Produtos se multiplicam nas praleleiras: veja como escolher açúcar e sal
Esclareça dúvidas sobre as vantagens e desvantagens de cada tipo
Renata Rusky - Revista do CB
Publicação:29/06/2015 15:00Atualização: 29/06/2015 10:55
No Brasil, o puxão de orelhas é válido. Estudo do início deste ano, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), concluiu que, aqui, usa-se uma quantidade 55% maior de açúcar do que a recomendada. No caso do sal, a questão é ainda mais preocupante. O consumo diário do brasileiro é maior do que o dobro sugerido pela OMS — 12g, em vez dos 5g aconselhados.
Ainda que surjam inúmeras possibilidades menos danosas, poucos brasileiros têm ideia da importância de repensar a ingestão desses ingredientes. Essa ingestão exagerada destoa, inclusive, da autoavaliação dos consumidores. Dados compilados pelo IBGE por meio da pesquisa 2013 da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico mostrou que quase metade das pessoas avaliam o seu consumo diário de sal como médio.
O doce
No caso do açúcar, é importante que se entenda a existência de dois processos: o de produção - que resulta em diferente opções nas prateleiras dos supermercados, como cristal, refinado e de confeiteiro - e o químico - que pode se transformar em sacarose, glicose ou frutose. O açúcar que usamos em casa, de mesa, é sempre sacarose, cuja matéria-prima, no Brasil, é a cana-de-açúcar e, na Europa, a beterraba. O resultado é o mesmo.
A diferença entre os diversos tipos — refinado, cristal, mascavo, orgânico, demerara, de confeiteiro impalpável — está no processo, que origina grãos maiores ou menores. No caso do mascavo e do demerara, há uma pequena diferença nutricional também. No mercado, portanto, a saúde não é um fator decisivo na escolha sobre qual comprar. O endocrinologista e metabologista Eduardo Nunes Salles, no entanto, ressalta que o vilão da saúde não é o açúcar em si, mas a obesidade, que pode levar ao diabetes e a outras doenças.
A regra básica da nutrição é clara: qualquer alimento calórico demais deve ser consumido com cautela. Como em relação a calorias, os diferentes tipos são iguais — exceto as versões lights, a decisão depende mais do gosto de cada um e, segundo a chef Ivy Oliveira, da Cozinha Experimental União, principalmente, da receita em que ser vai usado. “Ele pode ter várias funções, além de adoçar, portanto, é importante conhecer bem a receita para acertar no tipo de açúcar e não colocar nem mais nem menos do que o necessário”, explica.
Cristal
Produção: o caldo de cana passa por processos de purificação, evaporação, cristalização, centrifugação e, por último, pela secagem. A partir dele, outros tipos de açúcar, como o refinado e o de confeiteiro, são obtidos. O cristal, portanto, passa por menos processos na hora de ser preparado.
Uso: pode ser utilizado para quase tudo, como no preparo de sucos, bolos e sobremesas.
Açúcar refinado
Produção: o açúcar cristal é diluído e a calda originada passa por diversos processos até chegar ao peneiramento, que dá origem a uma porção mais fina e outra, mais grossa. O refinado é a porção mais grossa.
Uso: bem semelhante ao cristal, mas, por ter grãos menores, dilui-se mais facilmente em líquidos.
Açúcar de confeiteiro
Produção: é a porção mais fina resultante do peneiramento da calda com açúcar cristal diluído.
Uso: utilizado especialmente na preparação de glacês e receitas mais delicadas.
Açúcar impalpável
Produção: ao açúcar de confeiteiro é adicionado amido, que faz com que ele absorva menos umidade e, portanto, não empedre com facilidade.
Uso: ele é a base para a preparação da pasta americana. Também é indicado para enfeitar pratos, já que não retém água e, por isso, não derrete.
Açúcar light
Produção: é uma mistura de açúcar refinado com sucralose, que tem um poder maior de adoçar, portanto, faz com que menos açúcar seja necessário e a ingestão calórica seja menor.
