Cientistas garantem poder detectar ebola em menos de 12 minutos

Além de ser eficaz em prazos muito curtos é mais barato do que o sistema utilizado atualmente

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AFP - Agence France-Presse Publicação:10/04/2015 10:39Atualização:10/04/2015 10:45
Uma equipe de pesquisadores japoneses da Universidade de Nagasaki e do grupo Toshiba garantem que no final de março foi confirmada a confiabilidade de um teste de detecção do vírus ebola em menos de 12 minutos realizado na Guiné.

Os testes foram realizados entre 17 e 24 de março com amostras de 100 pacientes, com o dispositivo desenvolvido pelo professor Jiro Yasuda e um processo denominado transcrição reversa em cadeia com polimerase (RT-PCR), geralmente utilizados no local. Em 100% dos casos, os resultados de um método e outro método foram idênticos, ou seja, 47 positivos e 53 negativos.

Nos casos positivos, foi preciso meia hora para o método RT-PCR e apenas 11 minutos e 12 segundos com o método de Toshiba e Yasuda, da Universidade de Nagasaki.

Os pesquisadores japoneses afirmam que o procedimento além de ser eficaz em prazos muito curtos é mais barato do que o sistema utilizado atualmente.

É com base no que é denominado, na biologia, de uma sequência, que só amplifica os genes específicos do vírus Ebola quando estão presentes.

Quando há Ebola, o DNA específico do vírus é amplificado em poucos minutos, e caso contrário, o líquido da amostra fica turvo, o que fornece uma confirmação visual da infecção.

A Toshiba e a Universidade de Nagasaki indicam que o governo guineense tem se mostrado muito interessado na técnica e descobriu que a utilização deste método daria uma importante contribuição para a luta contra o vírus.

Atualmente os testes rápidos são desenvolvidos em vários países, particularmente nos Estados Unidos e na França, onde o Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) desenvolveu uma ferramenta que leva menos de 15 minutos para fazer o diagnóstico.

Transmitido pelo contato com fluidos corporais, o Ebola atinge a África Ocidental há cerca de um ano. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia já matou 10.500 pessoas dos 25.000 casos detectados principalmente na Libéria, na Guiné e em Serra Leoa.

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