OMS quer limitar a obesidade no mundo com impostos
Organização estimula autoridades nacionais a estudar possíveis impostos sobre os alimentos e bebidas prejudiciais à saúde
AFP - Agência de Notícias
Publicação:28/05/2013 15:59Atualização: 28/05/2013 16:32
A Organização Mundial da Saúde (OMS) procura limitar a obesidade no mundo, ao estimular as autoridades nacionais a estudar possíveis impostos sobre os alimentos e bebidas prejudiciais à saúde. As grandes empresas multinacionais de alimentos e bebidas apoiaram várias medidas do plano da OMS, mas consideraram que novos impostos podem ter consequências contrárias às desejadas.
"O custo da inação supera amplamente o custo de atuar", afirma a OMS em seu novo plano de luta contra a obesidade e outras causas de doenças não contagiosas.
Os países membros da organização de saúde da ONU, reunidos em Genebra desde 20 de maio, decidiram na noite de segunda-feira adotar o plano de ação contra doenças como como as afecções cardiovasculares, câncer ou diabetes crônica. O plano procura modificar modos de vida considerados prejudiciais, que incluem fumar, consumir bebidas alcoólicas ou comer alimentos que podem prejudicar a saúde e propiciar enfermidades não contagiosas, com o objetivo, entre outras coisas, de conter o aumento da obesidade no mundo até 2020.
"A luta contra a obesidade é uma prioridade. É um dos principais fatores da luta contra as doenças não contagiosas", declarou Francesco Branca, diretor do departamento da OMS responsável pela nutrição para a saúde e o desenvolvimento. Segundo um estudo publicado há dois anos que examinou a evolução do sobrepeso entre 1980 e 2008 nas pessoas com mais de 20 anos, em 2008 mais de 10% dos adultos no mundo eram obesos.
Nos países ricos, os Estados Unidos eram o mais afetado pela obesidade, seguido por Nova Zelândia, enquanto a população do Japão registrava o menor índice de sobrepeso. Na América Latina, os mais afetados eram México, Argentina, Cuba e Brasil.
Também pede às autoridades nacionais um controle maior da publicidade de comidas e bebidas prejudiciais à saúde dirigida às crianças, com o objetivo de reduzir a obesidade dos menores. A Aliança Internacional de Alimentos e Bebidas (IFBA), integrada por grandes empresas do setor, como Coca-Cola, Kellog's, McDonalds, Nestlé, Pepsico ou Unilever, afirma apoiar o plano da OMS, mas não concorda com a ideia de novos impostos.
O grupo adverte que isto poderia estimular as pessoas mais pobres a comprar produtos mais calóricos e menos nutritivos. "As medidas fiscais que procuram especificamente mudar o comportamento são difíceis de elaborar e de aplicar", declarou Jane Reid, da IFBA, à AFP em um e-mail.
Impostos deste tipo "teriam efeitos mais duros para as famílias de baixa renda", que poderiam compensá-los "comprando alimentos mais energéticos e menos nutritivos", afirmou a IFBA
Mais de 10% dos adultos no mundo são obesos
"O custo da inação supera amplamente o custo de atuar", afirma a OMS em seu novo plano de luta contra a obesidade e outras causas de doenças não contagiosas.
Os países membros da organização de saúde da ONU, reunidos em Genebra desde 20 de maio, decidiram na noite de segunda-feira adotar o plano de ação contra doenças como como as afecções cardiovasculares, câncer ou diabetes crônica. O plano procura modificar modos de vida considerados prejudiciais, que incluem fumar, consumir bebidas alcoólicas ou comer alimentos que podem prejudicar a saúde e propiciar enfermidades não contagiosas, com o objetivo, entre outras coisas, de conter o aumento da obesidade no mundo até 2020.
"A luta contra a obesidade é uma prioridade. É um dos principais fatores da luta contra as doenças não contagiosas", declarou Francesco Branca, diretor do departamento da OMS responsável pela nutrição para a saúde e o desenvolvimento. Segundo um estudo publicado há dois anos que examinou a evolução do sobrepeso entre 1980 e 2008 nas pessoas com mais de 20 anos, em 2008 mais de 10% dos adultos no mundo eram obesos.
Nos países ricos, os Estados Unidos eram o mais afetado pela obesidade, seguido por Nova Zelândia, enquanto a população do Japão registrava o menor índice de sobrepeso. Na América Latina, os mais afetados eram México, Argentina, Cuba e Brasil.
Saiba mais...
O plano da OMS, que inclui várias medidas, destaca a necessidade das empresas de alimentos e bebidas de reduzir os níveis de sal e açúcar adicionados aos produtos, assim como de substituir as gorduras saturadas por gorduras insaturadas, além da redução das porções.- Grãos e fibras ganham espaço na refeição
- Obesidade em jovens duplica risco de morrer antes dos 55 anos
- Pesquisadora de Montes Claros elabora cartilha para combater obesidade em crianças e adolescentes
- Países em desenvolvimento concentram 62% das pessoas acima do peso
- Contra déficit de médicos, OMS sugere treinar auxiliares
- Mais da metade da população adulta brasileira está acima do peso ideal
- Michelle Obama prepara álbum de hip hop para luta contra a obesidade nos EUA
- Pesquisa dos EUA aponta que consumo de leite pode proteger meninas da obesidade
- EUA registram pequena queda da obesidade entre crianças pobres
- Mutação em gene também engorda
- Educação protege contra a crise, tabaco e obesidade, diz OCDE
- Especialistas indicam controle alimentar e tratamento psicológico para crianças com obesidade mórbida
- Cerca de 40% da população brasileira têm intolerância à lactose
Também pede às autoridades nacionais um controle maior da publicidade de comidas e bebidas prejudiciais à saúde dirigida às crianças, com o objetivo de reduzir a obesidade dos menores. A Aliança Internacional de Alimentos e Bebidas (IFBA), integrada por grandes empresas do setor, como Coca-Cola, Kellog's, McDonalds, Nestlé, Pepsico ou Unilever, afirma apoiar o plano da OMS, mas não concorda com a ideia de novos impostos.
O grupo adverte que isto poderia estimular as pessoas mais pobres a comprar produtos mais calóricos e menos nutritivos. "As medidas fiscais que procuram especificamente mudar o comportamento são difíceis de elaborar e de aplicar", declarou Jane Reid, da IFBA, à AFP em um e-mail.
Impostos deste tipo "teriam efeitos mais duros para as famílias de baixa renda", que poderiam compensá-los "comprando alimentos mais energéticos e menos nutritivos", afirmou a IFBA