Aumento em cirurgias estéticas genitais na Inglaterra preocupa
O fenômeno é atribuído à popularidade da pornografia. O número de operações de redução dos lábios vaginais realizado pelo serviço público de saúde multiplicou por cinco vezes em dez anos
AFP - Agence France-Presse
Publicação:15/11/2013 08:22Atualização: 15/11/2013 08:34
O número de operações de redução dos lábios vaginais, ou labioplastia, realizadas pelo serviço público de saúde (NHS) na Inglaterra se multiplicou por cinco em dez anos - revelam estatísticas oficiais. Em 2010, o NHS fez duas mil cirurgias desse tipo.
"Mas isso é, provavelmente, apenas a ponta do iceberg, se for comparado com as que devem ser realizadas no setor privado", onde não há obrigatoriedade de guardar os registros das intervenções - afirmou Sarah Creighton, membro do Comitê de Ética do Colégio Real de Obstetrícia e Ginecologia (RCOG), que publica nesta sexta uma série de recomendações para os praticantes.
"Não notamos um aumento das patologias nesses últimos dez anos que possa explicar o aumento da demanda desse tipo de operação", acrescentou Creighton.
Para o filósofo Thomas Baldwin, outro membro do Comitê de Ética, o crescente recurso a essas operações procede de uma "falsa concepção baseada unicamente na imagem do sexo feminino transmitida pela pornografia".
O Comitê recomenda que as cirurgias não sejam feitas em jovens com menos de 18 anos e que não sejam praticadas no sistema público, a menos que "haja uma justificativa médica".
Obra: O Grande Mural da Vagina, do o artista plástico inglês Jamie McCartney que durante cinco anos tirou moldes de gesso de 400 vaginas, dos mais diferentes tipos de mulheres: jovens, velhas, mães, filhas...
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O número de operações de redução dos lábios vaginais, ou labioplastia, realizadas pelo serviço público de saúde (NHS) na Inglaterra se multiplicou por cinco em dez anos - revelam estatísticas oficiais. Em 2010, o NHS fez duas mil cirurgias desse tipo.
"Mas isso é, provavelmente, apenas a ponta do iceberg, se for comparado com as que devem ser realizadas no setor privado", onde não há obrigatoriedade de guardar os registros das intervenções - afirmou Sarah Creighton, membro do Comitê de Ética do Colégio Real de Obstetrícia e Ginecologia (RCOG), que publica nesta sexta uma série de recomendações para os praticantes.
"Não notamos um aumento das patologias nesses últimos dez anos que possa explicar o aumento da demanda desse tipo de operação", acrescentou Creighton.
Para o filósofo Thomas Baldwin, outro membro do Comitê de Ética, o crescente recurso a essas operações procede de uma "falsa concepção baseada unicamente na imagem do sexo feminino transmitida pela pornografia".
O Comitê recomenda que as cirurgias não sejam feitas em jovens com menos de 18 anos e que não sejam praticadas no sistema público, a menos que "haja uma justificativa médica".