Uso: deve ser utilizado para quem pretende emagrecer.
Açúcar diet
Produção: 100% sucralose
Uso: indicado para diabéticos
Açúcar granulado
Produção: vem de uma fase anterior à da fabricação do açúcar cristal e, por isso, tem grãos maiores.
Uso: caldas que devem ficar brilhantes e não açucarar com facilidade.
Açúcar mascavo
Produção: não passa por refinamento, o que faz com que a qualidade nutricional seja maior em relação aos outros tipos de açúcar. É escuro e apresenta vitaminas e minerais que não estão presentes na versão refinada.
Uso: pode ser utilizado em qualquer receita, mas influencia no sabor final do prato, pois tem sabor mais intenso do que o cristal, por exemplo.
Açúcar demerara
Produção: passa por mais uma etapa de processamento em relação ao açúcar mascavo, o que retira um pouco mais do sabor de cana-de-açúcar, assim como alguns nutrientes, mas ainda mantém maior valor nutricional do que os outros tipos.
Uso: em diferentes receitas, desde que não influencie no sabor do prato.
Açúcar orgânico
Produção: tem certificação da Associação de Certificação Instituto Biodinâmico. A cana-de-açúcar utilizada em sua fabricação é cultivada de forma natural, sem fertilizantes químicos. Além disso, a fabricação do produto utiliza processos apoiados na sustentabilidade do meio ambiente, do plantio à etapa final.
Uso: tem as mesmas características nutricionais do açúcar mascavo. Mantém altos os teores de cálcio e o ferro, pois não passa por refinamento.
O salgado
Diferentemente dos açúcares, os variados tipos de sal podem ter efeitos diversos na saúde do consumidor. “Alguns acabam sendo mais saudáveis por terem a composição diferente”, afirma Nelo Linguanotto, especialista em ervas, especiarias e pimentas. Como exemplo, ele cita o sal do Himalaia, que tem 50% a menos de sódio. Apesar de necessário em pequenas doses - o sódio é responsável pela manutenção do equilíbrio e distribuição dos líquidos corporais dentro e fora das células, além de contribuir para a contração muscular e transmissão dos impulsos nervosos e ritmo cardíaco. Ele permite o bom funcionamento do cérebro e o controle adequado das funções vitais do organismo -, em excesso, provoca retenção de líquidos e aumento no volume de sangue. As artérias não estão acostumadas a abrir passagem para tanto líquido, constringem-se, reduzindo o espaço interno. “Com o tempo, a pressão alta pode danificar as artérias dos órgãos vitais, como coração, cérebro e rins. Daí, cresce o risco de infarto, derrame e insuficiência renal crônica”, explica o cardiologista Paulo Franco de Oliveira, do Hospital do Coração de Curitiba. É preciso atenção porque o sódio que consumimos não vem apenas do sal, mas de produtos industrializados. O Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação estipularam em 2012 a redução do uso da substância nos caldos, temperos, margarinas e cereais matinais. A expectativa é que a quantidade de sódio no mercado seja reduzida em pelo menos 8,8 mil toneladas até 2020.
Sal refinado
Produção: além de ter bastante sódio, leva aditivos como o iodeto e agentes antiaglomerantes.
Recomendação: uso moderado na preparação de alimentos.
Sal light
Produção: é uma mistura de cloretos de sódio e de potássio e tem menos sódio. O potássio regula a retenção de líquidos dentro das células, enquanto o sódio age fora delas.
Recomendação: ideal para pessoas com hipertensão, mas não é indicado a quem tem doenças renais, já que problemas nos rins levam ao acúmulo de potássio no corpo, o que aumenta os riscos de problemas cardíacos.
Flor de sal
Produção: conhecida como uma das mais delicadas versões do produto. A extração é feita em tanques próximos ao mar, que abrem e guardam um pouco da água do oceano. Durante o processo de evaporação, uma camada fina de sal surge na superfície do líquido: essa é a flor de sal. Apesar de haver versões nacionais, o mais famoso é o da região de Guérande, no norte da França.
