Mahamudra: técnica criada por brasileiros une exercícios de alto impacto a práticas meditativas

Promessa é trabalhar corpo, mente e espírito

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Revista do CB - Correio Braziliense Publicação:07/11/2015 10:00Atualização:30/10/2015 17:05
Modalidade de treinamento une ioga, meditação, crossfit e artes marciais (Mahamudra Brasil / Divulgação )
Modalidade de treinamento une ioga, meditação, crossfit e artes marciais
Como seria uma atividade física que mistura de três a quatro modalidades, é focada na saúde espiritual e não apenas no fitness? Essa prática existe e se chama mahamudra, também classificada como um método de desenvolvimento humano. Criada pelo ex-modelo César Curti, 28 anos, a mahamudra é baseada em uma vertente homônima do budismo tibetano — em sânscrito, o nome significa “grande gesto”.

César passou sete anos morando na Ásia e, em 2013, ao retornar ao Brasil, buscou criar, ao lado de amigos, uma modalidade de treinamento que unisse ioga, meditação, crossfit e artes marciais. O propósito da mahamudra é garantir a saúde em três pilares, igualmente importantes e interligados entre si: corpo, mente e espírito. Um de seus preceitos é que a felicidade plena não pode ser alcançada com algum aspecto da vida negligenciado, ainda que a pessoa obtenha sucesso absoluto nos demais.

Para isso, é importante unir esportes que, por terem enfoques diferentes, quando associados trazem mais benefícios ao indivíduo do que práticas isoladas. As turmas contam com cerca de 25 alunos, divididos nas categorias iniciante, intermediário e avançado. A atividade é feita preferencialmente ao ar livre e dividida em fases, como aquietamento, soltura articular, aquecimento, treinamento de técnicas específicas, workout, relaxamento e finalização. De início, são feitos exercícios de respiração e meditação para preparar as partes física e psicológica. Em seguida, começam movimentos intensos e sem pausa, que prometem manter a frequência cardíaca elevada e, consequentemente, trazer queima de calorias e condicionamento físico. Muitos dos exercícios são feitos em duplas ou grupo, como usar colegas como pesos durante agachamentos. Há ainda a prática dos circuitos, em que um praticante só encerra a atividade quando o colega tiver completado um percurso.

Uma aula totaliza 70 minutos e pode chegar a queimar mais de mil calorias, dependendo do metabolismo e da intensidade individuais. Alguns dos movimentos foram criados pela própria equipe do mahamudra e, por isso, exibem “apelidos”, como burpee Kamikaze, a barra Viking e a flexão Peruci.

Hoje, o grupo conta com quatro centros autorizados: Salvador, São Bernardo do Campo, São Paulo e Los Angeles. Só no Brasil, a mahamudra já arrebanhou mais de 1.400 praticantes e, como as turmas são limitadas, há uma grande fila de espera. Segundo a Mahamudra Brasil, Brasília é uma das cidades que mais requisita a atividade, assim como o Rio de Janeiro, mas ainda não há previsão de abertura da franquia. A equipe de todas as filiais é formada por sete life style coaching (educadores físicos que ministram as aulas) com especialidades variadas, como escalada e muay thai, por exemplo. Há grupos diários e praticantes dos 17 aos 60 anos.

A mahamudra surgiu entre famosos. O idealizador César Curti (veja vídeos abaixo) atualmente divide um apartamento com o ex-BBB Jonas Sulzbach, que pretende tornar-se instrutor da prática. Participam dos treinamentos também a atriz Karina Bacchi, a cantora Alinne Rosa, e o casal de blogueiros Gabriela Pugliesi e Erasmo Viana, que também são amigos de César.





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