Sociedade brasileira de geriatria lança campanha de prevenção ao herpes-zóster
O atraso no diagnóstico é um dos maiores problemas da infecção viral
A diretora científica da Seção São Paulo da entidade, Maisa Kairalla, informou que a melhor forma de identificar a doença é em uma consulta médica. Como sinais do herpes-zóster, ela apontou lesões vermelhas na pele e, com a evolução da doença, o aparecimento de criação de crostas escurecidas.
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O atraso no diagnóstico é um dos maiores problemas. “Em geral as pessoas procuram três médicos para fazer o diagnóstico, então há um retardo que prejudica o tratamento. O que a gente gostaria é que as pessoas pensassem realmente que pode ser herpes-zóster, para ser mais bem identificado. A pessoa precisa ter lesão de pele e ela coça e dói. Às vezes, a gente pensa que é um inseto ou uma alergia e, na verdade, são sintomas. No início, ela coça bastante e a pessoa procura um médico por isso. O melhor é procurar um médico”, aconselhou, em entrevista à Agência Brasil.
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Maisa Kairalla informou que o tratamento é feito à base de antivirais para tentar diminuir a replicação do vírus e a intensidade da doença. “O pior do herpes-zóster é uma consequência que ele traz, que é uma dor causada pela lesão do nervo onde ele se instalou. Isso pode durar anos e piora a qualidade de vida e reduz a funcionalidade do paciente, que muitas vezes fica deprimido porque não consegue nem se vestir. Se for um zóster ocular, pode cegar”, explicou.
A médica informou ainda que a doença tem maior incidência em idosos, e é por isso que a vacina é indicada para pessoas a partir dos 50 anos. Segundo ela, pesquisas dos Estados Unidos indicam que uma em cada três pessoas desenvolverá herpes-zóster durante a vida, atingindo 50% entre os indivíduos acima dos 85 anos de idade.
A diretora afirmou que no Brasil não existe um controle do número de pacientes, porque não é uma doença de notificação compulsória. “A gente tem muito retardo no diagnóstico ou não tem o diagnóstico, mas a gente estima que a população brasileira seja próxima dessa daí [das pesquisas americanas]”, destacou.
A médica espera que a campanha seja um alerta para que o Ministério da Saúde inclua a vacina no calendário oficial do país.