Ela surge sem explicação aparente, mas a dor neuropática é real
O incômodo costuma ser causado por uma disfunção ou lesão no sistema nervoso. Na maioria dos casos, não há cura
Flávia Duarte - Revista do CB
Publicação:01/11/2013 13:00Atualização: 31/10/2013 15:54
No entanto, essa reação é exagerada e sem trégua. “A dor neuropática não tem função protetora. Ela existe quando há uma lesão estrutural ou funcional da via que transmite o sinal de dor ao córtex cerebral”, explica o ortopedista Douglas Kenji Narazaki, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). O resultado é uma sensação dolorosa persistente e aparentemente inexplicável, mas que pode esconder outros problemas, como diabetes, lesões no sistema nervoso central e até infecções. O mal, se não tratado, também afeta a qualidade de vida e compromete o equilíbrio emocional do paciente.
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A dor muitas vezes surge sem uma explicação visível, óbvia, palpável. Nenhum corte, nenhuma lesão em algum tecido, nenhuma fratura que justifique o desconforto. Apenas há a dor, uma sensação de queimação ou de formigamento. Assim pode ser definida a dor neuropática, um incômodo crônico que acontece quando existe algum comprometimento no funcionamento de parte do sistema nervoso responsável pelo processamento de informações sensoriais. Justamente aquela que permite que o indivíduo reaja aos estímulos externos e sinta, inclusive, dores.No entanto, essa reação é exagerada e sem trégua. “A dor neuropática não tem função protetora. Ela existe quando há uma lesão estrutural ou funcional da via que transmite o sinal de dor ao córtex cerebral”, explica o ortopedista Douglas Kenji Narazaki, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). O resultado é uma sensação dolorosa persistente e aparentemente inexplicável, mas que pode esconder outros problemas, como diabetes, lesões no sistema nervoso central e até infecções. O mal, se não tratado, também afeta a qualidade de vida e compromete o equilíbrio emocional do paciente.