Inovações a favor da saúde: aplicativos podem ajudar você a alcançar suas metas
Avanços tecnológicos possibilitam avaliar a progressão do desempenho de uma pessoa em relação à sua meta e até mesmo prevenir lesões. Veja o que deve ser levado em conta na hora de escolher uma modalidade
Valéria Mendes - Saúde Plena
Publicação:01/12/2015 10:00Atualização: 04/12/2015 11:12
Mas não é só no esporte profissional que as inovações tecnológicas têm impactado positivamente a avaliação do desempenho. “São várias as ferramentas que ajudam a melhorar a performance de várias modalidades. No caso da corrida, relógios com GPS acoplado consegue mostrar, por exemplo, como está o esforço do corredor, além de dar um feedback de como foi o progresso na direção do objetivo que a pessoa tem, seja ele correr mais rápido, ir mais longe ou simplesmente emagrecer”, ilustra a diretora técnica da Companhia Athletica, Mônica Marques.
A especialista cita aplicativos para celulares que relacionam atividade física e nutrição ao fazer a conta para a pessoa do consumo de caloria diário e o gasto calórico com a atividade física. Ela indica o app MyFitnessPal (para Android, para Iphone) que, além de contabilizar as calorias ingeridas é capaz de mostrar quanto foi a ingestão de proteína, carboidrato e gordura.
Um outro aplicativo que a especialista recomenda e pode ser usado pelos ciclistas é o Strava (para Android e para Iphone). “Acoplado a um GPS ele mostra além do percurso, a frequência cardíaca no treino e as calorias que foram gastas”, diz. Monica Marques cita ainda os softwares de musculação: “vídeos mostram para o aluno ou a aluna o movimento do exercício. No dia que a pessoa falta ao treino, o sistema monta um programa de exercícios que pode ser feito em casa sem equipamento”.
Professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Albená Nunes da Silva diz, no entanto, que apesar das inúmeras inovações tecnológicas com cardiofrequencímetros sofisticados, equipamentos mais seguros ergonomicamente e biomecanicamente mais eficientes, o que mais tem surtido um efeito benéfico na sociedade em relação à prática de uma atividade física “são os avanços nas pesquisas que mostram principalmente como o exercício físico funciona e como o organismo responde a determinados tipos de exercícios. Isso gera um melhor entendimento da função de um determinado protocolo de exercício. Hoje, um aluno lê um artigo cientifico e vai para a academia para discutir o assunto com o profissional de educação física”, pondera.
Do fitness ao wellness
A diretora técnica da Companhia Athletica, Mônica Marques diz que o conceito da atividade física em academias está em transformação. No início da década de 80 até os anos 2000, a grande maioria das pessoas, segundo ela, procurava uma academia por motivos estéticos, especificamente para emagrecimento. Nesse período o foco era o fitness, mas agora estamos no caminho da consolidação do conceito 'wellness' (bem-estar). “O foco agora é a atividade física como promotora de saúde e esse é um movimento global. O American College of Sports Medicine, por exemplo, lançou uma iniciativa global – o Exercise is Medicine (em tradução livre, Exercício é remédio), que visa divulgar os efeitos benéficos da atividade física que deve ser recomendada pelo médico a seus pacientes”, cita.
Segundo ela, vários estudos têm mostrado que o exercício é parte integrante no tratamento de várias doenças como hipertensão, obesidade, diabetes, síndrome metabólica e doenças relacionadas ao estresse.
Musculação
Apesar de muito se ouvir falar das diversas modalidades intituladas ‘funcionais’ e do crescimento do número de academias exclusivas de Crossfit, a musculação continua sendo a atividade física mais procurada nas academias Brasil afora. Entre 2006 e 2013, a prática da musculação cresceu 50% entre os brasileiros e as brasileiras. O dado é do estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. No entanto, a atividade mais praticada entre os entrevistados ainda é a caminhada. Já o futebol, tem tido uma redução no número de adeptos.
