Curso online vai ensinar homens a fazer sexo oral em mulheres

A pesquisa Mosaico Brasil 2.0 divulgada em junho deste ano revela que 44,4% das mulheres brasileiras têm algum tipo de dificuldade para atingir o orgasmo

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Valéria Mendes - Saúde Plena Publicação:11/08/2016 11:21Atualização:11/08/2016 11:43
Para 54,8% dos homens a maior preocupação  na relação sexual é não satisfazer a parceira (Divulgação)
Para 54,8% dos homens a maior preocupação na relação sexual é não satisfazer a parceira
Foi a insatisfação das mulheres brasileiras com o sexo oral praticado por seus parceiros e companheiros que motivou a educadora sexual Aline Castelo Branco a idealizar um curso prático que ensina em cinco passos como dar prazer à mulher. A primeira edição aconteceu em novembro do ano passado, em Salvador, foi presencial e causou furor nas redes sociais. Apesar do burburinho com a divulgação do ‘método inédito’, assim intitulado pela especialista, havia dúvidas se o interesse masculino se converteria em inscrições. Fato é que 60 homens estiveram presentes na Associação Baiana de Medicina para ter aulas sobre a anatomia da mulher, técnicas de movimentos da língua, toque das mãos e respiração. Os exercícios práticas foram realizados com frutas e próteses de vagina de silicone.

Aline Castelo Branco, educadora sexual e jornalista  (Divulgação)
Aline Castelo Branco, educadora sexual e jornalista
Agora, o programa de treinamento em sexo oral para homens ganha versão online e brasileiros de qualquer cidade podem se inscrever neste link. “A versão online foi a maneira que encontrei para atender aos pedidos de milhares de pessoas em todo o Brasil”, afirma Aline Castelo Branco, que é também jornalista.

As vagas são limitadas e o conteúdo está dividido em seis módulos em formato de videoaula e apostilas contendo os cinco passos que foram assim intitulados: Preparação, Exploração, Ação, Ápice e Conclusão. “Por conta do machismo achei que esse curso não iria dar certo, mas fui surpreendida pelo comportamento da primeira turma. Eles ficaram atentos aos ensinamentos, fizeram os exercícios, tiraram dúvidas, foi um encontro divertido e enriquecedor. Vejo que cada vez mais estamos rompendo a barreira social que impõe regras no ato sexual. Sexualidade, como sempre digo, é aprendida”, relata Aline em relação à experiência com a turma que fez o curso presencial em Salvador.

A pesquisa Mosaico Brasil 2.0 divulgada em junho deste ano revela que o sexo é considerado importante para o relacionamento para 96,2% dos homens e 94,5% das mulheres. O levantamento nacional com mais de 3 mil entrevistas com pessoas entre 18 e 70 anos mostrou também que 44,4% das mulheres brasileiras têm algum tipo de dificuldade para atingir o orgasmo. Curiosamente, a maior preocupação dos homens na relação sexual é não satisfazer a parceira. O temor foi apontado por 54,8% do grupo masculino entrevistado.

Segundo Aline, que há 8 anos se dedica a estudar o comportamento sexual do brasileiro e da brasileira, 43% dos homens não gostam de fazer a preliminar do sexo oral na parceira e o nojo é o principal motivo apontado por eles. A educadora caracterizou os principais erros cometidos por eles e dá algumas dicas do que não fazer na hora H: “A ‘lambida de vaca’ é aquele homem que passa a língua de cima para baixo incessantemente, o ‘homem furadeira’ é aquele que sacudindo o rosto, já o ‘sugador’ é aquele que faz bico de peixe e tenta puxar o clitóris da mulher, atitude que pode provocar dores na parceira”.

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