Malhar após o jantar ajuda no combate contra o diabetes
As principais consequências do diabetes são complicações cardíacas, cegueira e doença vascular periférica
Correio Braziliense
Publicação:05/03/2015 15:00Atualização: 05/03/2015 16:27
Nesse período, segundo Jill Kanaley, professor do Departamento de Nutrição e Fisiologia do Exercício da universidade, há redução maior da glicose e dos níveis de gordura. “Esse estudo mostra que não é apenas a intensidade ou a duração do exercício que é importante, mas também o momento em que ele ocorre”, analisa.
Para chegar à conclusão, Kanaley e seus colegas estudaram indivíduos obesos e com diabetes tipo 2. Em uma parte do experimento, os voluntários tiveram que praticar exercícios de resistência — flexão de perna e abdominais, por exemplo — antes do jantar. Em outra parte, repetiram as atividades 45 minutos depois de se alimentarem.
As análises indicaram que, nos integrantes do primeiro grupo, houve a redução do nível de açúcar no sangue. Nos do segundo, caíram as taxas de açúcar e de gordura. Em ambos os casos, ele consumiram uma refeição moderada composta, principalmente, por carboidratos.
Kanaley acredita que os resultados são essenciais também para quem acompanha os pacientes com a doença metabólica. “Saber que o melhor momento para a atividade física é após uma refeição permite aos cuidadores personalizar prescrições de exercícios para otimizar os benefícios”, diz. O pesquisador ressalta, porém, que as melhorias nos níveis de açúcar no sangue e gordura dos participantes tiveram curta duração; não se estenderam para o dia seguinte.
Por isso, a importância da prática regular do exercício após o jantar. “Além disso, é natural que os níveis hormonais dos indivíduos se diferenciem ao longo do dia. Isso é outro fator a considerar na determinação do melhor momento para o exercício”, complementa. O próximo passo do estudo será analisar por que a prática de exercícios físicos durante a manhã causa efeitos diferentes da prática após o jantar.
“Indivíduos que se exercitam na manhã têm geralmente em jejum por 10 horas de antecedência”, observa Kanaley, antecipando um fator que pode estar ligado aos efeitos distintos. O grupo de estudiosos também pretende entender as razões de os níveis hormonais afetarem nos resultados dos exercícios físicos.
Complicações diversas
As principais consequências do diabetes são complicações cardíacas, cegueira e doença vascular periférica. Nenhum tratamento mantém a glicose do sangue em níveis normais, de acordo com o Manual Merck de Informação Médica. O objetivo das intervenções é evitar que os níveis dessa substância sejam demasiadamente elevados ou baixos. Em 2013, segundo o Ministério da Saúde, 6,9% da população brasileira tinham o diabetes tipo 2. A prevalência da doença vem crescendo desde 2006, quando ela atingia 5,5% das pessoas que viviam no país.
O abdominal é uma das atividades indicadas pelos pesquisadores: redução maior da glicose
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O aumento da quantidade de açúcares e gorduras no sangue, tornando o corpo insensível à quantidade de insulina — hormônio responsável pela redução da taxa de glicose —, caracteriza o diabetes tipo 2. Uma das principais recomendações às pessoas acometidas por essa doença metabólica é a prática de atividades físicas, principalmente para a prevenção de doenças cardiovasculares. Pesquisadores da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, identificaram o horário mais indicado para esse exercício estratégico: depois do jantar.- Pré-diabetes é um alerta para que o indivíduo mude estilo de vida drasticamente; fique atento aos sintomas
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Nesse período, segundo Jill Kanaley, professor do Departamento de Nutrição e Fisiologia do Exercício da universidade, há redução maior da glicose e dos níveis de gordura. “Esse estudo mostra que não é apenas a intensidade ou a duração do exercício que é importante, mas também o momento em que ele ocorre”, analisa.
Para chegar à conclusão, Kanaley e seus colegas estudaram indivíduos obesos e com diabetes tipo 2. Em uma parte do experimento, os voluntários tiveram que praticar exercícios de resistência — flexão de perna e abdominais, por exemplo — antes do jantar. Em outra parte, repetiram as atividades 45 minutos depois de se alimentarem.
As análises indicaram que, nos integrantes do primeiro grupo, houve a redução do nível de açúcar no sangue. Nos do segundo, caíram as taxas de açúcar e de gordura. Em ambos os casos, ele consumiram uma refeição moderada composta, principalmente, por carboidratos.
Kanaley acredita que os resultados são essenciais também para quem acompanha os pacientes com a doença metabólica. “Saber que o melhor momento para a atividade física é após uma refeição permite aos cuidadores personalizar prescrições de exercícios para otimizar os benefícios”, diz. O pesquisador ressalta, porém, que as melhorias nos níveis de açúcar no sangue e gordura dos participantes tiveram curta duração; não se estenderam para o dia seguinte.
Por isso, a importância da prática regular do exercício após o jantar. “Além disso, é natural que os níveis hormonais dos indivíduos se diferenciem ao longo do dia. Isso é outro fator a considerar na determinação do melhor momento para o exercício”, complementa. O próximo passo do estudo será analisar por que a prática de exercícios físicos durante a manhã causa efeitos diferentes da prática após o jantar.
“Indivíduos que se exercitam na manhã têm geralmente em jejum por 10 horas de antecedência”, observa Kanaley, antecipando um fator que pode estar ligado aos efeitos distintos. O grupo de estudiosos também pretende entender as razões de os níveis hormonais afetarem nos resultados dos exercícios físicos.
"Saber que o melhor momento para a atividade física é após uma refeição permite aos cuidadores personalizar prescrições de exercícios para otimizar os benefícios” - Jill Kanaley, professor do Departamento de Nutrição e Fisiologia do Exercício da Universidade de Missouri.
Complicações diversas
As principais consequências do diabetes são complicações cardíacas, cegueira e doença vascular periférica. Nenhum tratamento mantém a glicose do sangue em níveis normais, de acordo com o Manual Merck de Informação Médica. O objetivo das intervenções é evitar que os níveis dessa substância sejam demasiadamente elevados ou baixos. Em 2013, segundo o Ministério da Saúde, 6,9% da população brasileira tinham o diabetes tipo 2. A prevalência da doença vem crescendo desde 2006, quando ela atingia 5,5% das pessoas que viviam no país.