Recomendação: por ser muito caro e crocante, aconselha-se colocar na comida já pronta.
Sal rosa
Produção: é extraído tanto no Peru, no Vale Sagrado dos Incas, quanto no Himalaia. O segundo tem 50% menos sódio do que o sal refinado e, o peruano, tem uma concentração ainda menor. A cor rosada é decorrente da presença de outros minerais na fórmula, como cálcio, ferro e fosfato.
Recomendação: pode ser usado no preparo de carnes, aves e peixes, além de saladas e legumes. Por causa da cor, cai muito bem na finalização e decoração de alguns pratos.
Sal defumado
Produção: na França, ele é feito a partir da fumaça fria vinda da queima de barris de carvalho usados no envelhecimento de vinho. Em outras localidades, a fumaça vem da queima de uma madeira aromática, como cerejeira.
Recomendação: combina com pratos vegetarianos, carnes, aves e peixes. Tem quase a mesma quantidade de sódio do sal comum.
Sal negro
Produção: segundo Nelo Linguanotto, especialista em ervas, especiarias e pimentas, esse sal não está disponível na natureza, trata-se de um produto “temperado”. Depois de derretido, são acrescentado três tipos de amora e diversas ervas. Em seguida, seca-se e quebra-se, resultando em um produto com propriedades medicinais muito usado em medicina ayurvédica.
Recomendação: crocante e muito solúvel, é ideal para ser adicionado a molhos, saladas e massas.
Sal marinho
Produção: é obtido pela evaporação da água do mar e o conteúdo mineral confere um sabor diferente do tradicional sal de mesa, extraído a partir de rochas. No Brasil, é o tipo mais comum e mais barato. Bastante produzido no Rio Grande do Norte.
Recomendação: considerado uma alternativa mais saudável ao sal refinado.
Saiba mais...
Sal e açúcar são considerados vilões para a saúde e isso tem provocado um movimento em busca de alternativas aos dois. Aparecem, então, no mercado, tipos orgânicos, estrangeiros, lights e uma infinidade de opções que se dizem mais saudáveis ou menos agressivas. Mas, para o consumidor, fica a dúvida sobre a diferença real entre todas as alternativas disponíveis. Os especialistas, no entanto, advertem que, seja ela qual for, moderação é a ordem. “O grande problema é que tudo em exagero faz mal”, resume o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, João Eduardo Nunes Salles.- OMS recomenda 50 gramas de açúcar por dia
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No Brasil, o puxão de orelhas é válido. Estudo do início deste ano, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), concluiu que, aqui, usa-se uma quantidade 55% maior de açúcar do que a recomendada. No caso do sal, a questão é ainda mais preocupante. O consumo diário do brasileiro é maior do que o dobro sugerido pela OMS — 12g, em vez dos 5g aconselhados.
Ainda que surjam inúmeras possibilidades menos danosas, poucos brasileiros têm ideia da importância de repensar a ingestão desses ingredientes. Essa ingestão exagerada destoa, inclusive, da autoavaliação dos consumidores. Dados compilados pelo IBGE por meio da pesquisa 2013 da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico mostrou que quase metade das pessoas avaliam o seu consumo diário de sal como médio.
Qualquer alimento calórico demais deve ser consumido com cautela
O doce
No caso do açúcar, é importante que se entenda a existência de dois processos: o de produção - que resulta em diferente opções nas prateleiras dos supermercados, como cristal, refinado e de confeiteiro - e o químico - que pode se transformar em sacarose, glicose ou frutose. O açúcar que usamos em casa, de mesa, é sempre sacarose, cuja matéria-prima, no Brasil, é a cana-de-açúcar e, na Europa, a beterraba. O resultado é o mesmo.
A diferença entre os diversos tipos — refinado, cristal, mascavo, orgânico, demerara, de confeiteiro impalpável — está no processo, que origina grãos maiores ou menores. No caso do mascavo e do demerara, há uma pequena diferença nutricional também. No mercado, portanto, a saúde não é um fator decisivo na escolha sobre qual comprar. O endocrinologista e metabologista Eduardo Nunes Salles, no entanto, ressalta que o vilão da saúde não é o açúcar em si, mas a obesidade, que pode levar ao diabetes e a outras doenças.
