Mãe e pai com deficiência visual conseguem 'ver' rosto da filha com impressão 3D de ultrassom
"Foi muito importante porque tive noção de como era o rostinho da Natália antes dela nascer e pude ver como ela era parecida comigo e com o pai"
Correio Braziliense
Publicação:22/09/2015 10:15
“O médico não altera nada do que ele normalmente já faz. A diferença é que ele precisa salvar o exame com um protocolo próprio para trabalharmos com nossa tecnologia”, explica Fernando Flores, fundador da startup 3D Portos.
A empresa de Porto Alegre busca inclusão social para pais com deficiência visual durante a gravidez. Be4Birth é o nome do serviço que converte exames de ultrassom obstétricos em objetos impressos.
Para Carlise, o serviço mostra que a inclusão social está chegando à medicina. Ela acredita que outras mães gostariam de ter a mesma experiência.
A empresa presta o serviço em duas clínicas obstétricas em Porto Alegre mas a ideia é ampliar a oferta para outros estabelecimentos do tipo. “Conseguimos atender o país todo daqui”, planeja Flores. O serviço da empresa não é limitado para o público com deficiência visual, qualquer pessoa pode adquirir artigos decorativos com o ultrassom 3D.
Saiba mais...
Carlise e Jorge Vieira, a exemplo de outros casais à espera do primeiro filho, se prepararam com ansiedade para receber a pequena Natália, mas eles não poderiam ver a filha no ultrassom: os dois têm deficiência visual e sonhavam com a criança com base apenas no relato da médica. Durante o sexto mês de gravidez, eles puderam ter o exame de ultrassom impresso em 3D para conhecer o rosto da filha: “Foi muito importante porque tive noção de como era o rostinho da Natália antes dela nascer e pude ver como ela era parecida comigo e com o pai. Como não posso enxergar como as demais mães, isso me supriu a falta de visão”.- Ação vai colocar pessoas sem deficiência em situações enfrentadas por cadeirantes no dia a dia
- Inclusão de crianças com Síndrome de Down exige mais professores na escola
- Programa de inclusão social diminui em até 90% internações em hospitais
- Sociólogo cria software gratuito para facilitar a navegação de pessoas com deficiência visual na internet
- USP desenvolve equipamento que faz cegos perceberem obstáculos por meio dos sons
Rosto da filha de Carlise e Jorge Vieira acompanha o nome em braille
A empresa de Porto Alegre busca inclusão social para pais com deficiência visual durante a gravidez. Be4Birth é o nome do serviço que converte exames de ultrassom obstétricos em objetos impressos.
Para Carlise, o serviço mostra que a inclusão social está chegando à medicina. Ela acredita que outras mães gostariam de ter a mesma experiência.
A empresa presta o serviço em duas clínicas obstétricas em Porto Alegre mas a ideia é ampliar a oferta para outros estabelecimentos do tipo. “Conseguimos atender o país todo daqui”, planeja Flores. O serviço da empresa não é limitado para o público com deficiência visual, qualquer pessoa pode adquirir artigos decorativos com o ultrassom 3D.