Mortalidade materna registra redução de 44% no mundo em 25 anos
Estudo publicado pela OMS mostra queda expressiva, mas progressos são desiguais, já que 99% das mortes acontecem nos países em desenvolvimento
Agência Estado
Publicação:12/11/2015 10:13
A mortalidade materna registrou uma queda expressiva no mundo nos últimos 25 anos, mas apenas nove países alcançaram as metas da ONU nesta área, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "O relatório mostra que no fim de 2015 a mortalidade materna global terá registrado uma redução de 44% na comparação com o nível de 1990", afirmou Lale Say, coordenadora do departamento de saúde genética da OMS.
A mortalidade materna registrou uma queda expressiva no mundo nos últimos 25 anos, mas apenas nove países alcançaram as metas da ONU nesta área, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (12/11) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "O relatório mostra que no fim de 2015 a mortalidade materna global terá registrado uma redução de 44% na comparação com o nível de 1990", afirmou Lale Say, coordenadora do departamento de saúde genética da OMS.
"É um progresso enorme, mas os progressos são desiguais no mundo porque 99% das mortes acontecem nos países em desenvolvimento", completou durante uma entrevista coletiva. Melhorar a saúde das mães era um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) aprovados no ano 2000. O quinto era reduzir em 75% a mortalidade materna entre 1990 e 2015.
Segundo o estudo, publicado simultaneamente na revista médica britânica The Lancet, 303.000 mulheres morreram em 2015 em consequência de complicações durante ou depois da gravidez, durante o parto ou nas semanas posteriores. Atualmente a taxa de mortalidade materna é de 216 mortes para cada 100.000 nascimentos, contra o índice 385 mortes para cada 100.000 partos em 1990.
As complicações durante a gravidez ou o parto representam a principal causa de óbito entre as adolescentes na maioria dos países em desenvolvimento. Apenas nove países (Butão, Cabo Verde, Camboja, Irã, Laos, Maldivas, Mongólia, Ruanda e Timor Leste) conseguiram alcançar a meta da ONU. Outras 39 nações registraram "progressos significativos", afirmou Lale Say.
Os maiores avanços aconteceram no leste da Ásia, com uma redução de 72% da mortalidade materna entre 1990 e 2015. A África Subsaariana continua sendo a região mais afetada, com 66% dos casos (duas mortes em cada três), segundo a OMS. Apesar do número, a situação na região melhorou e a taxa de mortalidade caiu 45% em 25 anos (de 987 mortes para cada 100.000 nascimentos a 546).
Nos países desenvolvidos, a mortalidade materna caiu 48%. Apesar dos avanços, a ONU estabeleceu uma nova meta: menos de 70 mortes para cada 100.000 nascimentos até 2030.
As complicações durante a gravidez ou o parto representam a principal causa de óbito ( AFP PHOTO / GENT SHKULLAKU )
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"É um progresso enorme, mas os progressos são desiguais no mundo porque 99% das mortes acontecem nos países em desenvolvimento", completou durante uma entrevista coletiva. Melhorar a saúde das mães era um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) aprovados no ano 2000. O quinto era reduzir em 75% a mortalidade materna entre 1990 e 2015.A mortalidade materna registrou uma queda expressiva no mundo nos últimos 25 anos, mas apenas nove países alcançaram as metas da ONU nesta área, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (12/11) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "O relatório mostra que no fim de 2015 a mortalidade materna global terá registrado uma redução de 44% na comparação com o nível de 1990", afirmou Lale Say, coordenadora do departamento de saúde genética da OMS.
"É um progresso enorme, mas os progressos são desiguais no mundo porque 99% das mortes acontecem nos países em desenvolvimento", completou durante uma entrevista coletiva. Melhorar a saúde das mães era um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) aprovados no ano 2000. O quinto era reduzir em 75% a mortalidade materna entre 1990 e 2015.
Segundo o estudo, publicado simultaneamente na revista médica britânica The Lancet, 303.000 mulheres morreram em 2015 em consequência de complicações durante ou depois da gravidez, durante o parto ou nas semanas posteriores. Atualmente a taxa de mortalidade materna é de 216 mortes para cada 100.000 nascimentos, contra o índice 385 mortes para cada 100.000 partos em 1990.
As complicações durante a gravidez ou o parto representam a principal causa de óbito entre as adolescentes na maioria dos países em desenvolvimento. Apenas nove países (Butão, Cabo Verde, Camboja, Irã, Laos, Maldivas, Mongólia, Ruanda e Timor Leste) conseguiram alcançar a meta da ONU. Outras 39 nações registraram "progressos significativos", afirmou Lale Say.
Os maiores avanços aconteceram no leste da Ásia, com uma redução de 72% da mortalidade materna entre 1990 e 2015. A África Subsaariana continua sendo a região mais afetada, com 66% dos casos (duas mortes em cada três), segundo a OMS. Apesar do número, a situação na região melhorou e a taxa de mortalidade caiu 45% em 25 anos (de 987 mortes para cada 100.000 nascimentos a 546).
Nos países desenvolvidos, a mortalidade materna caiu 48%. Apesar dos avanços, a ONU estabeleceu uma nova meta: menos de 70 mortes para cada 100.000 nascimentos até 2030.