Educador físico, personal e orientador da Companhia Athletica - Unidade BH, Igor Surian afirma que a ciência tem demonstrado ao longo dos anos que a musculação é eficiente para o emagrecimento e tratamento da obesidade. “A modalidade também auxilia a prevenir e tratar a osteoporose e a aterosclerose - ao diminuir o colesterol ruim e elevar o bom colesterol -, a hipertensão arterial, a diabetes, além de auxiliar seus praticantes a terem uma maior expectativa de vida e adquirirem uma maior independência física ao longo de toda a vida”.
O professor explica ainda que “a musculação aumenta significantemente a massa corporal magra e metabolicamente ativa do corpo que vai resultar em um maior gasto de energia diário e, por isso, auxiliar no emagrecimento e na perda de peso”. Ao contrário do que se pensa e do que muitas vezes é reforçado pela mídia com padrões de beleza do corpo sequinho e malhado, Mônica Marques afirma que apenas 2% dos alunos de academia tem como objetivo a hipertrofia.
Exercícios funcionais
Em relação aos exercícios funcionais, Igor Surian saliente que esse tipo de treinamento busca uma maior qualidade do movimento enquanto trabalha os 29 pares de músculos que estabilizam o tronco. Segundo ele, esse tipo de exercício traz resultados expressivos para glúteos, abdômen, lombar e oblíquos. “Os estudos disponíveis demonstram que os exercícios funcionais são excelentes para o treinamento da flexibilidade, da coordenação motora e do equilíbrio com resultados promissores para melhora da força e da capacidade respiratória em alunos com nível de condicionamento baixo a moderado”. O especialista aponta que outra vantagem é o fato de grande parte dos exercícios não necessitarem de equipamentos para a sua realização, pois se baseiam nos movimentos naturais do ser humano tais como pular, correr, puxar, agachar, girar e empurrar.
Hugo Cesar Martins Costa reconhece que os treinamentos funcionais ocuparam um espaço importante dentre as modalidades ofertadas nas academias, mas reforça que esse tipo de treino não é inédito. “Isso já tem sido feito há décadas no campo esportivo e muito antes do treinamento funcional ser ofertado dentro dos pacotes de atividades das academias, vários profissionais já pensavam nas demandas individuas das pessoas ao prescreverem exercícios nestes espaços”, reforça.
Para ele, o próprio termo “funcional” é algo que também merece atenção. “Dizer que um exercício é “funcional” significa dizer que outro exercício ofertado na academia talvez não seja, que não permita desenvolver uma certa funcionalidade. Por exemplo, embora a realização do treinamento de membros inferiores no equipamento de musculação denominado 'leg press' não corresponda exatamente a uma tarefa da vida diária de um idoso, é esperado que o ganho de força obtido por esse treinamento afete positivamente a capacidade desse mesmo idoso em subir um lance de escadas”, exemplifica.
Assim, não é possível dizer que o treinamento funcional seja uma modalidade totalmente inovadora nas academias de ginástica e nem mesmo que sua prática proporcionará os melhores resultados para os praticantes quando comparado com outras modalidades.
Crossfit
O Crossfit é um exemplo dos novos métodos de treinamento funcional que se caracteriza pela realização de exercícios constantemente variados e em alta intensidade. “Apesar de existirem poucos estudos consolidados sobre essa atividade, a modalidade traz grandes benefícios para a manutenção do condicionamento cardiovascular e da força”, afirma Igor Surian.
Segundo ele, entre os benefícios específicos do Crossfit estão resistência cardiorrespiratória, força, vigor, potência, velocidade, coordenação, flexibilidade, agilidade, equilíbrio e precisão. O educador físico alerta, no entanto, para o risco elevado de lesões se a atividade física for mal orientada.
Como escolher
Albená Nunes da Silva diz que “não acredita na ideia de que uma atividade física é melhor que outra”, mas reforça que os benefícios variam dependendo da modalidade escolhida. Na hora de fazer sua escolha, o educador físico recomenda que a pessoa se faça algumas perguntas: “O que eu quero com esta prática? O que eu espero como resposta adaptativa? Quero emagrecer? Quero hipertrofiar? Quero melhorar aspectos gerais da saúde? A partir daí procurar um bom educador físico”.
Diante da vasta oferta de opções em atividade física, o especialista ressalta que nem sempre o surgimento de uma modalidade significa novidade, “mas apenas uma roupagem diferente de meios e formas de treinamento que já existem há muitos anos”.
