendação do veterinário é que o dono procure um animal da mesma raça que o seu e, se for possível, do mesmo tamanho. “O problema de cruzar cães da tamanhos diferente é a hora do parto. A cadela não vai conseguir fazer o parto natural, vai precisar de cesárea”, adverte.

Márcio também comenta que a idade fértil dos pets pode variar. Cães de pequeno porte tendem a ser sexualmente ativos por mais tempo do que os grandões. Por fim, para quem tem menos afinidade com a tecnologia, ainda existe o jeito tradicional de encontrar um parceiro para o pet: muitos petshops da cidade fazem anúncios amorosos de animais e donos interessados numa linda ninhada.

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