A regra básica da nutrição é clara: qualquer alimento calórico demais deve ser consumido com cautela. Como em relação a calorias, os diferentes tipos são iguais — exceto as versões lights, a decisão depende mais do gosto de cada um e, segundo a chef Ivy Oliveira, da Cozinha Experimental União, principalmente, da receita em que ser vai usado. “Ele pode ter várias funções, além de adoçar, portanto, é importante conhecer bem a receita para acertar no tipo de açúcar e não colocar nem mais nem menos do que o necessário”, explica.
Cristal
Produção: o caldo de cana passa por processos de purificação, evaporação, cristalização, centrifugação e, por último, pela secagem. A partir dele, outros tipos de açúcar, como o refinado e o de confeiteiro, são obtidos. O cristal, portanto, passa por menos processos na hora de ser preparado.
Uso: pode ser utilizado para quase tudo, como no preparo de sucos, bolos e sobremesas.
Açúcar refinado
Produção: o açúcar cristal é diluído e a calda originada passa por diversos processos até chegar ao peneiramento, que dá origem a uma porção mais fina e outra, mais grossa. O refinado é a porção mais grossa.
Uso: bem semelhante ao cristal, mas, por ter grãos menores, dilui-se mais facilmente em líquidos.
Açúcar de confeiteiro
Produção: é a porção mais fina resultante do peneiramento da calda com açúcar cristal diluído.
Uso: utilizado especialmente na preparação de glacês e receitas mais delicadas.
Açúcar impalpável
Produção: ao açúcar de confeiteiro é adicionado amido, que faz com que ele absorva menos umidade e, portanto, não empedre com facilidade.
Uso: ele é a base para a preparação da pasta americana. Também é indicado para enfeitar pratos, já que não retém água e, por isso, não derrete.
Açúcar light
Produção: é uma mistura de açúcar refinado com sucralose, que tem um poder maior de adoçar, portanto, faz com que menos açúcar seja necessário e a ingestão calórica seja menor.
Uso: deve ser utilizado para quem pretende emagrecer.
Açúcar diet
Produção: 100% sucralose
Uso: indicado para diabéticos
Açúcar granulado
Produção: vem de uma fase anterior à da fabricação do açúcar cristal e, por isso, tem grãos maiores.
Uso: caldas que devem ficar brilhantes e não açucarar com facilidade.
Açúcar mascavo
Produção: não passa por refinamento, o que faz com que a qualidade nutricional seja maior em relação aos outros tipos de açúcar. É escuro e apresenta vitaminas e minerais que não estão presentes na versão refinada.
Uso: pode ser utilizado em qualquer receita, mas influencia no sabor final do prato, pois tem sabor mais intenso do que o cristal, por exemplo.
Açúcar demerara
Produção: passa por mais uma etapa de processamento em relação ao açúcar mascavo, o que retira um pouco mais do sabor de cana-de-açúcar, assim como alguns nutrientes, mas ainda mantém maior valor nutricional do que os outros tipos.
Uso: em diferentes receitas, desde que não influencie no sabor do prato.
Açúcar orgânico
Produção: tem certificação da Associação de Certificação Instituto Biodinâmico. A cana-de-açúcar utilizada em sua fabricação é cultivada de forma natural, sem fertilizantes químicos. Além disso, a fabricação do produto utiliza processos apoiados na sustentabilidade do meio ambiente, do plantio à etapa final.
Uso: tem as mesmas características nutricionais do açúcar mascavo. Mantém altos os teores de cálcio e o ferro, pois não passa por refinamento.