Para Hugo Cesar Martins Costa é possível dizer que boa parte das atividades ofertadas nas academias tem impactos semelhantes na aptidão física das pessoas. “Participar de uma aula de Jump ou de Step, modalidades coletivas e orientadas por um ritmo musical, trazem impactos semelhantes para a saúde cardiovascular do praticante. Nesse sentido, pensando nas adaptações corporais esperadas, talvez a criação de uma nova modalidade não represente necessariamente uma novidade”, explica.
No entanto, segundo ele, embora existam semelhanças no formato e nos benefícios de algumas modalidades, diferenças nas aulas podem interferir na preferência do praticante. Há a expectativa de que a diversificação de modalidades ao longo do tempo seja algo importante para motivar as pessoas e, portanto, desestimular a inatividade física.
Mônica Marques diz que a quantidade de modalidades existentes nas academias refletem o interesse de diversas faixas etárias. “Quanto mais jovem é a pessoa, maior é a preocupação estética. A partir dos 40 anos, notamos que a preocupação com a aparência e a saúde são equivalentes e, a partir dos 60, o foco é saúde. Assim, a oferta de atividades físicas existe para atender aos objetivos de cada pessoa em diferentes fases da vida”, pondera.
O que é importante lembrar é que quem faz exercício regularmente com o objetivo de qualidade de vida e saúde conquista também um corpo bonito. E vice-versa. O desafio é consolidar a atividade física como hábito. “A atividade física é para a vida toda. É importante começar o mais cedo possível e sem idade para terminar”, sintetiza Marques.
Igor Surian lembra ainda que os estudos indicam um melhor rendimento físico e cognitivo ao final da manhã, por volta das 11h, e no fim da tarde, entre 16h e 18h.
Crossfit caracteriza-se pela realização de exercícios constantemente variados e em alta intensidade
Saiba mais...
A tecnologia tem tido um papel cada vez maior nos treinamentos, sejam eles uma modalidade física ou um esporte coletivo. O professor da PUC-Minas Hugo Cesar Martins Costa diz que a forma de se monitorar a carga de exercícios dos atletas nos últimos anos tem sido cada vez mais rigorosa. “Por meio de sensores de movimento, como é o caso do GPS, profissionais responsáveis pela preparação física de atletas sabem com mais detalhes o quanto um jogador de futebol, por exemplo, se esforçou durante seus treinos ou mesmo durante o jogo”, explica. Para ele, trata-se de um avanço já que são ferramentas importantes para avaliar a progressão do desempenho de uma pessoa e até mesmo para prevenir lesões. - CrossFit e o risco de lesão: o que é verdade e o que não é nesse tipo de treinamento?
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- Musculação foi a atividade física que mais cresceu no Brasil, aponta pesquisa
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- "Instagram para médicos" quebra fronteiras para discussão de casos
Mas não é só no esporte profissional que as inovações tecnológicas têm impactado positivamente a avaliação do desempenho. “São várias as ferramentas que ajudam a melhorar a performance de várias modalidades. No caso da corrida, relógios com GPS acoplado consegue mostrar, por exemplo, como está o esforço do corredor, além de dar um feedback de como foi o progresso na direção do objetivo que a pessoa tem, seja ele correr mais rápido, ir mais longe ou simplesmente emagrecer”, ilustra a diretora técnica da Companhia Athletica, Mônica Marques.
A especialista cita aplicativos para celulares que relacionam atividade física e nutrição ao fazer a conta para a pessoa do consumo de caloria diário e o gasto calórico com a atividade física. Ela indica o app MyFitnessPal (para Android, para Iphone) que, além de contabilizar as calorias ingeridas é capaz de mostrar quanto foi a ingestão de proteína, carboidrato e gordura.
Um outro aplicativo que a especialista recomenda e pode ser usado pelos ciclistas é o Strava (para Android e para Iphone). “Acoplado a um GPS ele mostra além do percurso, a frequência cardíaca no treino e as calorias que foram gastas”, diz. Monica Marques cita ainda os softwares de musculação: “vídeos mostram para o aluno ou a aluna o movimento do exercício. No dia que a pessoa falta ao treino, o sistema monta um programa de exercícios que pode ser feito em casa sem equipamento”.
Professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Albená Nunes da Silva diz, no entanto, que apesar das inúmeras inovações tecnológicas com cardiofrequencímetros sofisticados, equipamentos mais seguros ergonomicamente e biomecanicamente mais eficientes, o que mais tem surtido um efeito benéfico na sociedade em relação à prática de uma atividade física “são os avanços nas pesquisas que mostram principalmente como o exercício físico funciona e como o organismo responde a determinados tipos de exercícios. Isso gera um melhor entendimento da função de um determinado protocolo de exercício. Hoje, um aluno lê um artigo cientifico e vai para a academia para discutir o assunto com o profissional de educação física”, pondera.
Do fitness ao wellness
A diretora técnica da Companhia Athletica, Mônica Marques diz que o conceito da atividade física em academias está em transformação. No início da década de 80 até os anos 2000, a grande maioria das pessoas, segundo ela, procurava uma academia por motivos estéticos, especificamente para emagrecimento. Nesse período o foco era o fitness, mas agora estamos no caminho da consolidação do conceito 'wellness' (bem-estar). “O foco agora é a atividade física como promotora de saúde e esse é um movimento global. O American College of Sports Medicine, por exemplo, lançou uma iniciativa global – o Exercise is Medicine (em tradução livre, Exercício é remédio), que visa divulgar os efeitos benéficos da atividade física que deve ser recomendada pelo médico a seus pacientes”, cita.
Segundo ela, vários estudos têm mostrado que o exercício é parte integrante no tratamento de várias doenças como hipertensão, obesidade, diabetes, síndrome metabólica e doenças relacionadas ao estresse.
Musculação
Apesar de muito se ouvir falar das diversas modalidades intituladas ‘funcionais’ e do crescimento do número de academias exclusivas de Crossfit, a musculação continua sendo a atividade física mais procurada nas academias Brasil afora. Entre 2006 e 2013, a prática da musculação cresceu 50% entre os brasileiros e as brasileiras. O dado é do estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. No entanto, a atividade mais praticada entre os entrevistados ainda é a caminhada. Já o futebol, tem tido uma redução no número de adeptos.
Educador físico, personal e orientador da Companhia Athletica - Unidade BH, Igor Surian afirma que a ciência tem demonstrado ao longo dos anos que a musculação é eficiente para o emagrecimento e tratamento da obesidade. “A modalidade também auxilia a prevenir e tratar a osteoporose e a aterosclerose - ao diminuir o colesterol ruim e elevar o bom colesterol -, a hipertensão arterial, a diabetes, além de auxiliar seus praticantes a terem uma maior expectativa de vida e adquirirem uma maior independência física ao longo de toda a vida”.
O professor explica ainda que “a musculação aumenta significantemente a massa corporal magra e metabolicamente ativa do corpo que vai resultar em um maior gasto de energia diário e, por isso, auxiliar no emagrecimento e na perda de peso”. Ao contrário do que se pensa e do que muitas vezes é reforçado pela mídia com padrões de beleza do corpo sequinho e malhado, Mônica Marques afirma que apenas 2% dos alunos de academia tem como objetivo a hipertrofia.
Exercícios funcionais
Em relação aos exercícios funcionais, Igor Surian saliente que esse tipo de treinamento busca uma maior qualidade do movimento enquanto trabalha os 29 pares de músculos que estabilizam o tronco. Segundo ele, esse tipo de exercício traz resultados expressivos para glúteos, abdômen, lombar e oblíquos. “Os estudos disponíveis demonstram que os exercícios funcionais são excelentes para o treinamento da flexibilidade, da coordenação motora e do equilíbrio com resultados promissores para melhora da força e da capacidade respiratória em alunos com nível de condicionamento baixo a moderado”. O especialista aponta que outra vantagem é o fato de grande parte dos exercícios não necessitarem de equipamentos para a sua realização, pois se baseiam nos movimentos naturais do ser humano tais como pular, correr, puxar, agachar, girar e empurrar.
