Exercícios diários de gentileza contribuem para que as pessoas sejam menos complicadas e mais otimistas
Perceber algumas situações que mereçam agradecimento é um bom começo para viver melhor e feliz
Publicação:21/08/2013 15:01Atualização: 21/08/2013 10:23
Ser gentil, delicado, solidário, agradecido e bem-humorado são apenas algumas das posturas adotadas frente à vida entre aqueles que querem dar mais cor e suavidade à rotina. Gestos simples de cortesia, como cumprimentar o motorista e o cobrador ao entrar no ônibus, já proporcionam mais sutileza ao trajeto. E assim pode ser em qualquer situação. “O peso na alma transparece no estresse, no mau humor, na irritabilidade, mas também na falta absurda de gentileza que expressam comportamentos grosseiros e de individualismo radical”, observa a escritora Leila Ferreira, que acredita que a gentileza e o bom humor são os fatores primordiais na busca por uma alma mais desapegada e descomplicada.
Em uma passagem de seu livro A arte de ser leve, ela é categórica. “Quem escolhe fazer de seu cotidiano um exercício de delicadeza e respeito, certamente tem mais chances de envelhecer com leveza.” A diretora de RH e comunicação da Forno de Minas, Hélida Mendonça, de 52 anos, valoriza esses gestos, que considera parte da formação. “Cumprimentar as pessoas com um sorriso e um bom-dia é da gente. Quem dera se as pessoas fossem mais gentis”, almeja.
Gentileza que, muitas vezes, pode não gerar gentileza, mas que deve continuar sendo perpetuada, mesmo que o cobrador ou o motorista não respondam de volta com a mesma cordialidade. O exercício é exaustivo, assim como a tentativa de ser otimista, mesmo quando tudo parece conspirar contra. Em sua Cartilha do otimismo, a psiquiatra Sofia Bauer pontua várias atitudes de fomento à psicologia positiva, arma na prevenção de uma vida marcada por doenças, sofrimento e dores do corpo e da mente.
Não se trata do positivismo idealista, mas daquele que, no primeiro momento, pode até se assemelhar a um sonho, o ideal, mas que no longo prazo tem embasamento e sustentação para ser executado. “O pessimismo está sendo realista agora e, por isso, não anda de medo. Essa postura trava e impede o crescimento e o sucesso, enquanto o otimismo torna as pessoas mais saudáveis psíquica e fisicamente, garante bons relacionamentos e, o melhor de tudo, proporciona sucesso”, observa. Prontos para lastimar diante de qualquer circunstância, os reclamões estão, geralmente, deprimidos e devem procurar ajuda.
RELAÇÕES
A leveza facilita a comunicação e é um combustível fundamental das relações pessoais, avalia Leila Ferreira. “O casamento fica menos complicado, assim como as relações profissionais. A leveza enriquece os relacionamentos”, avalia. Tanto o leve como o pesado são capazes de contaminar o ambiente que frequentam. Por isso, uma dica importante é tentar se cercar de pessoas e lugares que ajudam a tornar esse processo mais rápido e prazeroso. “É preciso cavar, procurando lugares e pessoas que o ajudem a ser mais leve. É uma prospecção mesmo, um exercício homeopático”, garante Leila.
IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA
“Ser leve não significa ser alegre, simpático, bem humorado e animado o tempo todo. Principalmente no ambiente de trabalho, esse comportamento pode não agradar a todos. Isso é importante sim, mas a leveza vai além disso. Acredito também na importância de ser resiliente e conseguir se adaptar aos diferentes perfis de pessoas com as quais convivemos. Entender suas diferenças e se sentir bem com isso. Acredito que boa parte do sucesso daqueles que são leves se deve a essa capacidade de lidar com a adversidade para conseguir atingir os objetivos.”
Mariana Godinho, fonoaudióloga especialista em gestão de pessoas e consultora da Act Comunicação Empresarial
Leila Ferreira, escritora: %u201CO peso na alma transparece no estresse%u201D
Em uma passagem de seu livro A arte de ser leve, ela é categórica. “Quem escolhe fazer de seu cotidiano um exercício de delicadeza e respeito, certamente tem mais chances de envelhecer com leveza.” A diretora de RH e comunicação da Forno de Minas, Hélida Mendonça, de 52 anos, valoriza esses gestos, que considera parte da formação. “Cumprimentar as pessoas com um sorriso e um bom-dia é da gente. Quem dera se as pessoas fossem mais gentis”, almeja.
A psiquiatra Sofia Bauer lançou recentemente a 'Cartilha do otimismo', um guia com várias dicas de como
ser positivo diante da vida
Saiba mais...
A psiquiatra garante que o otimismo pode ser aprendido ao longo de um ano de dedicação às mudanças de atitudes. Um bom exercício de aprimoramento é a gratidão. Terminar o dia e pontuar situações que mereçam agradecimento expandem o olhar sobre as pequenas coisas que dão sabor e enriquecem a vida. “O deprimido, pessimista vai ver sempre as mesmas coisas. Almoço, trabalho, família. Mas aí abrimos sua mente. Neste dia não choveu? Não é algo agradável que temos que agradecer?”, observa Sofia. Meditar, fazer atividades físicas e praticar o bem são outros pontos básicos que podem ser implementados rumo a uma postura mais positiva.Não se trata do positivismo idealista, mas daquele que, no primeiro momento, pode até se assemelhar a um sonho, o ideal, mas que no longo prazo tem embasamento e sustentação para ser executado. “O pessimismo está sendo realista agora e, por isso, não anda de medo. Essa postura trava e impede o crescimento e o sucesso, enquanto o otimismo torna as pessoas mais saudáveis psíquica e fisicamente, garante bons relacionamentos e, o melhor de tudo, proporciona sucesso”, observa. Prontos para lastimar diante de qualquer circunstância, os reclamões estão, geralmente, deprimidos e devem procurar ajuda.
Hélida Mendonça, da Forno de Minas, valoriza pequenos gestos como um bom dia e outras gentilezas cotidianas
A leveza facilita a comunicação e é um combustível fundamental das relações pessoais, avalia Leila Ferreira. “O casamento fica menos complicado, assim como as relações profissionais. A leveza enriquece os relacionamentos”, avalia. Tanto o leve como o pesado são capazes de contaminar o ambiente que frequentam. Por isso, uma dica importante é tentar se cercar de pessoas e lugares que ajudam a tornar esse processo mais rápido e prazeroso. “É preciso cavar, procurando lugares e pessoas que o ajudem a ser mais leve. É uma prospecção mesmo, um exercício homeopático”, garante Leila.
IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA
“Ser leve não significa ser alegre, simpático, bem humorado e animado o tempo todo. Principalmente no ambiente de trabalho, esse comportamento pode não agradar a todos. Isso é importante sim, mas a leveza vai além disso. Acredito também na importância de ser resiliente e conseguir se adaptar aos diferentes perfis de pessoas com as quais convivemos. Entender suas diferenças e se sentir bem com isso. Acredito que boa parte do sucesso daqueles que são leves se deve a essa capacidade de lidar com a adversidade para conseguir atingir os objetivos.”
Mariana Godinho, fonoaudióloga especialista em gestão de pessoas e consultora da Act Comunicação Empresarial