Cada um sabe o peso da bagagem que carrega, mas como levar a vida com leveza?
Saiba por que algumas pessoas carregam uma carreta nas costas; outras, um caminhão, e aquelas que conseguem ser felizes apenas com uma bicicleta
Paula Takahashi - Estado de Minas
Publicação:21/08/2013 15:00Atualização: 21/08/2013 10:23
Cada um sabe o peso da bagagem que carrega ao longo do curto percurso que é a vida. Para alguns, uma bicicleta seria suficiente para fazer as vezes de transporte, tamanha a leveza da carga de emoções, lembranças, responsabilidades, expectativas e desafios que acumula. Para outros, só um caminhão cumpriria esse papel. Certa de que engrossa o último grupo, a escritora e jornalista Leila Ferreira lançou há um ano o livro 'A arte de ser leve', com a intenção não de ensinar como fazê-lo, mas sim de aprender. “Sou ansiosa, estressada, me preocupo com tudo. Por isso tive vontade de escrever o livro”, conta.
Já nos primeiros parágrafos ela deixa claro o lado ao qual pertence. “Acostumada a arrastar baús cheios de ansiedade e de medos, tive certeza, naquela hora, de que estava na outra turma: a das carretas com excesso de carga, que trafegam perigosamente por estradas sem acostamento. Pensei no tamanho do Scania que usava para transportar minhas complicações (…)”, descreveu. Nas ruas, corredores de shoppings, salas de aula e escritórios, várias carretas como a de Leila circulam sem rumo, na iminência de atropelar os mais desavisados com pessimismo, mau humor e grosseria.
Feita a opção, o aprendizado avança a duras penas. “É preciso ter disciplina para se manter na linha, já que ao nosso redor tudo empurra para o mau humor, estresse e falta de educação. O policiamento deve ser constante”, alerta aos interessados em trafegar pelas ciclovias. O processo inclui autoconhecimento; mudança da percepção do presente, passado e futuro; controle das expectativas e mudança do olhar sobre o outro. Mas a recompensa é certa: “A leveza elimina arestas, pole superfícies e suaviza realidades”, antecipa Leila.
Já nos primeiros parágrafos ela deixa claro o lado ao qual pertence. “Acostumada a arrastar baús cheios de ansiedade e de medos, tive certeza, naquela hora, de que estava na outra turma: a das carretas com excesso de carga, que trafegam perigosamente por estradas sem acostamento. Pensei no tamanho do Scania que usava para transportar minhas complicações (…)”, descreveu. Nas ruas, corredores de shoppings, salas de aula e escritórios, várias carretas como a de Leila circulam sem rumo, na iminência de atropelar os mais desavisados com pessimismo, mau humor e grosseria.
Saiba mais...
Se viajar mais leve já se mostra um grande desafio rumo ao merecido descanso de férias na praia, que dirá na caminhada trilhada diariamente. Escolher o que deixar para trás e o que é indispensável no trajeto não é tarefa fácil, muito menos simples. E não basta pensar na quantidade, mas também na qualidade das malas transportadas. “Poucas coisas são tão difíceis, mas valem tanto a pena”, garante Leila, que está aprendendo, em doses homeopáticas, como ela mesma descreve, a ser mais leve. “Dramas todos nós enfrentamos, mas vamos arrastar correntes a vida toda? O primeiro passo é fazer essa escolha”, afirma.Feita a opção, o aprendizado avança a duras penas. “É preciso ter disciplina para se manter na linha, já que ao nosso redor tudo empurra para o mau humor, estresse e falta de educação. O policiamento deve ser constante”, alerta aos interessados em trafegar pelas ciclovias. O processo inclui autoconhecimento; mudança da percepção do presente, passado e futuro; controle das expectativas e mudança do olhar sobre o outro. Mas a recompensa é certa: “A leveza elimina arestas, pole superfícies e suaviza realidades”, antecipa Leila.