Hugo Cesar Martins Costa reconhece que os treinamentos funcionais ocuparam um espaço importante dentre as modalidades ofertadas nas academias, mas reforça que esse tipo de treino não é inédito. “Isso já tem sido feito há décadas no campo esportivo e muito antes do treinamento funcional ser ofertado dentro dos pacotes de atividades das academias, vários profissionais já pensavam nas demandas individuas das pessoas ao prescreverem exercícios nestes espaços”, reforça.
Para ele, o próprio termo “funcional” é algo que também merece atenção. “Dizer que um exercício é “funcional” significa dizer que outro exercício ofertado na academia talvez não seja, que não permita desenvolver uma certa funcionalidade. Por exemplo, embora a realização do treinamento de membros inferiores no equipamento de musculação denominado 'leg press' não corresponda exatamente a uma tarefa da vida diária de um idoso, é esperado que o ganho de força obtido por esse treinamento afete positivamente a capacidade desse mesmo idoso em subir um lance de escadas”, exemplifica.
Assim, não é possível dizer que o treinamento funcional seja uma modalidade totalmente inovadora nas academias de ginástica e nem mesmo que sua prática proporcionará os melhores resultados para os praticantes quando comparado com outras modalidades.
Crossfit
O Crossfit é um exemplo dos novos métodos de treinamento funcional que se caracteriza pela realização de exercícios constantemente variados e em alta intensidade. “Apesar de existirem poucos estudos consolidados sobre essa atividade, a modalidade traz grandes benefícios para a manutenção do condicionamento cardiovascular e da força”, afirma Igor Surian.
Segundo ele, entre os benefícios específicos do Crossfit estão resistência cardiorrespiratória, força, vigor, potência, velocidade, coordenação, flexibilidade, agilidade, equilíbrio e precisão. O educador físico alerta, no entanto, para o risco elevado de lesões se a atividade física for mal orientada.
Musculação continua sendo a atividade física mais procurada nas academias Brasil afora.
Como escolher
Albená Nunes da Silva diz que “não acredita na ideia de que uma atividade física é melhor que outra”, mas reforça que os benefícios variam dependendo da modalidade escolhida. Na hora de fazer sua escolha, o educador físico recomenda que a pessoa se faça algumas perguntas: “O que eu quero com esta prática? O que eu espero como resposta adaptativa? Quero emagrecer? Quero hipertrofiar? Quero melhorar aspectos gerais da saúde? A partir daí procurar um bom educador físico”.
Diante da vasta oferta de opções em atividade física, o especialista ressalta que nem sempre o surgimento de uma modalidade significa novidade, “mas apenas uma roupagem diferente de meios e formas de treinamento que já existem há muitos anos”.
Para Hugo Cesar Martins Costa é possível dizer que boa parte das atividades ofertadas nas academias tem impactos semelhantes na aptidão física das pessoas. “Participar de uma aula de Jump ou de Step, modalidades coletivas e orientadas por um ritmo musical, trazem impactos semelhantes para a saúde cardiovascular do praticante. Nesse sentido, pensando nas adaptações corporais esperadas, talvez a criação de uma nova modalidade não represente necessariamente uma novidade”, explica.
No entanto, segundo ele, embora existam semelhanças no formato e nos benefícios de algumas modalidades, diferenças nas aulas podem interferir na preferência do praticante. Há a expectativa de que a diversificação de modalidades ao longo do tempo seja algo importante para motivar as pessoas e, portanto, desestimular a inatividade física.
Mônica Marques diz que a quantidade de modalidades existentes nas academias refletem o interesse de diversas faixas etárias. “Quanto mais jovem é a pessoa, maior é a preocupação estética. A partir dos 40 anos, notamos que a preocupação com a aparência e a saúde são equivalentes e, a partir dos 60, o foco é saúde. Assim, a oferta de atividades físicas existe para atender aos objetivos de cada pessoa em diferentes fases da vida”, pondera.
O que é importante lembrar é que quem faz exercício regularmente com o objetivo de qualidade de vida e saúde conquista também um corpo bonito. E vice-versa. O desafio é consolidar a atividade física como hábito. “A atividade física é para a vida toda. É importante começar o mais cedo possível e sem idade para terminar”, sintetiza Marques.
Igor Surian lembra ainda que os estudos indicam um melhor rendimento físico e cognitivo ao final da manhã, por volta das 11h, e no fim da tarde, entre 16h e 18h.