Variados tipos de sal podem ter efeitos diversos na saúde do consumidor
Diferentemente dos açúcares, os variados tipos de sal podem ter efeitos diversos na saúde do consumidor. “Alguns acabam sendo mais saudáveis por terem a composição diferente”, afirma Nelo Linguanotto, especialista em ervas, especiarias e pimentas. Como exemplo, ele cita o sal do Himalaia, que tem 50% a menos de sódio. Apesar de necessário em pequenas doses - o sódio é responsável pela manutenção do equilíbrio e distribuição dos líquidos corporais dentro e fora das células, além de contribuir para a contração muscular e transmissão dos impulsos nervosos e ritmo cardíaco. Ele permite o bom funcionamento do cérebro e o controle adequado das funções vitais do organismo -, em excesso, provoca retenção de líquidos e aumento no volume de sangue. As artérias não estão acostumadas a abrir passagem para tanto líquido, constringem-se, reduzindo o espaço interno. “Com o tempo, a pressão alta pode danificar as artérias dos órgãos vitais, como coração, cérebro e rins. Daí, cresce o risco de infarto, derrame e insuficiência renal crônica”, explica o cardiologista Paulo Franco de Oliveira, do Hospital do Coração de Curitiba. É preciso atenção porque o sódio que consumimos não vem apenas do sal, mas de produtos industrializados. O Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação estipularam em 2012 a redução do uso da substância nos caldos, temperos, margarinas e cereais matinais. A expectativa é que a quantidade de sódio no mercado seja reduzida em pelo menos 8,8 mil toneladas até 2020.
Sal refinado
Produção: além de ter bastante sódio, leva aditivos como o iodeto e agentes antiaglomerantes.
Recomendação: uso moderado na preparação de alimentos.
Sal light
Produção: é uma mistura de cloretos de sódio e de potássio e tem menos sódio. O potássio regula a retenção de líquidos dentro das células, enquanto o sódio age fora delas.
Recomendação: ideal para pessoas com hipertensão, mas não é indicado a quem tem doenças renais, já que problemas nos rins levam ao acúmulo de potássio no corpo, o que aumenta os riscos de problemas cardíacos.
Flor de sal
Produção: conhecida como uma das mais delicadas versões do produto. A extração é feita em tanques próximos ao mar, que abrem e guardam um pouco da água do oceano. Durante o processo de evaporação, uma camada fina de sal surge na superfície do líquido: essa é a flor de sal. Apesar de haver versões nacionais, o mais famoso é o da região de Guérande, no norte da França.
Recomendação: por ser muito caro e crocante, aconselha-se colocar na comida já pronta.
Sal rosa
Produção: é extraído tanto no Peru, no Vale Sagrado dos Incas, quanto no Himalaia. O segundo tem 50% menos sódio do que o sal refinado e, o peruano, tem uma concentração ainda menor. A cor rosada é decorrente da presença de outros minerais na fórmula, como cálcio, ferro e fosfato.
Recomendação: pode ser usado no preparo de carnes, aves e peixes, além de saladas e legumes. Por causa da cor, cai muito bem na finalização e decoração de alguns pratos.
Sal defumado
Produção: na França, ele é feito a partir da fumaça fria vinda da queima de barris de carvalho usados no envelhecimento de vinho. Em outras localidades, a fumaça vem da queima de uma madeira aromática, como cerejeira.
Recomendação: combina com pratos vegetarianos, carnes, aves e peixes. Tem quase a mesma quantidade de sódio do sal comum.
Sal negro
Produção: segundo Nelo Linguanotto, especialista em ervas, especiarias e pimentas, esse sal não está disponível na natureza, trata-se de um produto “temperado”. Depois de derretido, são acrescentado três tipos de amora e diversas ervas. Em seguida, seca-se e quebra-se, resultando em um produto com propriedades medicinais muito usado em medicina ayurvédica.
Recomendação: crocante e muito solúvel, é ideal para ser adicionado a molhos, saladas e massas.
Sal marinho
Produção: é obtido pela evaporação da água do mar e o conteúdo mineral confere um sabor diferente do tradicional sal de mesa, extraído a partir de rochas. No Brasil, é o tipo mais comum e mais barato. Bastante produzido no Rio Grande do Norte.
Recomendação: considerado uma alternativa mais saudável ao sal refinado.