Pulverização de pesticida é relacionada ao autismo
Conclusão é resultado da análise em uma região pantanosa no centro do estado de Nova York que recebe doses constantes de produtos químicos para combater insetos
Correio Braziliense
Publicação:04/05/2016 16:00
Desde 2003, a área estudada é alvo de aplicações, durante todo o verão, de pesticidas piretroides, um dos mais utilizados para combater insetos que carregam o vírus da encefalite equina oriental, que, em humanos, pode causar inchaço no cérebro e na medula espinhal. Ao analisar também os registros médicos da região, os cientistas perceberam, nas crianças, uma chance 25% maior de desenvolvimento de autismo ou atraso do desenvolvimento, em comparação à população em geral.
“Outros estudos também mostraram que a exposição a pesticidas pode aumentar o risco de uma criança ter o transtorno do espectro do autismo ou atraso de desenvolvimento”, lembrou em um comunicado Steven Hicks, coautor do trabalho e pesquisador do Hospital Penn State Milton S. Hershey.
No artigo, os especialistas destacaram que, apesar da necessidade de controle dos insetos, as estratégias de aplicação dos produtos precisam ser repensadas. “Nossos resultados mostram que a forma como os pesticidas são distribuídos pode mudar esse risco, já que prevenir a encefalite transmitida por mosquitos é uma tarefa importante para os departamentos de saúde pública”, opinou. “As comunidades que têm programas de pesticidas para ajudar a controlar a população do mosquito podem estudar maneiras de reduzir a exposição a pesticidas, incluindo métodos de aplicação alternativos”, complementou o autor.
25%
Aumento no risco de desenvolvimento de autismo em crianças de área com constante pulverização de inseticidas
Saiba mais...
Estudo apresentado na reunião da Sociedade de Pediatria Americana relacionou o uso de aviões para pulverizar pesticidas com o aumento do risco de autismo em crianças. Os investigadores chegaram a essa conclusão após analisar uma região pantanosa no centro do estado de Nova York que recebe doses constantes dos produtos químicos usados para combater insetos.- Pesquisadores afirmam ser possível diagnosticar autismo com ressonância magnética
- Estudos vão além da origem genética do autismo e relacionam o transtorno com a prematuridade
- Dente de leite trata lábio leporino e autismo, revela estudo feito no Brasil
- Cientistas explicam por que alguns autistas têm sensibilidade extrema ao toque
Desde 2003, a área estudada é alvo de aplicações, durante todo o verão, de pesticidas piretroides, um dos mais utilizados para combater insetos que carregam o vírus da encefalite equina oriental, que, em humanos, pode causar inchaço no cérebro e na medula espinhal. Ao analisar também os registros médicos da região, os cientistas perceberam, nas crianças, uma chance 25% maior de desenvolvimento de autismo ou atraso do desenvolvimento, em comparação à população em geral.
“Outros estudos também mostraram que a exposição a pesticidas pode aumentar o risco de uma criança ter o transtorno do espectro do autismo ou atraso de desenvolvimento”, lembrou em um comunicado Steven Hicks, coautor do trabalho e pesquisador do Hospital Penn State Milton S. Hershey.
No artigo, os especialistas destacaram que, apesar da necessidade de controle dos insetos, as estratégias de aplicação dos produtos precisam ser repensadas. “Nossos resultados mostram que a forma como os pesticidas são distribuídos pode mudar esse risco, já que prevenir a encefalite transmitida por mosquitos é uma tarefa importante para os departamentos de saúde pública”, opinou. “As comunidades que têm programas de pesticidas para ajudar a controlar a população do mosquito podem estudar maneiras de reduzir a exposição a pesticidas, incluindo métodos de aplicação alternativos”, complementou o autor.
25%
Aumento no risco de desenvolvimento de autismo em crianças de área com constante pulverização de inseticidas